São Paulo, sábado, 11 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

ICMS
"Foi com surpresa que encontramos ontem na Folha, à pág. B4, matéria intitulada "Elektro é acusada de sonegar ICMS". Na mesma matéria, há uma referência "Outro lado", onde se lê uma posição da empresa. Em nome da verdade, informamos que o jornalista que assina o texto não procurou a empresa para que ela se manifestasse sobre o assunto. A Elektro -conforme "Comunicado ao mercado", publicado ontem em vários jornais, inclusive na Folha- informa que não teve acesso a nenhum dossiê ou que tenha sido citada em suposto processo de formação de inquérito. A discussão a que se refere o cálculo do ICMS -e a sua forma de recolhimento- é tema afeto à autoridade fiscal à qual a Elektro se submete, estando, portanto, como concessionária de serviço público regida pelos limites e responsabilidades de um contrato de concessão e sujeita a permanente fiscalização. Manifestamos, portanto, a nossa estranheza ao fato de que, à revelia da empresa, tenha sido produzido um "dossiê" do qual se vale o jornalista da Folha sem que, em contrapartida, o mesmo acesso tenha sido dado à "denunciada". E ainda -e não menos grave- cita a Folha, ao encoberto do anonimato de uma fonte, uma outra suspeição, igualmente corrosiva para a imagem da empresa, segundo a qual a Elektro poderia também estar se beneficiando de "esquema" no recolhimento do PIS/Cofins. A facilidade com que despejam aleivosias contra terceiros sem que sequer o acusador tenha identidade é desigual. Fica a empresa na desconfortável e desleal posição de se provar inocente sem saber do quê. Os efeitos deletérios da publicação serão onerosos à empresa para que possa estancar as perdas na imagem do negócio e de seus funcionários. Estamos certos de que a motivação do jornal há de ter sido a busca da verdade em defesa do interesse público. A Elektro reafirma o seu compromisso com a sociedade, com os seus consumidores e com os seus funcionários, na oferta de serviços com qualidade e segurança e no rigoroso cumprimento da lei."
Orlando R. González, presidente da Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Campinas, SP)

Resposta do repórter László Varga - Todas as informações da Elektro publicadas na matéria foram fornecidas, por escrito, pela assessora de imprensa da empresa, Adriana Furtado.

Salários dos congressistas
"Por que votei em Lula: 1) para acabar com a fome, levando água e emprego ao Nordeste; 2) para melhorar nossos sistemas de educação e saúde, tornando-os mais eficientes e acessíveis; 3) para garantir moradia e segurança para todos; e 4) para impedir aumentos injustificáveis de salários nos três Poderes. Menos dinheiro no bolso dos políticos e mais comida na mesa dos trabalhadores!"
Dolores Beatriz Paes de Oliveira (Sumaré, SP)

 

"O deputado João Paulo Cunha, do PT, disse que considerava uma "injustiça" o presidente e os ministros ganharem menos que os parlamentares e que seria preciso verificar a viabilidade de aumentar seus salários. Não são os ministros e o presidente que ganham pouco, são os parlamentares que ganham muito e não pensam nas dificuldades da população."
Antônio Rochael (Iguape, SP)

Funcionalismo de SP
"No site oficial do governo do Estado de São Paulo, li uma declaração fantasiosa do governador Alckmim. Eles disse que o funcionalismo público estadual recebeu reajustes salariais que teriam corrigido as perdas causadas pela inflação. O erro do governador não é apenas matemático, é político. Os servidores estaduais da Saúde, desde o início da era Covas, receberam apenas gratificações não incorporadas aos salários e às aposentadorias. Elas cobriram apenas parte das perdas ocorridas no período anterior."
Sonia Takeda, presidente do Sindsaúde -Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde (São Paulo, SP)

Movimento estudantil
"O ministro da Educação, Cristovam Buarque, deu uma lição de democracia ao se reunir com lideranças estudantis. Mas o mais importante foi a sacudidela que o ministro deu no até então morno movimento estudantil. Ao receber a pauta de reivindicações, exigiu o envolvimento na erradicação do analfabetismo. Nos fez lembrar das atividades desenvolvidas pelos Centros Populares de Cultura da UNE, nos anos 60. Esperamos muito que o movimento estudantil atenda à reivindicação do ministro e comece a levar esse novo movimento para as universidades."
Ana Carolina Caldas (Curitiba, PR)

Caso Richthofen
"Como assinante da Folha, causa-me perplexidade e indignação que, pela segunda vez, a jornalista Mônica Bergamo noticie em sua coluna notícias da acusada de mandar matar os pais Suzane von Richthofen. O que é isso? Se a acusada pelo crime fosse negra, pobre e favelada, essas notícias sairiam na coluna policial. Como é branca, germânica e rica, sai na coluna social? Será que vocês não perceberam que o Brasil está mudando?"
Avelina Martinez Gallego de Brea (São Paulo, SP)

Saúde
"Correto, bonito e emocionante o artigo "Acesso à vida", de Ana Rabello (edição de 9/1, pág. A3). A negligência para com as doenças que não são comercialmente rentáveis, priorizando-se pesquisas e recursos para o combate àquelas mais comuns nos países ricos (que podem pagar pelos remédios), caracteriza um comportamento capitalista. É como se existisse uma trama macabra de "seleção natural", que vira as costas aos povos mais pobres, desprovidos de recursos para combater as doenças de resolução hoje totalmente possível graças aos avanços da ciência."
João Manuel Carvalho Maio (São José dos Campos, SP)

Cultura popular
"Temos de criar leis de incentivo para incutir nas periferias mais pobres deste país a cultura popular legítima. Valorizando o samba de raiz, o frevo e o forró, estaremos nos valorizando."
Leonel Gerth Henriques (Rio de Janeiro, RJ)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Universidade Metodista de São Paulo (São Bernardo do Campo, SP); Fernando Gabeira, deputado federal pelo PT-RJ (Brasília, DF); Jamil Murad, deputado federal pelo PC do B (São Paulo, SP); Milton Monti, deputado federal pelo PMDB (São Manuel, SP); Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Resseguros (Rio de Janeiro, RJ); Icatu Hartford (Rio de Janeiro, RJ); Antonio Mentor, deputado estadual pelo PT (São Paulo, SP); Edmir Chedid, deputado estadual pelo PFL (São Paulo, SP); Luiz Gonzaga Vieira, deputado estadual pelo PSDB (São Paulo, SP); Congesa Engenharia e Construções Ltda. (Indaiatuba, SP); Cecrisa S.A. (Criciúma, SP); Mário Sampaio, Airbus Industrie (Rio de Janeiro, RJ); Silvia Levy, Air France (Rio de Janeiro, RJ); Monica Hog e Beatriz Kuhn, TAM Linhas Aéreas (São Paulo, SP); Ricardo de Mello O. Gasparian, Cotação DTVM (São Paulo, SP); Empresas Randon (Caxias do Sul, RS); Intergráfica Print & Pack (São Paulo, SP); Drogamérica (São Paulo, SP); Emerenciano Dini, delegado da Corregedoria Geral da Polícia Civil (São Paulo, SP); Tour House Viagens e Turismo Ltda. (São Paulo, SP) e Associação dos Pequenos Agricultores do Município de Valente (Valente, BA).


Texto Anterior: A multa do FGTS deveria ser reduzida? - Sim - Dagoberto Lima Godoy: Dos males o menor

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.