São Paulo, terça-feira, 06 de março de 2001

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PAINEL DO LEITOR

Anjos
"O senador Suplicy se preocupa muito com os presos do Carandiru, mas deveria se preocupar muito mais com os familiares das pessoas assassinadas por esses "anjos". Ele deveria mostrar o que está fazendo, ou o que já fez, nesse sentido." Antônio José Gomes Marques (São Paulo, SP)

Israel
"Fica cada vez mais claro que, ao eleger Ariel Sharon, o povo israelense consolidou a maior monstruosidade em termos de definição política. Esse senhor mostrou em várias oportunidades que é um ser tão maligno como qualquer membro da cúpula do Hamas. A opinião pública mundial não se deixará enganar, pois sabe que, enquanto o satânico Sharon estiver no poder, milhares de israelenses e árabes inocentes serão sacrificados desumanamente. Sabe também que o sionismo de Sharon é uma réplica do nazismo e que a história mostrará que ele apenas não se igualará a Hitler porque não terá a mesma oportunidade histórica." Francisco Carvalho (São Paulo, SP)

Espelho meu
"O artigo do senador Antonio Carlos Magalhães ("Ninguém compra o meu silêncio", "Tendências/Debates", pág. A3, 4/3) é significativo. Quanto custou, custa e custará o seu falar? Não há como valorar o seu silêncio, e ele não pretende isso. Quando fala em maus, desonestos e covardes e diz que nunca foi nem pretende ser modelo de bondade, deixa, de maneira cristalina, o seu recado: ele estava se olhando no espelho." Antonio Carlos Leite (Cuiabá, MT)

"A Folha está de parabéns por ter publicado na edição de 4/3 a denúncia crua e chocante do senador Antonio Carlos Magalhães e a excelente reportagem de Felipe Patury ("Relatório do BC liga família de Jader a desvio no Pará", Brasil, pág. A4) sobre os desvios no Banpará. Se as autoridades não tomarem providências, caberá ao povo sair às ruas e conclamar a volta dos militares, dessa feita nos moldes de Pinochet e de seu "esquadrão da morte"." Rui Pinheiro Silva (Fortaleza, CE)

Luizas
"Achei muito interessante a reportagem de capa da Revista da Folha deste domingo: "As idades de Luiza". Sou mais uma Luiza deste planeta, igualmente em busca do sagrado segredo feminino, de sua força fundamental na história da nossa sociedade, força determinante nos rumos da humanidade, no presente, no passado e, certamente, ainda mais no futuro." Luiza de Andrade (Belo Horizonte, MG)

Educação
"O Ministério da Educação, em resolução de 26 de junho de 1997, autorizou as faculdades a oferecer "programas especiais de formação pedagógica" destinados a suprir a falta de professores. Com um ano de curso, um engenheiro poderia dar aulas de matemática. Entretanto a Secretaria da Educação de São Paulo discrimina as pessoas que fizeram os cursos, alegando que os profissionais não são e nunca serão professores. As faculdades, legalmente, oferecem os cursos. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, legalmente, discrimina os que fazem os cursos. Então os únicos fora-da-lei somos nós, os alunos que fizeram os cursos?" Renato Arebas Louzi (São Paulo, SP)

Bacanal
"Há vários anos o Ministério da Saúde procura incentivar o Carnaval como sendo um imenso bacanal. A título de conter a disseminação da Aids, o ministério "patrocina" a promiscuidade sexual, comportamento de risco para contrair e disseminar a doença. A propaganda do Ministério da Saúde, além de contraproducente, constitui verdadeiro ato de corrupção de adolescentes." João E. dos Santos Alves (Niterói, RJ)

Genéricos
"Quais os limites do poder e da vida? Que parâmetros usar quando estão em jogo a vida e o lucro? Li e reli a reportagem "Orfanato desafia gigantes farmacêuticas" (Mundo, pág. A9, 28/2) na qual se noticia que o padre Angelo D'Agostino, diretor do Orfanato de Nyumbani, no Quênia, "cansado de enterrar crianças", ignora a lei de patentes e importa genéricos da Índia. Diante desse "ato bárbaro" de salvar crianças, o laboratório Glaxo -e outras empresas do ramo- protestou, pois, preocupado com o uso de genéricos no tratamento da Aids, reclama seus direitos exclusivos de patente." Maria Elfrida Arnold dos Santos (São Paulo, SP)

Perfil
"Com relação à reportagem "Pesquisa revela perfil do ladrão em SP" (Cotidiano, pág. C1, 4/3), gostaria apenas de saber de onde vieram os familiares dos 6.290 paulistas infratores citados na reportagem." Antonio Carlos Chiavenato Filho (Monte Aprazível, SP)

Competência
"Fiquei indignado com o artigo de Otavio Frias Filho de 1º/3 ("Políticos exemplares", Opinião, pág. A2). Citar Paulo Maluf como exemplo de pior forma de populismo é um absurdo. Nas últimas eleições, quando recebeu 42% dos votos, ficou atestado que Maluf é o maior líder político de São Paulo. Em sua última passagem pela prefeitura, teve índice de 92% de aprovação e elegeu seu sucessor. Maluf é popular porque é competente e experiente." Carlos Renato Camargo, presidente do grupo estudantil Juventude Progressista (São Paulo, SP)

Livros
"Gostaria de elogiar a Folha pela escolha do tema do editorial do último domingo, 4/3 ("Deserto de Livros", Opinião, pág. A2). O tema desenvolvido trata de uma das questões mais problemáticas em nosso país: a dificuldade de acesso à leitura pela população. A ferramenta mais importante para se construir uma nação próspera é a leitura, instrumento democrático. Um povo sem livros é um povo sem história. É preciso convencer a população de que é necessário e vital o hábito da leitura, usando-o como forma reveladora de caminhos a serem seguidos. É necessário mostrar ao poder público que é seu dever tornar a leitura acessível." Gabriel Fazanaro (Guaratinguetá, SP)

Covas
"Tenho acompanhado a luta do governador Mário Covas contra o mal que o atinge. Há uma consternação geral e está-se fazendo uma via-crúcis, que normalmente cabe a um morto, não a um doente. Essa cobertura jornalística detalhada mostrou-me um viés irônico. Covas foi o governador de um Estado com sua saúde falida, física e juridicamente falando. Dezenas, centenas, milhares de cidadãos na mesma faixa etária do governador morrem neste instante pelos mesmos males, porém sem um enésimo da atenção médica que tem Covas. Não choro por ele, choro pela morte indigna de milhares de cidadãos." Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

Votação aberta
"Se foi ou não violado o sigilo de voto quando da cassação do senador Luiz Estevão, o fato é que a votação o excluiu da vida política. Só pode ser piada ele querer voltar ao Congresso. Se houve mesmo violação, o mais lógico é fazer uma outra votação, de preferência aberta, como deveria ser qualquer votação feita por aqueles a quem pagamos para trabalhar com transparência. Seria ótimo, aliás, se os políticos usassem menos esta palavra -transparência- mas agissem de acordo com seu significado." Ligia Valdrighi (São Paulo, SP)


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