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Abrigos e relógios
O PREFEITO de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM),
decidiu permitir a publicidade em abrigos de pontos de
ônibus, além de triplicar o número de relógios de rua, onde as
propagandas já são permitidas. A
possibilidade de anúncios nos
pontos já estava prevista quando
a Lei Cidade Limpa entrou em
vigor, há dois anos e meio. Agora,
parte do chamado mobiliário urbano começa a ganhar peças publicitárias, que deverão custear
sua renovação e manutenção.
Desde que bem conduzido, o
projeto oferece vantagens à cidade. Não retrocede no ganho contra a poluição visual, promove
uma fonte de recursos para o
erário e se compromete com a
conservação de um item importante para a boa qualidade do
transporte público municipal,
que é o oferecimento de abrigos
de ônibus bem conservados.
No caso dos relógios de rua, cuja licitação para exploração será
aberta hoje com uma consulta
pública, a ideia é passar dos
atuais 320 em toda a cidade para
cerca de 850 equipamentos em
até dois anos. Outros 150 ficarão
em reserva técnica para novas
avenidas ou ampliação da cobertura, a critério da prefeitura. Os
relógios passarão a ter câmeras
de vídeo conectadas com a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana e a Companhia de
Engenharia de Tráfego.
A licitação para os abrigos de
ônibus deve ser aberta até o próximo mês. A depredação inutiliza 15% dessas instalações todo
ano. A estimativa dos técnicos da
Emurb (Empresa Municipal de
Urbanização), que gerencia o
projeto, é que a prefeitura não
receberá quase nada -a vantagem é que deixará de gastar. Os
contratos devem render R$ 2,4
bilhões, pagos em sua maioria
com abrigos e relógios.
É de esperar que o projeto resulte em melhorias palpáveis para os cidadãos com a instalação
de equipamentos de qualidade.
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