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São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Indicação
"É improcedente o conteúdo da reportagem "Dirceu indica coordenadora da área social" (Brasil, pág. A6, 4/6), sobre a indicação da senhora Miriam Belchior para uma suposta "fase dois da política social do governo", conforme afirma o texto. Cumpre esclarecer que a senhora Miriam Belchior é assessora especial do senhor presidente da República e integrará, nessa condição, as diversas câmaras setoriais do governo, com a atribuição de acompanhar a implementação e execução das decisões das câmaras, sem assumir nenhuma tarefa operacional."
Telma Feher , assessora especial da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta das jornalistas Marta Salomon e Gabriela Athias - A Folha apurou que Miriam Belchior, assessora especial de Luiz Inácio Lula da Silva, coordenará a unificação dos programas sociais de transferência de renda às famílias pobres. Seu nome foi indicado pelo ministro José Dirceu, que coordena oficialmente a Câmara de Políticas Sociais. Miriam já tem participado das reuniões para a definição do novo modelo de política social.

PC do B
"O PC do B e seus parlamentares vêm a público desmentir notas publicadas na coluna "Painel" ("Teoria da compensação" e "Balança política", Brasil, pág. A4, 3/6) que noticiam uma "decisão" do PC do B que condiciona o apoio às reformas propostas pelo governo ao apoio a algumas pré-candidaturas às eleições municipais de 2004. Causaram profunda estranheza tais declarações. Em primeiro lugar, porque as definições das candidaturas para as eleições de 2004 serão tomadas nos fóruns e instâncias adequadas, que são as conferências municipais a serem realizadas no próximo ano. Em segundo lugar, porque o PC do B e seus parlamentares não negociam concepções, opiniões e conceitos construídos ao longo de nossa militância por "apoios" ou acordos eleitorais. Não sabemos qual a fonte ouvida pela coluna "Painel", mas recomendamos que a Folha tome o cuidado necessário para não ser utilizada como instrumento de pressão nem se torne porta-voz de interesses inconfessáveis."
Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Inácio Arruda, deputado -CE-, líder do partido na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali, deputada -RJ-, vice-líder do partido, Vanessa Grazziotin, deputada -AM-, vice-líder do partido e Alice Portugal, deputada -BA (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Rogério Gentile e Otávio Cabral, do "Painel" - A iniciativa de atrelar a votação a favor das propostas do governo na Câmara ao apoio a candidatos comunistas a prefeito em 2004 foi tomada em reunião da Executiva do PC do B na segunda-feira, em São Paulo. Já ocorreu até uma reunião entre a cúpula do PC do B e José Genoino, presidente do PT, para tratar do tema.

Revolução
"O PT quando na oposição pregava uma determinada teoria; no governo faz tudo contrário ao que pregava. Pior, os poucos dirigentes do partido que governam o país reprimem com mão de ferro os "companheiros" de outrora, como que dizendo: "Esqueçam as diretrizes do partido". No momento em que a Folha lança alguns clássicos da literatura do século passado, sugiro aos petistas alijados que leiam "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, parábola que muito bem define o PT no governo em relação a sua militância. Queira Deus que, ao final do governo Lula, o Brasil não esteja igual à fazenda da parábola."
Priscila Maria Macedo (Mogi-Mirim, SP)

Risco-cidadão
O vice-presidente José Alencar deveria ter dito que toda decisão sobre juros é política. Simplesmente não existe uma decisão puramente técnica, desconectada de uma decisão política. A opção por manter os juros altos decidiu que o custo do ajuste será pago pela população através do aumento do desemprego e do arroxo dos salários. Os setores de serviços públicos privatizados, por exemplo, continuam mantendo seus privilégios, protegidos pelas agências reguladoras. O setor financeiro também está felicíssimo. Essa decisão política reduz o risco-país, mas eleva o "risco-cidadão".
Roberto Pereira d'Araújo (Rio de Janeiro, RJ)

Saúde mental
"Manifesto minha indignação pela ironia do presidente da República ao tratar do lançamento do Programa Saúde Mental no Brasil. Será que o presidente conhece a realidade da saúde mental no Brasil? Ou a brincadeira serviu apenas para ilustrar os programas de direitos humanos instituídos pelo governo, que não atingem objetivo humano nenhum? Na ocasião, o presidente promoveu o estigma e o preconceito em relação aos portadores de transtorno mental."
Luiza Aparecida da Silva, mobilizadora da Rede Internacional de Direitos Humanos e mãe de portador de transtorno mental (Londrina, PR)

Ciência
"Li a reportagem de Marcelo Leite sobre as eleições na SBPC ("Eleição na SBPC", Mais!, pág. 22, 1º/6) e acho que ele cometeu um tremendo equívoco quando disse que Ennio Candotti é o candidato da "máquina da SBPC". Desde que Candotti lançou sua candidatura, apoiada por um número expressivo de secretários regionais da SBPC, de cientistas, de professores e de pessoas ligadas à C&T no país, ele vem sendo combatido pelas outras candidaturas e, principalmente, por alguns membros da "máquina da SBPC". Se acompanharmos as reportagens divulgadas no "Jornal da Ciência E-mail", observaremos que, se existe alguém que não é candidato da "máquina da SBPC" é justamente Ennio Candotti. Não foi fácil viabilizar a sua candidatura na reunião do Conselho da SBPC realizada em fevereiro, e os outros candidatos que subscrevem a proposta de Candotti não conseguiram viabilizar suas candidaturas na referida reunião, enquanto outro candidato teve o seu nome facilmente aprovado pelos membros que compõem sua chapa, embora não exista "chapa" nas eleições da SBPC. Os candidatos que acompanham Candotti tiveram seus nomes corroborados por indicações de cem sócios do país. Portanto, volto a repetir, a informação sobre o candidato da "máquina da SBPC" está completamente equivocada."
José Antônio Aleixo da Silva, secretário regional da SBPC-PE (Recife, PE)

Especialidade
"Matar e esquartejar parece ser mesmo a especialidade do PT. Matou a sua credibilidade perante muitos eleitores e esquartejou o seu passado de lutas."
Odilon O.Santos (Marília, SP)


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