São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Presídios
"Não posso dizer que fico admirada com a declaração do ex-governador e candidato Geraldo Alckmin, pois seria ingenuidade, mas há que se ressaltar a enorme "cara-de-pau" do político, embora se tenha de concordar com parte de suas declarações: "Alckmin nega que presídios de São Paulo estejam sem controle" (Brasil, 10/7). Sem dúvida, o controle existe e é eficiente, só que quem o faz são os criminosos, através do PCC. Agora, sobre o padrão europeu de segurança, só se for o da Idade Média, evidenciado pelas fotos publicadas na semana passada."
REGINA CÉLIA BEGA DOS SANTOS (São Paulo, SP)

 

"Vinicius Mota, em "Governar é construir presídios" (Opinião, 10/ 7), nos traz o retrato do Estado de São Paulo, fruto de um país que deixou de construir salas de aulas e escolas -solidificando uma educação de base de nível- e colhe os frutos desse descaso, tendo hoje de construir cada vez mais presídios."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Polícia
Em resposta à carta "Violência", do leitor Amílcar Veloso ("Painel do Leitor", 4/7), esclarecemos: a polícia paulista alcança resultados expressivos no combate à criminalidade em todo o Estado. O homicídio doloso, comparando-se os anos de 2005 e 1999, registrou redução de 43,23% (7.276 casos ante 12.818) no Estado. Em relação aos covardes ataques contra agentes penitenciários, o trabalho de inteligência desenvolvido pela polícia desarticula de forma sistemática as ações da facção criminosa. Em um fim de semana, 12 integrantes de organizações criminosas foram presos em flagrante. Também foi apreendida uma grande quantidade de armamento. E, com o intuito de melhorar a segurança dos agentes penitenciários no Estado, o governo estuda projeto, para enviar à Assembléia Legislativa, que prevê o porte de armas de fogo para agentes penitenciários, desde que fora de serviço."
MARIA INÊS PAVANI, assessora de Comunicação do Governo do Estado de S. Paulo (São Paulo, SP)

Autismo
"Sou professora doutora do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo, campus de Bauru, e desenvolvo trabalhos e pesquisas com autistas. Fiquei grata e emocionada pelo artigo escrito por Luiz Fernando Vianna (Opinião, 8/7). Sempre julguei inadequado o uso que muitos políticos e jornalistas fazem do termo "autismo" para se referir às calhordices de nosso atual governo federal. O uso inadequado de tal termo só faz perpetuar o estigma sobre o "isolamento" dos autistas. Crianças, jovens e adultos autistas só se isolam se não forem adequadamente trabalhados e não receberem uma atuação e estimulação precoces, além de muito amor, carinho e dedicação. Se os políticos e jornalistas que se referem maldosamente ao autismo usassem seu tempo para estabelecer políticas públicas que possibilitassem maior acesso das pessoas com autismo a programas de saúde e educação adequados, estariam sendo mais úteis ao povo que supostamente dizem representar. Obrigada a Luiz Fernando Vianna por dar voz a esta indignação e parafraseio as palavras dele: "Autistas não mentem e não enganam; já os políticos...'"
SIMONE LOPES-HERRERA (Bauru, SP)

Patrimônio
"É incrível ver a variação do patrimônio dos candidatos nestas eleições. Enquanto a renda média do brasileiro se manteve estagnada, tendo sofrido com o aumento da carga tributária e dos juros nas alturas, a renda dos candidatos aumentou 50%, 60%, 70%, quando não até dobrou, como no caso de Lula. Isso é vergonhoso!"
ROBERTO SARAIVA(São Bernardo do Campo, SP)

Cotas
"A posição da Folha contra as cotas e o Estatuto da Igualdade Racial mostra a atitude esquizofrênica da elite branca brasileira. Essa perda de contato com a realidade faz com que a Folha tenha um duplo padrão de análise. Basta ler o caderno Copa 2006 de domingo: "Uma final - duas Europas". No texto a Folha classifica racialmente as seleções da França e da Itália, e até a do Brasil, admitindo a componente raça como um quesito forte nas relações sociais das nações. No Brasil, a Folha faz o papel inverso: tenta desqualificar a utilização do conceito raça/cor nas propostas de ações afirmativas e firma fileiras com os setores reacionários contra o estatuto. Esse posicionamento mantém a elite branca contra a população negra, excluída da riqueza socialmente produzida no Brasil."
CELSO RIBEIRO DE ALMEIDA (Campinas, SP)

PT
"Em relação à reportagem intitulada "Deputada da "dança da pizza" perde apoios em seu reduto" (Brasil, 5/7), gostaria de esclarecer: 1) Estranhamente, o jornal não me procurou para me ouvir sobre o assunto. Apesar disso, sou citado no texto duas vezes. 2) Ao contrário do que afirma o jornal, não estou apoiando nenhum candidato a deputado federal. Disputo a reeleição e tenho "dobradas" com vários companheiros. 3) Não há nenhum fundamento também na afirmação de que há divisão no PT em São José dos Campos em razão de divergências sobre a prévia para a escolha do candidato ao governo de São Paulo. Estamos todos unidos em torno do nome de Aloizio Mercadante."
CARLINHOS ALMEIDA, deputado estadual pelo PT (São Paulo, SP)

Ética e TV
"Se o Brasil necessita de um banho de moralidade, as TVs, que são concessionárias públicas, prestam desserviço à sociedade ao propagar a falsa idéia de que a vilania e o mau-caratismo são válidos. Refiro-me ao fim da novela "Belíssima", em que a personagem Bia Falcão passa a idéia de que o crime compensa depois de série de falcatruas e três assassinatos. Se mérito há nessa personagem, foi o de mostrar com clareza os tempos que vivemos neste país, impregnados de sanguessugas e mensaleiros, onde a ética há muito foi jogada para escanteio."
CLEMENTE DE ALMEIDA CAMPOS (Niterói, RJ)

Câmara de SP
"A situação vivida nos últimos dias pelo Executivo Municipal face à Câmara -tema do editorial "Recuo lamentável" (Opinião, 2/7)- faz lembrar o ensaio em que Lênin evoca a necessidade de certos recuos táticos no percurso político: "Um passo à frente, dois atrás". O prefeito Kassab mantém, ao revogar o decreto de Serra sobre clubes em terrenos municipais, o mesmo objetivo do ex-prefeito: obrigá-los a ressarcir os cofres públicos mediante contrapartida proporcional ao valor do imóvel. Um decreto do prefeito criará uma comissão, com a participação dos clubes e dos vereadores, para estudar, em 90 dias, os prazos e modalidades de contrapartidas. Fomos compelidos a esse procedimento. Os clubes particulares, acostumados à apropriação de imóveis públicos mediante contraprestações meramente platônicas, articularam-se com um grupo de vereadores, à frente dos quais está o ex-esportista Aurélio Miguel, com a solidariedade do Centrão e do PT. Suas excelências recusavam-se a desbloquear a pauta de votações da Câmara, inclusive ameaçando com enorme prejuízo funcionários públicos que poderiam perder o adiantamento do 13º salário. O prefeito contornou esse obstáculo para seguir em frente no caminho da moralização das relações entre clubes e prefeitura."
ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, Secretário de Governo Municipal (São Paulo, SP)

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