São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2005

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Caixa três
"No artigo intitulado "O problema é o caixa 3" ("Tendências/Debates", 4/10), no qual procura demonstrar a sua tese de que "havia um caixa três para pagar tudo o que fosse necessário para garantir a hegemonia do governo do PT e não apenas no Parlamento", o senhor Augusto de Franco falseia deliberadamente os fatos ao vincular o patrocínio dos Correios ao Fórum Social Mundial a qualquer tipo de financiamento ilegal alimentado pelas contas valerianas. A CPMI já reconheceu que, ao lado das transferências ilícitas, as agências de publicidade investigadas fizeram pagamentos legais em nome da ECT. O FSM não recebeu recurso nenhum do "valerioduto". A diretoria dos Correios decidiu efetuar o patrocínio por intermédio de uma das agências responsáveis por sua verba de publicidade e patrocínio, a SMP&B, que pertencia ao senhor Marcos Valério. Na ânsia de combater o governo Lula e de contribuir para o retorno do PSDB ao poder, o senhor Augusto de Franco não hesita em tentar comprometer com denúncias infundadas o Fórum Social Mundial e tudo o que ele representa como caminho para a busca de alternativas a uma globalização injusta e excludente."
Jorge Eduardo Saavedra Durão, diretor geral da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais -Abong (São Paulo, SP)

Rio São Francisco
"Será que o bispo Cappio não tem problemas mais importantes para combater com sua vida? Sugiro que o bispo faça greve de fome contra a prostituição infantil, uma praga nordestina, contra o caixa dois, uma praga nacional, contra a insegurança pública, uma praga impune, contra o estado de calamidade da saúde pública, da educação pública, da previdência pública e contra o indecente salário mínimo. O bispo, no mínimo, está pecando contra a própria vida."
Roberto Bittencourt dos Santos (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Pelo bem do povo brasileiro, o bispo Luiz Cappio poderia agora entrar em greve de fome contra as altas taxas de juros e também contra a sufocante carga tributária. Só assim mesmo para esse governo se mover."
Alexandre Aleixo Pereira (São Paulo, SP)

 

"No "Toda Mídia" de 4/10 (Brasil), Nelson de Sá titula como "O suicida" sua coluna de análise da cobertura dada pela imprensa à greve de fome do bispo de Barra, dom frei Luiz Flávio Cappio. Em dois outros lugares de seu breve comentário, dom Luiz é tratado como "bispo suicida" ou como "suicida baiano". Ghandi, em suas muitas greves de fome para protestar contra os abusos do governo colonial britânico ou para forçar hindus e muçulmanos a cessarem os conflitos entre si e a sentarem-se à mesa de negociação política, nunca foi tachado de "suicida", nem mesmo pelos seus maiores inimigos. Pode-se discordar da posição de dom Luiz, e assiste ao jornalista esse direito, mas não se pode tentar desqualificar um gesto de humana grandeza e desprendimento, o qual merece respeito, e não comentários que beiram ao deboche."
José Oscar Beozzo (São Paulo, SP)

 

"Surpresos e indignados com o teor da reportagem "Jejum de bispo tem crítica de religiosos e apoio popular" (Brasil, 5/ 10), nós, os franciscanos da Província de Santa Cruz, de Minas Gerais e sul da Bahia, gostaríamos de expressar a nossa insatisfação. Conforme o nosso manifesto "Franciscanos apóiam dom Luiz na luta contra a transposição do rio São Francisco", afirmamos que não somos contra dom Luiz Flávio Cappio e seu gesto radical. O que afirmamos na entrevista é que não queremos a morte de dom Luiz e de ninguém por causa da transposição do São Francisco. O que queremos é a vida de dom Luiz, do rio São Francisco e de nossos irmãos que dele dependem para viver e que o governo Lula reveja sua posição em relação à transposição das águas. O gesto de dom Luiz não é de "homem-bomba", conforme afirma a reportagem, mas de coragem profética."
Frei Eduardo Metz e Frei Jacir de Freitas Faria (Belo Horizonte, MG)

Auditório
"Com referência à reportagem "Auditório do Ibirapuera abre hoje" (Cotidiano, pág. C3, 6/10), cabe esclarecer que não procede a afirmação de que a ex-prefeita Marta Suplicy "chegou a fazer uma festa de inauguração dez meses antes de a obra acabar". Em 14 de dezembro de 2004, a ex-prefeita entregou a obra do auditório concluída, depois de enfrentar, por muitos meses, a oposição do Ministério Público Estadual, então sob a batuta de Luiz Antônio Guimarães Marrey, procurador-geral de Justiça de São Paulo e atual secretário de Negócios Jurídicos da administração José Serra. A adequação da área externa para eventos ao ar livre não impedia, como não impede hoje, a utilização do auditório, que aguardava apenas a realização de testes acústicos. Somente agora, dez meses depois de a obra ter acabado, a população poderá ter acesso à magnífica sala projetada por Oscar Niemeyer."
Mário Moysés, assessoria de imprensa de Marta Suplicy (São Paulo, SP)

Educação
"Cumprimentamos a Folha pela publicação da reportagem "O quadro se agrava" (Sinapse, 27/9) e do editorial "Falsa prioridade" (Opinião, 3/10), que mostram o cenário crítico da educação no Brasil, com um número cada vez menor de jovens interessados na profissão de docente. Essa é uma grande preocupação do poder público e precisa também ser uma prioridade de toda a sociedade."
Marcos Macari, reitor da Universidade Estadual Paulista -Unesp (São Paulo, SP)

IPTU
"Muito oportuna a proposta do prefeito José Serra de conceder abatimento no IPTU para quem apresentar notas de serviços. Alguém se lembra do concurso "Seu talão vale um milhão'? Por que os governos não voltam com propostas semelhantes em campanhas contra a sonegação? Só terão benefício com isso. Enquanto a fiscalização for frouxa e o cidadão não exigir as notas de produtos e serviços, o Brasil continuará atrasado e com essa elevada carga tributária para tentar compensar a sonegação."
Jean Marie Carrières (Jundiaí, SP)

Armas
"Pergunto: proibida a comercialização de armas no Brasil, quem vai exercer o controle para que se cumpra essa proibição? Já existe um sistema pronto com esse fim? É o mesmo que impede a venda ilegal de cigarros contrabandeados e de CD piratas?"
Elza Galdino (Florianópolis, SC)

Anúncios
"Sobre a reportagem "Anúncios gigantes tomam conta da cidade" (Cotidiano, 2/ 10), é preciso ressaltar que a chamada Lei da Paisagem Urbana (lei municipal 13.525/03), que substituiu a antiga lei 12.115/96, modifica profundamente a forma de tratar a mídia de rua (outdoors, painéis, placas, cartazes etc.) na cidade de São Paulo, implementando novos conceitos e criando regras para o padrão visual desta publicidade. Também inova, por exemplo, na fixação das metragens a serem usadas para cada tipo de inserção e na definição de um espaçamento mínimo entre as peças, combatendo a poluição visual, e não o contrário, como critica equivocadamente quem tem dificuldade de entender a lógica da ordenação proposta."
Myryam Athie, vereadora (PPS-SP) e autora da Lei da Paisagem Urbana da cidade de São Paulo (São Paulo, SP)

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