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A DESPEITO DA TEC
O colunista da Folha Luís
Nassif destacou na semana
passada que os países do Mercosul
iniciaram há alguns meses estudos
visando promover a integração das
infra-estruturas da região.
Essa integração se daria em três
frentes: energia, telecomunicações e
transportes, o que envolve, além de
investimentos, uma harmonização
das regras de regulação. Além disso,
pretende-se desburocratizar os procedimentos alfandegários.
Esse não é projeto simples. Não há
ainda estimativas precisas do montante de investimento que exigirá.
Mas é importante ressaltar que esse
parece ser um caminho promissor
para promover a integração das economias do Mercosul. Eliminar descontinuidades e gargalos na infra-estrutura seria um grande passo para
reduzir custos e aproximar as estruturas produtivas de cada país.
Até agora, o Mercosul foi um bloco
comercial. Começou como uma zona de livre comércio (acordo em que
são zeradas as tarifas de importação
entre seus membros) e depois passou a uma união aduaneira (que,
além de ser uma área de livre comércio, também unifica a taxação para
produtos vindos de fora do bloco).
Com raras exceções, como a do setor automobilístico, não houve uma
preocupação significativa de integrar
as estruturas produtivas da região.
Por isso, é bem-vindo esse projeto
de integração das infra-estruturas no
Mercosul. Esse tipo de iniciativa pode trazer bons frutos independentemente dos problemas de coordenação macroeconômica que o bloco
atualmente enfrenta.
Esse é também um exemplo de que
há um projeto de integração regional
viável que passa ao largo da TEC (Tarifa Externa Comum), que tanta dor
de cabeça tem proporcionado nas relações entre Brasil e Argentina.
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