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PAINEL DO LEITOR
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Vice-presidente
"Ao contrário do que tem sido divulgado (Brasil, 3/11), não participei em julho passado da condução
do caso do vice-presidente José
Alencar, atingido por enfermidade
abdominal, por ter julgado que o
tratamento proposto era incorreto.
Durante o ato cirúrgico, realizado
por outro profissional, fui convocado às pressas para resolver um impasse inesperado e nele permaneci
por cinco minutos. Muito mais relevante do que a ressalva, lamento o
sofrimento pelo qual passam José
Alencar e sua família."
MIGUEL SROUGI, professor titular de urologia da
USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)
Controladores
"Minha total solidariedade aos
controladores de vôo, pois quando
se somam estresse, jornada exaustiva e salários que não contemplam
responsabilidades terríveis como as
deles, algo tem que ser feito para
que os responsáveis por essas condições se lembrem de que ali não estão máquinas, mas seres humanos,
sujeitos portanto a limites físicos e
emocionais."
MÁYDA ZANIRATO (Bertioga, SP)
Caos aéreo
"Quando o jornalista do "NYT"
que viajava no Legacy envolvido no
acidente com o Boeing da Gol disse
que o controle do espaço aéreo brasileiro era péssimo, vozes "patrióticas" indignadas se levantaram, com
direito a discurso de ministro de
Estado. Hoje, o caos nos aeroportos
dá razão ao jornalista."
EDEMAR AFONSO GONÇALVES(Jaru, RO)
"Diante dos problemas atuais de
tráfego aéreo, fica a pergunta: por
que não se fala nos concursados de
2004 para controladores de vôos e
outras funções relacionadas com a
Infraero? Apenas um pequeno número desses concursados foi convocado, ficando um grande contingente de aprovados em cadastro reserva aguardando.
Será que a situação não poderia
ser diferente se os aprovados tivessem sido convocados e já estivessem em atividade? De quem é a responsabilidade nesse caso? E por
que até agora a imprensa não fala
sobre isso?"
VALDEMIR PINTO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)
EDEMAR AFONSO GONÇALVES(Jaru, RO)
"Seria muito interessante mais
uma pesquisa acerca da popularidade de Lula, principalmente sendo
realizada nos aeroportos de todo o
país. Será que ele manteria a proporção de 60% de votos válidos que
conquistou nas eleições? Vejo isso
como uma maneira democrática de
colocar pressão por cumprimento
de promessas feitas no processo
eleitoral."
UBIRATÃ CALDEIRA (São Bernardo do Campo, SP)
Imagens opostas
"Como diz o ditado, "maior cego é
aquele que não quer ver".
Considerar de mau gosto as imagens da Primeira Página de 3/11 é
dar uma de avestruz. O fato é a tragédia do dia seguinte à reeleição:
quem pediu para que o deixasse
trabalhar (aliás, desejo de todos
nós) optou por descansar; e quem
queria descansar no feriado teve de
amargar com o caos nos aeroportos. Talvez fosse bom o senhor José
Augusto Lisboa ("Painel do Leitor",
4/11) lembrar as vergonhosas taxas
de desenvolvimento do país nos
quatro anos de Lula e dar direito a
todos os que trabalham o ano inteiro, de descansar, e não apenas a
quem tanto trabalhou para se manter no poder."
MARIA DE NASARÉ FONSECA SERPA (Bragança Paulista, SP)
Entrevista
"Merecia estar na Primeira Página da Folha a entrevista do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza (Brasil, 4/
11), afirmando que o Ministério Público Federal foi mais incisivo nas
apurações dos casos de corrupções
do governo Lula.
Ou seja, deixa bem claro que em
governos anteriores ao atual ou se
fazia vistas grossas ou enfiavam a
sujeira debaixo do tapete. Num país
democrático, torna-se absolutamente grave um procurador da República vir a público e quase praticamente dizer que o Ministério Público Federal trabalhou com dois
pesos e duas medidas.
Se alguém acha que o atual procurador está exagerando, é só lembrar daquele procurador-geral do
tempo do Fernando Henrique, que
sarcasticamente chegou a ser apelidado de "engavetador-geral da República".
E agora fica a pergunta: quem poderia investigar essa parcialidade
das apurações como as relatadas
pelo atual procurador-geral, Antônio Fernando de Souza?"
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Mais do mesmo
" "Fiscais do Sarney", "caçador de
marajás", "nhenhenhém", "a esperança venceu o medo", "espetáculo
do crescimento", "cortar na própria
carne", "choque de gestão", "fim da
era Palocci", "Operações Mãos Limpas". Palavras ao vento ao longo de
mais de duas décadas. Imenso palavrório que não acelerou o desenvolvimento da nação."
ANTONIO R. S. CHUEIRI (Campinas, SP)
Leitura
"A grande vantagem de um suplemento infanto-juvenil qualificado é
que ele permite o acompanhamento da sua visível influência junto aos
pequenos leitores. Se analisado na
sala de aula, ganha contornos inimagináveis sob as mãos dos bons
professores. A reportagem "Mergulho nos livros", de Gabriela Romeu e
Amanda Polato, publicada na Folhinha (4/11), está irretocável. Parabéns à editoria pelo trato oferecido às experiências felizes de propagação da leitura. Nota 10!"
DORALICE ARAÚJO, professora de língua portuguesa (Curitiba, PR)
Artigo
"Reli algumas vezes o nome do
autor da coluna "Desatar os nós"
(Opinião, 3/11) -era mesmo José
Sarney, fazendo um mea-culpa de
quem sabe exatamente do que está
falando, principalmente no tocante
a "concentração de renda, de sublimação dos extremos de riqueza e
pobreza que se exerce sobre pessoas, famílias e território". Os diagnósticos do problema são há muito
conhecidos -embora o ex-presidente os elenque como quem descobriu a roda-, mas chamar uma
cruzada, com Nossa Senhora Desatadora dos Nós como protetora, para resolver problemas políticos e
partidários soa como se o que nos
assola seja algo de resolução sobre-humana.
Não nos engane, sabemos muito
bem que os nossos males são muito
mais mundanos do que isso -ou
Vossa Excelência acredita que corrupção é um delito praticado nos
infernos? O maniqueísmo já acabou... há bons e maus por todos os
lados."
KELLY CRISTINA OLIVEIRA DE ARAÚJO
(Paris, França)
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