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SURPRESA PAULISTA
O candidato do PPB ao governo do Estado de São Paulo,
Paulo Maluf, ficou fora do segundo
turno, que será disputado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e
pelo postulante petista, José Genoino. Trata-se de uma grande surpresa, afinal, Maluf liderava as pesquisas de intenção de voto até o início de
setembro, quando foi superado por
Alckmin e praticamente alcançado
por Genoino, com quem seguia numa situação de empate técnico.
A derrota de Paulo Maluf é um fato
histórico, pois o pepebista participou do turno final de todas as eleições pelo sistema de dois turnos em
que concorreu. Diversos fatores devem ter contribuído para a arrancada
final de Genoino. A boa votação do
candidato do PT à Presidência da República é um deles. Lula deve ter
atraído votos para seu colega petista.
A tradicional militância do PT, especialmente eficiente na boca-de-urna
é outro. É provável também que tenha ocorrido uma espécie de voto
útil anticonservador, com eleitores
simpatizantes de diversos partidos
votando em José Genoino para evitar
que Paulo Maluf fosse para o segundo turno. Ao menos parte dos paulistas parece ter preferido apostar no
caráter simbólico de deixar Paulo
Maluf fora da disputa.
Para além da derrota do candidato
pepebista, o confronto entre o governador Geraldo Alckmin e o deputado
José Genoino marca a chegada de
uma nova geração ao primeiro plano
da política paulista. São duas lideranças mais jovens que substituem
nomes como o de Mário Covas e o de
Paulo Maluf.
Seria precipitado afirmar que o malufismo está morto, mas essa tradicional corrente política paulista sai
bastante enfraquecida deste pleito.
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