São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010 |
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PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Rafael Mascarenhas No Brasil, a morte de alguém por pessoas que estão tirando um "racha" em grandes cidades (onde a imprensa tem acesso aos fatos ocorridos) gera uma pena de, pasmem, cestas básicas no valor de cinco salários mínimos. Isso sim é Justiça "competente e cega". Matar no Brasil, quando se tem grana e um bom advogado, é o mesmo que jogar lixo na rua. Ou seja, nada acontece. E ainda dizem que o país melhorou. ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (São Paulo, SP) Sinfônica de Heliópolis Triste ficaremos nós sem o maestro Roberto Tibiriçá. Triste ficará a Sinfônica de Heliópolis ("Maestro Tibiriçá deixa a Sinfônica de Heliópolis", Ilustrada, 7/12). Mas isto é o que se vê hoje no Brasil: tradição substituída por dinheiro ou "nome". O degrau que se espera para o novo ciclo com a saída do maestro poderá ser o degrau inferior. ROSE LIMA (São Paulo, SP) Drogas Sou mãe de dependente químico e filha de alcoólatra. Sofri muito com a lenta agonia e morte de meu pai, aos 55 anos, por cirrose hepática. Meu filho não conheceu o avô, mas sabia de sua história e, mesmo assim, entrou nesse mundo "lícito" de álcool e "ilícito" de drogas. Frequento grupos de autoajuda, vejo o sofrimento de outras famílias e dependentes e não consigo imaginar um mundo onde as drogas sejam "normais", "lícitas" (como o álcool). Será que essa liberdade resolveria o problema da violência, da falta de autoestima, da falta de perspectiva dos jovens? Cheguei até a pensar que as drogas e tudo o mais deveriam ser livres. Mas não conhecia verdadeiramente o problema da dependência e o inferno que isso traz a todos. MARIA APARECIDA FORLANI (Guarulhos, SP) Plebiscito A coluna de Vladimir Safatle de 7/12 ("Fascismo suíço", Opinião) toca num ponto importante do nosso tempo. Num mundo de individualismo exacerbado, em que as pessoas têm-se tornado excessivamente intolerantes em relação às diferenças que contrariem os seus próprios interesses, a aplicação da democracia direta, como é o caso do plebiscito suíço, requer muito cuidado para não levar a totalitarismos. A distorção desse processo pode levar ao sufocamento da minoria pela maioria, o que é exatamente contrário à democracia teoricamente pretendida. No texto, há referência a países europeus, mas o fenômeno pode se replicar por aqui, dada a crescente intolerância com a diversidade religiosa, política ou mesmo sexual e racial -ou na tentativa de cercear manifestações de opinião. HENRIQUE CÉSAR DE CONTI (Brasília, DF) Fluminense Ótima a reportagem ""Goleada" desentala grito do Flu", sobre a conquista do Brasileiro pelo Fluminense (Esporte, 6/12). O texto é informativo, emocionante e dá a exata dimensão do ambiente no Engenhão: o clima de expectativa, depois de medo, para, enfim, chegar à euforia e à festa. Torcedor do Flu, guardarei esta edição como recordação. LUIZ ALBERTO MARIANO (São Paulo, SP) Palestina No "Painel do Leitor" de ontem, o ex-deputado Milton Steinbruch diz que a comunidade israelita do Brasil ficou "chocada" com o reconhecimento da Palestina feita pelo presidente Lula. Para mim, a comunidade israelita e o ex-deputado deveriam é ficar envergonhados com as políticas de Israel, que, nas últimas décadas, vem massacrando e assassinando o povo palestino com suas ilegítimas ocupações. Um país que viola as resoluções da ONU e jamais é punido por isso não está interessado na paz. Parabéns ao presidente Lula e aos demais países pelo reconhecimento da Palestina. IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP) Violência Não concordo com Ferreira Gullar ("Justiça complacente", Ilustrada, 5/12) quando coloca no mesmo nível adolescentes autores de ato infracional com traficantes estruturados em um sistema de interesses -até mesmo de muitos políticos. Dizer que não acontece nada com os adolescentes é informar erroneamente o leitor. O adolescente é privado de liberdade para ser responsabilizado pelo ato que fez -com atividades pedagógicas e educativas se o tal "estatuto do menor", na verdade o ECA, estivesse efetivamente sendo cumprido, assegurando seus direitos fundamentais de educação, lazer, trabalho, profissionalização... Sabemos, por trabalhar com esses jovens, que o primeiro contato deles com o poder público é quando são presos por policiais. Crianças e adolescentes têm de ser prioridade absoluta. SANDRO CARDOSO, coordenador diocesano da Pastoral do Menor (Bragança Paulista, SP) Inspeção veicular Além de IPVA, licenciamento, eventuais multas, vistoria, pedágios etc., agora tem a tal da Inspeção Veicular Ambiental. É mais um meio de órgãos governamentais arrecadarem dinheiro em cima dos veículos. Não escapa ninguém. Até os mais modestos têm que arcar com a inspeção. Tenho um modesto carro, ano 1997, de São Paulo. Para transferir para Catanduva (SP) cobram R$ 250. Sem fazer a tal inspeção, não há licenciamento. Para ir a São Paulo fazer a inspeção, o custo é maior, com gasolina, pedágios etc. Não há saída. Poderiam dar desconto para aposentados, como eu, mas não olham por esse prisma. Que tornem pública a arrecadação e o seu destino! ANTÔNIO SÉRGIO RIBEIRO SILVA (Catanduva, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Maria Alice Setubal e Antonio Matias: A força da palavra Próximo Texto: Erramos Índice | Comunicar Erros |
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