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O vôo da Índia
A ECONOMIA indiana vem
apresentando acentuado
dinamismo. Nos 12 meses
encerrados em setembro, expandiu-se 9,2%. Nos últimos quatro
anos, registrou taxa média de
crescimento superior a 8%.
O plano governamental até
2011-12 persegue uma meta de
crescimento médio anual de 9%.
A multiplicação dos empregos e
da renda, mediante um processo
de crescimento econômico acelerado, é crucial na estratégia do
segundo país mais populoso do
mundo, onde cerca de 260 milhões de pessoas -um quarto do
total- continuam vivendo com
menos de US$ 1 por dia.
No âmbito externo, a Índia
passou de um superávit de 4% do
PIB no primeiro semestre de
2004 a um déficit de 3% no terceiro trimestre de 2006. Essa
mudança ainda não traz grande
risco diante das reservas internacionais (US$ 180 bilhões) e da
pequena dívida externa do país.
O setor público apresenta déficit orçamentário estimado em
6,2% do PIB, e a dívida estatal alcança 80% do PIB. Por ora, os
controles sobre as saídas de capital estrangeiro ajudam a estabilizar as contas públicas e a moderar os juros domésticos. Com essa gestão das variáveis domésticas, e apesar da dependência
energética -85% do petróleo indiano é importado-, a Índia
consegue sustentar elevadas taxas de crescimento.
A dúvida conjuntural que paira
sobre a exuberante performance
da Índia é a inflação. Com o
aquecimento econômico, os preços no atacado superaram um
pouco a meta de 5,5% ao ano. Para combater essa tendência, o
Banco Central elevou a taxa de
juros básica.
Ainda que esteja superaquecida, a economia indiana continua
constando das listas dos principais analistas internacionais como candidata a potência global
em médio prazo. O Brasil é que
está ficando para trás.
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