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São Paulo, sábado, 07 de junho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Arquivamentos
"Como eleitor do PT nas últimas quatro eleições, sinto-me traído pelo posicionamento de Lula e dos ministros José Dirceu e Antonio Palocci Filho. Os arquivamentos no Senado da CPI da privatização da Telemar e da remessa de dólares ao exterior pelo Banestado são uma imensa vergonha. Meu arrependimento só não é maior por causa das posições do vice-presidente José Alencar e dos deputados federais ditos radicais, que simplesmente defendem tudo o que o PT sempre pregou. A lucratividade dos bancos comparada com a de outros setores da economia é uma vergonha."
José Rubens B. Faria (Belo Horizonte, MG)

Adversário leal
"Pela clareza de idéias e conduta coerente diante de seus pleitos, pode-se dizer que o servidor público sempre teve em FHC um adversário leal. Pelas suas idéias e posição diante dos pontos defendidos pelo funcionalismo antes e depois das eleições, o que dizer de Lula?"
Odilon O. Santos (Marília, SP)

Impressionante
"É impressionante a forma histérica como esse jornal se tem comportado. A impressão que dá é que o pagamento aos jornalistas é feito por produção: quanto mais se fala mal do governo federal, mais se ganha. Se assim for, os senhores Clóvis Rossi, Fernando Rodrigues e Elio Gaspari devem estar bem de bolso. Gostaria de deixar aqui minha indignação com a posição nada construtiva desse jornal e dizer ao jornalista Fernando Rodrigues, em relação ao artigo "A popularidade recorde de Lula" (Opinião, pág. A23, 4/6), que, se ele não respeita o presidente da República, deveria ao menos respeitar a opinião pública, e não desqualificá-la de forma tão histérica como fez."
Lucia Helena Couto (Diadema, SP)

Melhor nação
"Ao privatizarem as estatais, os neoliberais diziam que o Estado brasileiro sairia do grosso endividamento e teria recursos para desafogar os serviços públicos. Ledo engano. Surge agora uma nova proposta de reforma para a sustentabilidade de garantia para pensionistas e aposentados. Outro equívoco. Se o Estado e os demais devedores pagassem a Previdência, nada disso seria necessário. O problema é que a conta acaba sobrando para os assalariados e os trabalhadores, que devem custear tudo. Se a carga tributária fosse solução, o Brasil seria a melhor nação do mundo."
Carlos Henrique Abrão (São Paulo, SP)

Fome Zero
"Apesar de reiteradas observações feitas pela assessoria de comunicação do Ministério de Segurança Alimentar sobre o conteúdo de reportagens publicadas pela Folha sobre o Fome Zero, a cobertura sobre o tema continua com problemas. Na edição de 29/5 (pág. A11), o jornal publicou a reportagem "Ciro afirma que Fome Zero é caridade", o que não corresponde em hipótese nenhuma ao que foi afirmado pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, nem ao próprio teor da reportagem. O que Ciro Gomes disse foi que "a diferença entre comer hoje e não comer hoje ao meio-dia é grave, mas isso (dar comida imediata às pessoas) não vai resolver nada, nem é sustentável a longo prazo (...) estamos falando de fome de 20 milhões de pessoas, e isso não vai ser revertido com caridade". A Folha concluiu que essa afirmação seria uma crítica ao Fome Zero. O ministro, no entanto, não citou o programa. Por outro lado, a declaração de Ciro Gomes é uma reiteração do verdadeiro objetivo do Fome Zero. O programa avalia, exatamente como diz Ciro, que dar comida é apenas uma ação emergencial. Por isso o Fome Zero propõe medidas estruturais. Na edição de 28/5, o jornal publicou o texto "Graziano defende coordenador social" (Brasil, pág. A4), na qual o ministro da Segurança Alimentar, José Graziano, não fez a defesa da indicação de um coordenador para a área social do governo. O ministro, ao responder a um repórter, revelou apenas não ter objeções à idéia."
Gilberto Nascimento, assessoria de comunicação do Ministério de Segurança Alimentar (Brasília, DF)

Acordar
"A respeito do artigo "O tempo de acordar" ("Tendências/Debates", pág. A3, 2/ 6), assinado pelo ex-ministro José Cechin, questiono a razão pela qual ele não se empenhou com afinco -durante a sua gestão à frente do Ministério da Previdência- para acabar com o déficit do INSS e do sistema dos servidores. Quer dizer que lá atrás não existia despertador? Só falta o senhor Cechin dizer que a culpa da péssima administração dos sistemas é do governo Lula, que chegou ao poder agora."
Terezinha L. de Souza (São Paulo, SP)

Biblioteca
"Parabéns à Folha pelo lançamento da excepcional coleção de clássicos da literatura mundial. No momento em que o Brasil passa por uma decadência de estrutura cultural e educacional, principalmente entre os cidadãos com menos de 35 anos, o feito é admirável."
Wilson Roberto Vicente (Santo André, SP)

 

"Sou assinante do jornal desde 1946 e é com pesar e tristeza que preciso reclamar, porque não dá mais para aguentar. Recebi o livro "Lolita" e não consegui ler mais do que 30 páginas. Depois pedi perdão a Deus por ter lido uma coisa tão deprimente. Como educadora que fui, protesto pela falta de algo nobre nesse livro. O mais grave -e isso precisa ser levantado, discutido e transformado- é que ele vai para todos os assinantes, encarados há algum tempo como massa de manobra cujo espírito crítico pode ser dobrado. Semear algo tão ruim quando o nosso povo já está sendo triturado por más notícias parece-me uma opção extremamente perigosa. Será que o povo merece? Será que nossos próprios filhos merecem suportar as consequências? O que temos de pedofilia, de pornografia e de similares já chegou à exaustão. Original agora é quem extrai algo novo, de fora dessas vertentes. Criativo hoje é o sujeito que, além de várias virtudes, respeita a integridade mental e social dos demais."
Maria Odila da S. Paes (São Paulo, SP)

Cinco meses
"Lula disse que não deve ser criticado, pois ainda está em fase de gestação, que devem esperá-lo completar nove meses para isso ("Lula defende reformas e parte da CUT vaia", Brasil, pág. A8, 5/6). Mas, a partir do dia em que recebeu o título de presidente, iniciou-se um novo governo. O novo governo já nasceu. E um governo de seis meses para um período total de quatro anos já pode ser considerado um adulto, não uma criança. A criança já nasceu!
Ligia da Silveira Prouvot (São Paulo, SP)


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