UOL




São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

INSS
"Em relação à reportagem "Dívida com o INSS triplica em 5 anos e beira os R$ 180 bi" (Brasil, pág. A4, 4/5), com chamada no quadro "Os ralos da Previdência", que lista os supostos 15 maiores devedores da Previdência, vimos à sua presença para expor o que segue. A única dívida reconhecida entre as partes monta a R$ 87,435 milhões de principal (não considerados juros, multas, créditos fiscais e atualizações monetárias) em 31/12/2002 e está incluída no Programa de Recuperação Fiscal (Refis) desde 28/4/2000, data em que a Cesp aderiu ao Refis, conforme lhe facultava a legislação. Até a presente data, a Cesp encontra-se perfeitamente em dia com as suas obrigações perante o Refis. Portanto trata-se de um débito devidamente reconhecido pela Cesp e pactuado quanto à forma de pagamento parcelado. Não pode, de modo nenhum, ser rotulado como "ralos da Previdência". Esse compromisso da Cesp é público, está registrado em seu balanço e pode ser encontrado em detalhes na Nota nš 17 às Demonstrações Contábeis da Cesp, referentes ao exercício encerrado em 31/12/2002 e anteriores."
Vicente K. Okazaki, diretor financeiro e de relações com investidores da Cesp -Companhia Energética de São Paulo (São Paulo, SP)

Nomeação
"Em sua edição de sábado passado, 3/5, no texto "Favre é nomeado pelo governo e será assessor especial de Gushiken" (Brasil, pág. A8), que trata de minha nomeação como assessor da Casa Civil, a Folha "informou" sobre uma suposta pesquisa interna da Prefeitura de São Paulo e seus resultados. É uma "informação" mentirosa. Ou a suposta pesquisa foi inventada pela Folha, ou a "fonte" manipulou o jornal, que se prestou a uma campanha nojenta de desinformação. A Folha tem de verificar a veracidade das informações que publica -suponho que isso esteja no "Manual da Redação'- e não pode contentar-se com boatos -sem fundamentos e sem provas. Desafio a Folha a publicar essa suposta pesquisa interna da prefeitura, o universo supostamente pesquisado, os autores do trabalho, seus resultados, a margem de erro etc. O jornal não poderá responder a esse desafio, pois essa pesquisa é pura invenção, nunca existiu."
Luís Favre (São Paulo, SP)

 

"É absolutamente inverídica a informação de que pesquisas realizadas pela Prefeitura de São Paulo tenham chegado a essa ou àquela conclusão sobre a associação da imagem da prefeita Marta Suplicy com a de seu marido, Luís Favre, como afirmou a repórter Andréa Michael em texto publicado em 3/5. Solicitamos que essa informação seja retificada, até porque a Prefeitura de São Paulo jamais realizou pesquisa sobre esse tema."
José Américo Dias, secretário de Comunicação e Informação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Andréa Michael - A pesquisa em questão é de caráter reservado e circula na cúpula da prefeitura paulistana.

Procon
"Já passou da hora de criarmos um "Procon político". Seria o fórum onde nós, os eleitores, iríamos registrar as nossas decepções com as falsas promessas dos políticos da nossa cidade, do nosso Estado e também do presidente da República. O povo já está cansado de ser iludido pelas fáceis soluções de palanque, que jamais se tornam realidade. Nossos homens públicos seriam questionados por saberem gerir tão bem os seus patrimônios particulares, diferentemente do que ocorre com o público."
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)


Armas
"Como aficionado e esportista de armas de fogo, gostaria de parabenizar os jornalistas Fernanda Mena e Guilherme Werneck pelo excelente texto em que abordaram o assunto ("Desarmamento opõem interesses de ONGs e produtores de armas", Folhateen, pág. 7, 5/5). Fugindo dos estereótipos que, infelizmente, sempre predominaram nos textos desse jornal, esses profissionais foram isentos e imparciais ao ouvirem as duas partes envolvidas no tema (aficionados/esportistas e "hoplófobos'), rompendo, desse modo, a barreira sectária que, a meu ver, caracterizava o jornalismo da Folha sobre o tema. Parabéns, tomara que continuem assim!"
Paulo Boccato (Bauru, SP)


