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FISCALIZAR OS FUNDOS
O governo está procurando
aperfeiçoar os mecanismos de
supervisão e transparência na gestão
dos fundos de pensão a fim de evitar
abusos e prejuízos aos detentores
dos recursos. Os ativos dos fundos
de pensão somavam expressivos R$
207,7 bilhões em junho, segundo a
Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão fiscalizador das
entidades fechadas de previdência.
Com o intuito de apertar os controles, o Conselho Monetário Nacional
alterou a periodicidade de prestação
de contas dos fundos, que deverão
apresentar relatórios mensais, e não
mais trimestrais das suas atividades.
Além disso, a SPC passará a monitorar diariamente, por meio de convênios com as câmaras de custódia e
liquidação de ativos, as operações
realizadas pelos fundos de pensão
no mercado financeiro. O primeiro
convênio foi assinado com a Central
de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), permitindo
um acompanhamento on-line das
transações com títulos privados. Outros serão firmados para monitorar
as operações com títulos públicos federais, ações e derivativos.
Esses convênios representam importantes instrumentos de fiscalização preventiva. O acesso em tempo
real às transações dos fundos permite ao órgão fiscalizador detectar com
rapidez operações de compra e venda de ativos fora dos padrões normais de preços do mercado. Movimentos "atípicos" de gestores de bilhões de recursos, em um mercado
financeiro relativamente pequeno
como o brasileiro, podem gerar prejuízos aos cotistas e enriquecimento
ilícito aos gestores.
A maior transparência vem ao encontro dos anseios e temores da sociedade no momento em que a reforma previdenciária institui fundos
complementares aos funcionários
públicos. É de esperar que o acompanhamento seja, de fato, rigoroso.
Trata-se de garantir a necessária saúde do sistema e o futuro dos cotistas.
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