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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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FERNANDO RODRIGUES

Batalha paulistana

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB, José Aníbal, lançou José Serra como o nome preferencial de seu partido na disputa pela Prefeitura de São Paulo, no ano que vem.
Marta Suplicy (PT), a atual prefeita, é candidata à reeleição. Sua entrada na campanha foi anunciada pelo presidente Lula.
Serra tem emitido sinais de que recusará o convite. Não acha bom negócio. Ganhando, fica preso ao cargo. Seria auto-excluído da eleição de 2006, quando pode ser candidato a governador ou novamente ao Planalto. Se perder, o revés é maior. Estaria fragilizado para postular algo mais substancial num pleito seguinte.
Marta e eventualmente Serra são os candidatos mais fortes para a disputa paulistana. Pelo menos, é o que a vista alcança hoje.
Paulo Maluf não deve ser candidato. Mesmo que fosse, tem pouca chance. A rejeição ao seu nome cristalizou-se na última eleição paulistana, quando perdeu para a petista Marta no segundo turno.
Outros nomes citados são incógnitas. No PSDB, caso Serra não queira a vaga, só há desconhecidos.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, quer ser candidato -mas não encontrou ainda um partido.
No quercismo, o escolhido é o deputado José Aristodemo Pinotti (PMDB-SP). Não é propriamente uma novidade.
No PFL, todos esperam Serra para dar o apoio. A regra dois seria o eterno Guilherme Afif Domingos, dizem. Sim, ele mesmo, que em 89 dizia ""juntos chegaremos lá" - até hoje não chegou nem perto.
Ainda é cedo, mas há um deserto de candidatos. Talvez seja um sinal de que o cargo de prefeito da ingovernável São Paulo deixou de ser um atrativo. É hoje apenas um abacaxi do qual os políticos mais experientes preferem passar longe.



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