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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Reforma da Previdência
"Especialmente estúpida a charge publicada na edição de 3 de maio (Opinião, pág. A2). Não só reflete exagero como não contribui em nada para o debate da questão Previdência, a meu ver injusta com os profissionais da iniciativa privada. Este jornal reflete o pensamento dos ditos "radicais" do PT, que o presidente chama de autênticos bravateiros."
Jorge Eloir Maurer (Curitiba, PR)

"Foi brilhante a charge de 3 de maio. Realmente, se essa reforma da Previdência for aprovada como foi proposta, o servidor público, pelo menos o sério e capacitado, será espécie em extinção. Só entrarão no serviço público os medíocres e os parasitas, que nada esperam produzir ou receber."
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

"A reforma da Previdência deveria começar pela abertura de sua caixa-preta, em especial com uma auditoria em nove empresas com assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que, somadas, deviam R$ 1,3 bilhão ao INSS em 2000."
Hermínio Silva Júnior (São Paulo, SP)

"O déficit da Previdência é oriundo de vários fatores: um deles, a desproporção entre a aposentadoria do setor público e a do privado; outro, a não-taxação dos inativos. Esses argumentos o governo defende com unhas e dentes, colocando-os como essenciais para tornar a Previdência saudável. Corrupção, desvio de verbas para obras faraônicas e fraudes as mais diversas são fatores que não são lembrados nas pautas de debates que visam a solucionar o problema."
Cláudio Faria Leite (Divinópolis, MG)

"Muita gente está confundindo o foco das reformas de Lula em relação ao poder público. Para a população e o contribuinte, o que interessa não são os servidores públicos e suas carreiras em si, mas a qualidade dos serviços. Daí quem joga a sociedade contra os servidores, das três uma: ou é complexado porque não tem inteligência e cultura para passar num concurso de carreira de Estado; ou é corrupto mesmo; ou trabalha para o grande capital financeiro internacional e/ou a agiotagem nacional."
João Diogenes Caldas Salviano (Recife, PE)

Avaliação do ensino
"É estranha a nossa forma de avaliar o ensino. O superior passa pelo provão. Algumas questões objetivas permitem avaliar cursos de até seis anos de duração. O médio passa pelo Enem, em que o aluno mostra se adquiriu o saber mínimo para acesso ao superior. O fundamental não é avaliado. Não se verifica nem sequer se as escolas ensinaram os alunos a ler e a escrever. É indispensável implantar o provão para a alfabetização."
Ergógiro Dantas, pedagogo aposentado (Rio de Janeiro, RJ)

Falta um tema
"O Brasil não pode prescindir das reformas. O mundo é dinâmico, e leis e regulamentações devem ser revistas sempre que se tornam obsoletas e deixam de atender os interesses da sociedade que as criou. Este ano deverão sair as reformas da Previdência e tributária. No próximo ano, o presidente Lula já está acenando com a reforma trabalhista e, quem sabe, do sistema judiciário. Só não entendo por que nem ao menos se fala em reforma do sistema financeiro. Até parece que esse sistema está prestando tão bons serviços à sociedade brasileira que não vale a pena ser repensado."
Luigi Petti (São Paulo, SP)

Dependência de drogas
"Em relação às reportagens "Brasil negligencia tratamentos" e "Governo quer mais 78 centros neste ano" (Cotidiano, 20/4), que abordam alguns aspectos da assistência a dependentes de álcool e outras drogas na cidade de São Paulo, alguns esclarecimentos são necessários: 1) As metas previstas pelo Projeto Cabeça Feita foram estabelecidas para avaliar o processo de desenvolvimento das ações e seus desdobramentos futuros; 2) Em relação ao número de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, é necessário ressaltar que foram formalizados convênios com organizações não-governamentais, resultando em mais duas unidades de tratamento especializado que estão em fase de implantação na zona leste, aumentando de oito para dez unidades na cidade de São Paulo; 3) A capacitação das equipes do Programa Saúde da Família tem o objetivo de aumentar o número de profissionais de saúde qualificados para prestar assistência aos dependentes de álcool e outras drogas na atenção básica, facilitando também o acesso ao sistema de saúde. Até o final de agosto, mais 500 profissionais do PSF (médicos e enfermeiros) estarão capacitados. É importante salientar que o empenho da Secretaria Municipal da Saúde na instalação do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool (Comuda) também reflete a atenção dispensada a esse tema, enfatizando a participação de diversos setores do governo e da sociedade civil no acompanhamento das diretrizes adotadas pelo município."
Roberto Tykanori assistente técnico da Área Temática de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (São Paulo, SP)

Editoriais
"Permitam-me discordar do editorial "Retrocesso no Senado" (Opinião, pág. A2, 3/5). Antonio Carlos Magalhães foi eleito senador pela Bahia, por muitos milhões de votos de eleitores que devem ser respeitados. No dito escândalo dos grampos telefônicos, o fato teria ocorrido quando ACM não tinha nenhum vínculo com o Senado. Portanto, não houve quebra de decoro. Se houve fato delituoso, é um caso para a Justiça e o Ministério Público apurarem."
Anacio Haddad (São Paulo, SP)

"Muito oportuno o editorial "Polícia "duríssima" (Opinião, pág. A2, 1/5) denunciando o aumento da violência policial, indicado pelas mortes de pessoas sob o eufemístico rótulo de "resistência seguida de morte". Certo é que a maioria da população aplaude a eliminação de delinquentes e a maioria dos veículos de comunicação estimula esse sentimento. Mas o recrudescimento da violência policial, além de criminosa, é contraproducente, estabelecendo um círculo vicioso com a delinquência, só fazendo crescer o clima de insegurança."
Jaqueline Lorenzetti Martinelli, coordenadora-geral do Movimento do Ministério Público Democrático (São Paulo, SP)

As Farc e o PT
"Agradeço ao leitor Thales Alessandro de Carvalho ("Painel do Leitor", 30/4) a advertência quanto à reduzida confiabilidade que ele vê na imprensa de Brasília, mas devo dizer que ela é desnecessária, de vez que não me baseei em jornais dessa cidade, e aliás nem ao menos os consultei, para "endossar", confirmar ou desmentir o que quer que fosse do caso Farc-PT, do qual soube pela transcrição direta dos discursos do denunciante, Alberto Fraga, nos anais da Câmara dos Deputados. Apenas observei, de passagem no artigo "Telhados transparentes" ("Tendências/Debates", pág. A3, 28/4), que a notícia não tinha sido publicada somente nos meus artigos, mas também em jornais de Brasília, se bem que, neles, de maneira demasiado sumária e discreta para a importância do episódio."
Olavo de Carvalho (São Paulo, SP)

Azar estratégico
"A imprensa tenta a qualquer custo nos fazer acreditar que Barrichello não é vencedor apenas pelo fato de a Ferrari favorecer a estratégia de Schumacher. O próprio Barrichello aponta para o contrário, dizendo que as estratégias são traçadas em conjunto. Infelizmente, não assimilamos o fato de que nosso piloto não tem carisma nem sorte de campeão."
Mauro Cezar Rodrigues (São Paulo, SP)



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