Previdência
"Em relação à reforma da Previdência, o que os servidores públicos precisam entender é que os serviços prestados por eles não atendem às necessidades da sociedade, além de significarem um custo muito alto e não justificado. Está na hora de privatizarmos o que for possível e de acabarmos com a mamata que existe no funcionalismo público -que, em grande parte, se mostra acomodado, corrupto ou ineficiente. Temos de reduzir os custos e aumentar a eficiência dos serviços para que a sociedade pague apenas uma vez por um serviço -privado- de qualidade."
Ricardo Fairbanks Cacciaguerra (São Paulo, SP)

 

"Muito se tem falado sobre a reforma da Previdência, seja para criticar as alterações de regras, seja para justificá-las, seja apenas para citá-las. Do modo como se fala no assunto, até parece que não houve modificações que prejudicaram alguém no passado. Excetuando o meu primeiro ano de trabalho, durante toda a minha vida profissional contribuí para a Previdência pelo valor "teto", até mesmo quando, nos anos 70, o teto foi elevado para 20 salários mínimos. E, dizia a regra, a aposentadoria seria a média ponderada entre dez e 20 salários mínimos, proporcional aos anos de contribuição. Minha aposentadoria é de cerca de dois terços do valor noticiado como o atual teto de contribuição. Não me lembro de a imprensa ter alardeado o "golpe" sofrido por quem contribuiu com base em 20 salários mínimos e está em condição similar à minha."
Carlos Eduardo F. C. Bittencourt (Campinas, SP)

Dissidentes
"Lamento as declarações do presidente nacional do PT, José Genoino, a respeito dos dissidentes do PT em que aponta a deputada federal Luiza Erundina como um dos mortos politicamente por terem saído do partido. É preciso deixar claro que o desejo não corresponde aos fatos. Nós, mulheres, temos a satisfação de acompanhar uma trajetória de luta e de coerência em relação aos compromissos éticos e políticos da deputada. Trajetória essa feita com os movimentos sociais em defesa de uma sociedade mais justa para homens e mulheres."
Therezinha Zerbine, presidente do Movimento Feminino pela Anistia (São Paulo, SP)

Violência
"Na reportagem "Após crime, Grajaú vive crise de consciência" (Cotidiano, pág. C4, 3/ 5), sobre morador do bairro que foi linchado após atropelar duas crianças, todos nós, moradores aqui do distrito do Grajaú, ficamos chocados com a tragédia ocorrida. Principalmente porque, mais uma vez, é gente da periferia matando gente da periferia -como os 330 homicídios ocorridos neste distrito. É óbvio que homicídios não devem ocorrer em lugar nenhum, mas o pouco-caso com os direitos dos moradores da periferia facilita e muito esse pouco-caso com a vida alheia. Esperamos que os governos federal, estadual e municipal, assim como vereadores e deputados, que tantos votos buscam nesta região em épocas de eleições, tenham tomado conhecimento desse fato e que suas consciências estejam em uma crise profunda."
Luiz Carlos dos Santos, sociólogo, coordenador do Movimento Atitude Pela Paz (São Paulo, SP)

Futebol
"A reportagem "Presidente do São Paulo demite Oliveira (Esporte, pág. D5, 4/ 5), traz duas informações incorretas, que precisam ser retificadas. 1) O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, não estava em Jaguariúna, onde de fato passou parte do feriado, no momento da demissão de Oswaldo, como disse a Folha. Estava o tempo todo ao lado do presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa, no Centro de Treinamento, o que poderia ser facilmente checado. 2) Barros e Silva tampouco afirmou que não tinha informações a respeito do assunto (da demissão), como também escreveu incorretamente a Folha. Deve ter havido aí algum equívoco, já que o diretor nem sequer chegou a falar com a reportagem do jornal no sábado." Juca Pacheco, assessor de imprensa do São Paulo Futebol Clube (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A informação foi confirmada no sábado por três dirigentes do São Paulo. Questionado no domingo sobre os motivos da demissão de Oliveira, o próprio diretor disse à rádio Bandeirantes: "Essa pergunta não tem de ser feita para mim. Eu não tive parte, presença ou conhecimento do assunto". Em entrevista à ESPN Brasil, o supervisor Marco Aurélio Cunha declarou: "O presidente foi tão ético que a primeira pessoa a saber da demissão foi o próprio Oswaldo. Depois é que a diretoria foi avisada".


Texto Anterior: Rogério Cezar de Cerqueira Leite: MCT, ame-o ou deixe-o

Próximo Texto: Erramos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.