São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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IDH
Sinais de alerta para a educação no Brasil ("Desigualdade tira pontos do Brasil em ranking do IDH, Poder, 5/11).
É fato: em nosso país, a educação é bandeira para muitos, mas na prática se torna secundária. Ainda não ficou evidente para os nossos políticos que deve existir uma relação entre crescimento econômico e educação? Como justificar que um país com dimensões continentais, sendo a décima economia do mundo e líder mundial, possa estar abaixo de países como o Chile e o Peru?
IRACI JOSÉ (São Paulo, SP)

Progressão continuada
O PSDB cumpriu à risca o seu modelo educacional paulista da progressão continuada: concluiu os oito anos não conseguindo aprender nada. Prova disso é a proposta de refundação do partido e recuperação de sua identidade, tendo como liderança os "vitoriosos" e notáveis José Serra e Tasso Jereissati. Não avançarão um milímetro. Não conseguirão mudar nada, nem o azul da camisa social.
MARCOS MARCONDES (Salto, SP)

CPMF
A síntese sobre o financiamento da saúde feita pelo repórter Gustavo Patu na edição de ontem ("Receita cresceu "2 CPMFs", mas verba não foi para saúde", Poder) é bastante consistente. Deveria, porém, ter acrescentado que a fragilização da CPMF, como fonte setorial exclusiva, começou a se manifestar em 1999, com os desvios da contribuição para reforçar o caixa da Previdência. E, mais grave, para formar o superavit primário. Nessas bases, o retorno da contribuição de nada adiantará para o fortalecimento do fluxo de recursos à saúde, nem mesmo na forma que consta do projeto de lei em tramitação no Congresso para regulamentação da emenda constitucional 29.
Existe autonomia fiscal, como o repórter demonstrou. A questão central atual é discutir a prioridade da política econômica e os reflexos na política social.
JOSÉ RIVALDO MELO DE FRANÇA , doutorando na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca-Fiocruz (Rio de Janeiro, RJ)

 


"Cría cuervos y te sacarán los ojos".
Dilma, muito boazinha, não aumentará a carga tributária, mas os aliados precisam de dinheiro sem contingência. Alguém acredita que vão fazer uso só na saúde? Por que não aplicam efetivamente o que manda a Constituição? Quem fiscaliza? O Ministério Público ou o TCU? Será que a sociedade terá que mobilizar-se de novo, como na Ficha Limpa? Basta de impostos! MIRZA MARIA MALUF PÉREZ (Timóteo, MG)

Lobato
Perdi o fôlego discutindo essa questão do mau hábito de Monteiro Lobato empregar comentários "racistas" ao mencionar Tia Nastácia em quase todos os seus livros infantis, que foram publicados pela editora Brasiliense (fundada por Caio Prado Jr., meu pai). Discuti durante anos e perdi a guerra com seus herdeiros. Mas estou segura de que esse hábito nefasto teria sido facilmente superado com um prefácio ou similar que permitisse aos professores combater esse ato racista discutindo-o com alunos. O conteúdo do texto é insubstituível para a infância brasileira.
YOLANDA (DANDA) C. S. PRADO (São Paulo, SP)

Betancourt
Foi comovente e bonito o depoimento de Ingrid Betancourt no auditório da Folha.
Pudemos melhor compreender o sofrimento por que passou e como conseguiu crescer como uma notável mulher, que tem muito a contribuir.
Sinto apenas que a Folha não tenha registrado todas as suas respostas. Ao ser indagada se considerava que a Renda Básica de Cidadania, incondicional para toda população, contribuiria para pacificar a Colômbia, disse: "Definitivamente, sim".
Ilustrou com um exemplo. Durante o governo do presidente Parco, foi instituído o Programa Nacional de Reabilitação, que levava recursos às regiões. Não eram administrados pelos prefeitos ou pelos corpos políticos, mas diretamente pela população, que se reunia em assembleias que definiam quais os critérios de utilização.
Onde o PNR foi aplicado, acabou a guerrilha. Mas, infelizmente, acabou-se o PNR. Gostaria de acrescentar a informação de que Ingrid Betancourt aceitou o convite para visitar o Senado Federal em 2011.
EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, senador PT-SP (Brasília, DF)

Futebol
Li na Folha de sexta-feira que o juiz que apitou o jogo Cruzeiro x São Paulo vai ser punido pela CBF em razão de erro grosseiro na marcação de um pênalti inexistente -as imagens mostraram que nem falta aconteceu.
Essa é uma decisão correta e disciplinadora.
Entretanto gostaria de indagar se não vai haver punição para o jogador que simulou a falta, numa atitude antidesportiva, bem como para o bandeirinha que assistiu a tudo de perto e foi conivente com o erro do árbitro. É preciso tomar providências urgentes contra essas atitudes antidesportivas.
CARLOS ALBERTO M. F. SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Crimes virtuais
Li os textos de Ronaldo Lemos e Eduardo Azeredo ("Tendências/Debates", ontem) e ficou patente para mim a necessidade de termos leis para punir os crimes que podem prejudicar a sociedade quando o assunto relaciona-se ao mundo virtual.
Mas me parece estar havendo certo exagero nos projetos de lei de Eduardo Azeredo e Regis Oliveira. Punições exageradas e desproporcionais podem fazer a lei virar um artificio que irá cercear a liberdade do indivíduo.
Seria essencial a Folha aprofundar esse debate para que a população tenha acesso a essa discussão sem a interferência dos interesses pessoais dos que legislam por causas obscuras.
IORAM FINGUERMAN (São Paulo, SP)

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