São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Convocação
"Em relação à reportagem "Apesar do extra, 25 somem da Câmara" (Brasil, 2/ 2), tenho a informar o seguinte: 1. Como membro do Legislativo federal, não "sumi" da Câmara durante as votações da convocação extraordinária, como dá a entender o texto. A reportagem deveria ser mais cuidadosa ao imputar expressões depreciativas que podem sugerir uma conotação errônea: não me considero um "sumido da Câmara", pois ausentei-me apenas por um dia (quinta-feira, dia 29/1) das sessões extraordinárias, ainda assim porque estava em missão oficial; 2. Na ocasião --por ser presidente da Frente Parlamentar de Turismo, que congrega 111 deputados e 15 senadores-, estive representando a Câmara Federal na Feira Internacional de Turismo de Madri, na Espanha, que se realizou de 28 de janeiro a 1º de fevereiro; 3. Também tive uma audiência com o embaixador brasileiro na Espanha, Osmar Chohfi, ocasião em que tratamos dos papéis comerciais entre o Brasil e a Espanha e do estímulo à vinda de espanhóis ao nosso país; 4. Também estive na cidade de Toledo, próxima a Madri, para conhecer as bem-sucedidas experiências na área de segurança pública, um setor que, infelizmente, aflige o nosso país e as famílias brasileiras. A idéia era angariar conhecimentos para, quem sabe, aproveitá-los aqui."
Alex Canziani, deputado federal -PTB-PR (Brasília, DF)

 

"Em relação à reportagem "Apesar do extra, 25 somem da Câmara", gostaria que fosse publicada a seguinte retificação: Conforme comprovante em poder da Secretaria Geral da Câmara, o deputado Moreira Franco (PMDB-RJ) compareceu às sessões plenárias do dia 28 de janeiro, e não apenas à do dia 27 de janeiro, como consta da referida reportagem."
Eduardo Balduíno, assessoria de imprensa do deputado federal Moreira Franco (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Fórum Social Mundial
"A coluna "Painel" (Brasil, pág. A4) errou em sua edição de 5/2, na nota "Festa lá, paga aqui". As estatais brasileiras não patrocinaram o Fórum Social Mundial na Índia, mas, sim, um estande brasileiro naquele Fórum: o Espaço Memória Fórum Social Mundial Porto Alegre. Corrija-se também que a Fundação Ford não aportou recursos para o evento neste ano, diferentemente do noticiado pela coluna."
Sérgio Haddad, diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong) e membro do secretariado internacional do Fórum Social Mundial (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Plínio Fraga - O material de divulgação da organização do Fórum Social Mundial, o que inclui seu sítio na internet, lista como "patrocinadores e apoiadores", pela ordem, a Petrobras, a Fundação Ford, a Fundação Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios.

México
"Sem julgar a pertinência ou não da opinião do senador Jefferson Pérez sobre uma suposta "mexicanização" da política brasileira, devo aclarar aos leitores da Folha que o termo correto deveria ser "priização", e não mexicanização. "Priização" deriva da sigla do Partido Revolucionário Institucional, PRI, que dominou a política mexicana durante 70 anos. Dizer mexicanização faz pouca justiça ao longo processo de luta democrática do México, que culminou com a eleição de Vicente Fox em julho de 2000 e que abarcou milhões de mexicanos, inclusive muitos priistas, que deram seus votos no Congresso para reformar o sistema político."
Cecilia Soto, embaixadora do México no Brasil (Brasília, DF)

Lula
"Parabenizo Otavio Frias Filho pela análise contida no artigo "Lula lá" (Opinião, pág. A2, 5/2). Realmente o despreparo do presidente fica cada vez mais evidente, e os superpoderes dos dois ministros idem. O comportamento de Lula é o mesmo de quando estava em campanha. Parece não ter percebido que agora é o presidente."
Silvia T. de Toledo (São Paulo, SP)

Chocolate
"Há dois anos, eu costumava comprar caixas de bombons da marca Garoto por cerca de R$ 2 cada uma. Os bombons da Nestlé custavam cerca de R$ 3. Hoje, graças à concentração do mercado de chocolates no Brasil -com a anunciada compra da Garoto pela Nestlé-, já encontrei os mesmos bombons, Garoto e Nestlé, por até R$ 7 (caixa de 400 gramas). Nas barras de chocolate, o aumento foi ainda maior. Bastam esses dados para os consumidores estarem supersatisfeitos com a anulação do negócio entre a Garoto e a Nestlé pelo Cade -Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Foi uma decisão corajosa, pois podem-se imaginar as pressões que os conselheiros sofreram para aprovar a compra, mas, mesmo assim, agiram limpamente, pensando nos consumidores, e não nos lucros da multinacional. Dizer que isso vai eliminar empregos e diminuir investimentos no Brasil comprova que o jogo nem sempre é jogado com transparência e que contar com intimidação e considerar o Brasil a casa-da-mãe-joana pode não ser, doravante, um bom negócio. Parabéns ao Cade!"
Robert Silva (São Paulo, SP)

 

"Como pode o Cade ter critérios diferentes para aprovar ou desaprovar a aquisição ou a fusão de empresas? Kolynos/Colgate: 78,1% do mercado, autorizado pelo Cade. Brahma/Antarctica: 66,9% do mercado, autorizado pelo Cade. Nestlé/Garoto: 58,4% do mercado, reprovado pelo Cade. Há exatamente dois anos, a Nestlé Brasil adquiriu uma empresa que estava prestes a fechar as portas (Chocolates Garoto) e conseguiu reerguê-la. Agora que está tudo bem, o Cade decide que a Garoto deve ser vendida. A Nestlé demonstrou coragem na aquisição da empresa, evitando que o governo "torrasse" milhões, e ainda garantiu o emprego de aproximadamente 3.000 funcionários -isso sem considerar a mão-de-obra indireta. A Nestlé evitou que a Garoto se tornas- se um caso parecido com o da Parmalat. E agora, quando o Titanic não afunda mais, os "lobos-do-mar" estão loucos para colocar as mãos na Chocolates Garoto."
Reinaldo Adriano Sversuti (São José dos Pinhais, PR)

Transgênicos
"Eliane Cantanhêde comete um grave equívoco ao separar os ambientalistas dos cientistas ("A cruz e a espada", Opinião, 3/2). Ela deveria atentar para o fato de que tais pareceres "científicos", defensores do uso e do plantio de transgênicos, são fruto de pesquisas financiadas pelo cartel das empresas de biotecnologia, sendo assim eivadas de meias verdades que podem ser perigosas. O que acontece, de fato, é uma guerra entre os interesses dessas poderosas empresas e o verdadeiro conhecimento científico, esse, sim, defendido pelos ambientalistas."
Maurício Saraiva de Campos (São Paulo, SP)

Texto Anterior: Sim - Flávio Gomes: Cidadania zero: heranças e legados

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.