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FERNANDO RODRIGUES
Batalha paulistana
BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB, José Aníbal, lançou José Serra
como o nome preferencial de seu partido na disputa pela Prefeitura de
São Paulo, no ano que vem.
Marta Suplicy (PT), a atual prefeita, é candidata à reeleição. Sua entrada na campanha foi anunciada
pelo presidente Lula.
Serra tem emitido sinais de que recusará o convite. Não acha bom negócio. Ganhando, fica preso ao cargo.
Seria auto-excluído da eleição de
2006, quando pode ser candidato a
governador ou novamente ao Planalto. Se perder, o revés é maior. Estaria fragilizado para postular algo
mais substancial num pleito seguinte.
Marta e eventualmente Serra são os
candidatos mais fortes para a disputa paulistana. Pelo menos, é o que a
vista alcança hoje.
Paulo Maluf não deve ser candidato. Mesmo que fosse, tem pouca chance. A rejeição ao seu nome cristalizou-se na última eleição paulistana,
quando perdeu para a petista Marta
no segundo turno.
Outros nomes citados são incógnitas. No PSDB, caso Serra não queira
a vaga, só há desconhecidos.
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho,
quer ser candidato -mas não encontrou ainda um partido.
No quercismo, o escolhido é o deputado José Aristodemo Pinotti
(PMDB-SP). Não é propriamente
uma novidade.
No PFL, todos esperam Serra para
dar o apoio. A regra dois seria o eterno Guilherme Afif Domingos, dizem.
Sim, ele mesmo, que em 89 dizia
""juntos chegaremos lá" - até hoje
não chegou nem perto.
Ainda é cedo, mas há um deserto de
candidatos. Talvez seja um sinal de
que o cargo de prefeito da ingovernável São Paulo deixou de ser um atrativo. É hoje apenas um abacaxi do
qual os políticos mais experientes
preferem passar longe.
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