São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Eleições 2004
"Gostaria de agradecer à Folha o esforço jornalístico, industrial e logístico responsável pela edição de ontem, fechada à 1h e distribuída no Rio de Janeiro. É louvável que, mesmo estando num momento difícil, a Folha siga fazendo o melhor para fornecer ao leitor a informação mais apurada e atualizada possível. Assim, a Folha conseguiu ser mais atual até mesmo que "O Globo", que fechou a edição antes. Senti-me prestigiado como leitor e assinante. Na edição de domingo, os perfis mais "humanos" de Serra e de Marta em Eleições 2004 estavam ótimos. Ofereceram ao leitor uma perspectiva diferente da que trouxe a concorrência. Nos jornais do Rio, não havia nada parecido sobre os candidatos locais."
Michael Varas Rachid (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Somente em São Paulo mais de 1,5 milhão de votos brancos e nulos e de abstenções. É uma soma expressiva se olharmos o universo de eleitores. Assim, vê-se que há um exaurimento da política e que o voto precisa ser facultativo. Penso que os partidos e seus candidatos pouco -ou quase nada- podem fazer diante do mercado internacional e de nossa dependência em relação ao capital estrangeiro. Assim, a democracia do voto não representa aquela da cidadania com dignidade."
Yvette Kfouri Abrão (São Paulo, SP)

 

"Considero suspeita a atitude do candidato José Serra de não apresentar seu programa de governo ("Tucano minimiza falta de programa de governo", Eleições 2004, 28/9). Quando questionado a respeito do assunto, o candidato respondeu que, se alguém quisesse ver suas propostas por escrito, bastava ler suas entrevistas nos jornais. Fiz isso e encontrei muitas propostas vagas e sem nenhum detalhamento de como o candidato pretende atingir seus objetivos. Ele diz que pretende revisar as taxas, mas não explica se isso significará aumento ou redução da alíquota. Critica os cargos de confiança, mas não afirma claramente se todos serão extintos. Planeja melhorar o nível da educação municipal, mas não apresenta nenhum projeto de qualificação de professores. A relutância em apresentar suas propostas com detalhes levanta a suspeita de que o candidato não tenha um programa ou ainda o esteja preparando."
Alexandre Matos (São Paulo, SP)

 

"O valor gasto pelo PT nestas eleições deveria ser alvo de uma fiscalização especial do Ministério Público. O partido não pôde aumentar em R$ 10 o salário de fome para ajudar milhões de miseráveis, mas parece que a orientação na eleição foi: "Façam tudo e mais alguma coisa para ganhar a eleição". Até o grande guru, José Dirceu, amigão de Waldomiro Diniz, veio a público dizer que vai responder a todas as críticas feitas em relação ao total gasto por seu filho. Mas a única coisa que o povo quer é que o senhor Dirceu abra todas as contas das campanhas -inclusive a do filho dele- para ver se o poder econômico, sempre criticado pelo PT, não foi usado."
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)

 

"É impressionante a fidelidade que os eleitores têm em relação ao senhor Paulo Maluf. Na campanha de 1996, em que ele tinha Celso Pitta como seu apadrinhado, disse: "Se o Pitta não for um bom prefeito, não votem mais em mim!". É o que os eleitores paulistanos têm feito. Ninguém quer contrariá-lo."
Eduardo Nogueira (São Paulo, SP)

Piscina
"Para mim, médico e freqüentador da piscina pública do Pacaembu, as declarações da doutora Ana Cecília Sucupira causaram espanto ("SP dispensa piscina pública de exame médico", Cotidiano, 4/10). Segundo a senhora Sucupira, médica coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, os médicos são dispensáveis, e as doenças dermatológicas devem ser diagnosticadas por leigos. Esse pensamento reflete bem como têm sido tratados os médicos e a saúde pública no município. Em vez de haver maior rigor nos exames dermatológicos, que as piscinas públicas virem caldo de cultura!"
Eduardo Biral (São Paulo, SP)

Light
"Como leitor desta Folha, estou percebendo um tratamento "light" dado aos escândalos do governo Lula. O que aconteceu? Os articulistas também estão mais amenos, inodoros, suaves."
Antonio R. de Almeida (São José do Rio Preto, SP)

Nanotecnologia
"Extremamente oportuno o artigo do físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite publicado no dia 23/9 ("Nanotecnologia e Criacionismo", pág. A3). Tenho uma filha engenheira, formada na Alemanha, que, ao concluir seus estudos de mestrado, recebeu convites imediatos para fazer doutorado naquele país, onde os avanços dos estudos em nanotecnologia são excepcionais. O fato de o Brasil não criar, com a máxima urgência, condições para o pleno desenvolvimento dessas novas tecnologias mais uma vez nos colocará em atraso em relação ao resto do mundo, retirando de vez a oportunidade de nos colocarmos na elite do desenvolvimento. Pelo avanço, oportunidades e expectativas de utilização nos mais diversos campos, seguramente a formação de brasileiros envolvidos nesse segmento garantirá no futuro que a disseminação das aplicações não seja uma possibilidade somente para as elites, mas, sim, para todos os brasileiros."
Roberto Bastos da Silva Júnior (Rio de Janeiro, RJ)

Livros
"Extremamente lúcido, bem escrito e bem fundamentado o artigo de Ivana Jinkings sobre a forma como se opera o mercado editorial ("Cultura para quem precisa", "Tendências/Debates", 4/10). Parabéns ao jornal e parabéns à autora do artigo. Nós, profissionais do livro, professores, estudantes e todos os que lidam com educação, não podemos ficar alheios aos descaminhos da cultura em nosso país. Que os governantes governem!"
Regina Oliveira (São Paulo, SP)

Judiciário
"Ufa! Até que enfim uma crítica profunda, inteligente, clara e de objetividade cristalina em meio a esses absurdos que têm orientado as críticas ao Judiciário e têm viciado as esdrúxulas propostas para a reforma do Judiciário. O artigo "O Judiciário paulista depois da greve" ("Tendências/Debates", pág. A3, 4/10), de Flávio Luiz Yarshell e Taís Gasparian, esgota a questão de modo profissional, sem paixão e sem adjetivos de caráter meramente enfático, e dá ao problema a exata dimensão que ele tem. Espero que os autores continuem a pregar com a mesma honestidade moral e eficiência profissional."
Homero Benedicto Ottoni Netto, juiz de direito aposentado (Atibaia, SP)

Vioxx
"Em relação à reportagem "Vioxx poderá ser devolvido em farmácias" (Cotidiano, 2/10), esclareço que a suspensão do comércio e do uso de medicamentos que contenham o princípio ativo Rofecoxib atinge somente o Vioxx do laboratório Merck Sharp e Dohme, pois a empresa ainda detém a patente da substância. Por isso os produtos registrados na Anvisa com esse princípio ativo ainda não estão sendo comercializados."
Murilo Freitas Dias, chefe da unidade de farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasília, DF)


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