São Paulo, quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Carnaval e educação
"Valeu mais do que um campeonato a vitória da Vai-Vai. O tema evocado no enredo foi um recado urgente aos nossos políticos. O crescimento sustentável somente virá com investimento maciço em educação.
A comunidade da Bela Vista enxerga essa urgência. Será que nossos representantes se fazem de cegos? Qual é o interesse oculto em não investir em educação?"
GUILHERME BÜSSING (São Paulo, SP)

Carnaval e Holocausto
"Seja em desfiles de escolas de samba, seja em qualquer outra manifestação artística e cultural, sempre deve haver um certo cuidado quando se toca em assuntos delicados como o Holocausto. Há uma linha muito tênue entre o sofrimento de uns e a criatividade de outros."
CRISTINA REGGIANI (Santana de Parnaíba, SP)

 

"Passada a folia, sugiro ao carnavalesco Paulo Barros conhecer o museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. Nós, não-judeus, ao visitarmos aquele museu, conseguimos entender um pouco como essa tragédia afetou a humanidade como um todo -e de forma nenhuma pode ser banalizada. Ao final da visita, entramos numa silenciosa sala onde se conta a história de cada judeu morto na tragédia. O silêncio do local é quebrado por suspiros do inevitável choro. Paulo Barros, ao sair da sala, agradecerá à juíza."
PAULO DE TARSO GUIMARÃES (São Paulo, SP)
 

"Parece-me um totalitarismo vetar uma menção ao Holocausto -assim como já foi proibido um carro em alusão a um símbolo cristão em outro Carnaval. Só não entendo por que tanto imbróglio se constantemente há referência há temas como escravidão e se milhões de negros foram exterminados cruelmente. Mesmo assim, essa história continua sendo bem assimilada, e com todo o respeito, em nosso Carnaval."
SIMONE REGINA MEZZALIRA GOMES (Jundiaí, SP)

Cartões corporativos
"Como cidadão e contribuinte, sinto-me profundamente inseguro com a impossibilidade de saber que gastos são esses que foram classificados como sigilosos para garantia da segurança nacional. Foram milhões de reais sacados em espécie ou gastos em despesas certamente impróprias para serem feitas com um cartão corporativo. Despesas que não poderão ser divulgadas para prevenir possíveis atos terroristas? O terrorismo que Lula teme é o da opinião pública inteligente."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

 

"O que tem dito o Tribunal de Contas da União a respeito dos gastos com cartões corporativos? Não é o TCU o responsável por esse "controle externo'? Onde estão as conclusões das auditorias dos ministros do TCU? Fico me questionando sobre o que tem feito o TCU durante todos esses anos. Aliás, ministros do TCU também têm cartão corporativo?"
JULIANA M. PACHECO (São Paulo, SP)

Labirinto
"Interessado e curioso na forma de organização da sociedade brasileira e suas conseqüências, busco um plausível entendimento em Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, José Murilo de Carvalho, Darcy Ribeiro, Raymundo Faoro e tantos outros -não citados por falta de espaço. E uma síntese do que tem sido a complexa sociedade brasileira foi dada por Frei Betto no artigo "Labirinto e Carnaval" (5/2). Além da burocracia, o Carnaval "é a festa em que nos escondemos atrás de máscaras e vestimos a fantasia do que não somos. Ali nosso identidade se desintegra (...). Depois, sem máscara e sem fantasia, a realidade coloca cada um em seu devido lugar". Não foi à toa que Frei Betto deixou os corredores do poder tão logo percebeu a ausência do fio de Ariadne para reconduzi-lo à sua consciência. Obrigado pelo artigo e pela atitude de homem público."
ALEXANDRE DE CASTRO (Marília, SP)

 

"Frei Betto dá uma nova roupagem a um tipo de artigo que, volta e meia, sempre surge na "passarela" após o Carnaval. Entra ano, sai ano, não importa qual regime, partido ou governante esteja no poder, nada muda mesmo. "Depois, sem máscara e sem fantasia, a realidade coloca cada um em seu devido lugar"."
MARIA DO CARMO KANNEBLEY HÖRNELL (São Paulo, SP)
 

"Em "Labirinto e Carnaval", Frei Betto deu um esclarecimento com o qual não concordo. Disse ele que "os revoltosos mineiros são chamados de inconfidentes, que significa delatores, indignos de confiança. Em expressão atualizada, seria Deduragem Mineira". Não, não é esse o significado de "inconfidente". A palavra tem um sentido ativo: aquele que não confia. Como "delens" é aquele que destrói e "timens" aquele que teme, "inconfidens" é aquele que não confia. Voz ativa, portanto. Os mineiros revoltaram-se justamente porque não mais confiavam no regime político da época; por isso foram inconfidentes. O termo não significa que eram indignos de confiança nem delatores. Ser "indigno de confiança" e "não confiar" são coisas bem diversas."
JOSÉ NAZARENO ATAÍDE , professor de filosofia da Faculdade de Direito de Ipatinga (Timóteo, MG)

Colômbia
"A cobertura da Folha sobre a manifestação ocorrida na Colômbia na segunda-feira não refletiu nem a importância nem a dimensão do ato. O objetivo da marcha, que reuniu milhões de pessoas naquele país e em centenas de cidades no mundo, era manifestar o repúdio da nação contra as Farc, e não apenas contra os seqüestros. A grande maioria dos cartazes revelava essa bandeira, que não incorporava "um tom agressivo", como também a notícia na Folha deu a entender. Bastava ter entrado no site dos organizadores (Facebook) para confirmar que os jovens que a convocaram, como um "não às Farc", explicaram que se tratava de uma manifestação da sociedade civil, sem partidarismos. Os jornalistas não entenderam que se tratou de um evento histórico e único na Colômbia -e talvez no mundo, porque pela primeira vez uma sociedade se une para mostrar seu repúdio contra as ações de uma organização terrorista como as Farc. Em lugar de enfatizar essa expressão da nação colombiana, desperdiçaram espaço no jornal para relatar um incidente entre umas poucas pessoas que tiveram diferentes atitudes em relação ao ato, de novo confundindo a árvore com a floresta."
GLORIA MARIA VARGAS (Brasília, DF)

Band
"A Band discorda das declarações atribuídas a Albino Castro na coluna "Outro Canal" de 1º/2 (Ilustrada) sobre o programa "Brasil Urgente", e envia uma síntese do conceito do programa e do apresentador: José Luiz Datena é único no seu modo de se comunicar.
E aí está a personalidade do "Brasil Urgente", um programa que defende o interesse da população e cobra das autoridades num estilo forte e incisivo. Mostra o problema, com sua conhecida capacidade narrativa, e exige solução. E também procura por ela, ouvindo especialistas e pesquisando situações semelhantes."
ELIANE LEME , assessora de imprensa da Band (São Paulo, SP)

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