São Paulo, Sábado, 11 de Setembro de 1999 |
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PAINEL DO LEITOR Desconhecimento "No editorial "Covas na Internet", publicado em 4/9, a Folha revela desconhecimento a respeito do trabalho de informatização que estamos realizando para modernizar a rede pública de ensino do Estado de São Paulo. A busca de apoio em parceiros da iniciativa privada foi sempre uma constante em nosso governo. Essa regra foi confirmada quando tratamos de informatizar as áreas administrativas de 6.000 escolas e garantir laboratórios de informática para 2,5 mil delas. Para tanto, o secretário-adjunto da Secretaria da Educação, Hubert Alqueres, esteve nos escritórios do provedor Universo Online (UOL), do Grupo Folha/Abril, no dia 19 de janeiro, quando manteve uma reunião com o sr. Caio Túlio Costa, diretor-geral dessa empresa. Algumas semanas depois, a Secretaria da Educação recebeu uma proposta do diretor-geral do UOL, fixando o preço de R$ 22 por mês para cada assinatura de acesso, o que significava o custo de R$ 1,32 milhão ao ano para 5.000 acessos -número correspondente aos alunos da rede pública com capacidade para operar a rede Internet. Ocorre que, no período entre a consulta ao sr. Caio Túlio Costa e a resposta, o provedor Zip Net, em contato com a Secretaria da Educação, se dispôs a fornecer, sem qualquer custo, 5.000 acessos para que os nossos estudantes possam navegar pelo mundo maravilhoso da Internet. Sem qualquer custo, vale repetir. Mas não pára por aí. Em maio, a Secretaria da Educação voltou a conversar com o diretor-geral do UOL, desta vez para entendimentos sobre acessos à Internet para os Núcleos Regionais de Tecnologia Educacional. Mas, lamentavelmente, a direção do UOL reafirmou as suas condições anteriores de preço, destacando que era impossível reduzi-lo. Fiel ao princípio deste governo de assegurar absoluta igualdade de condições a todos os interessados em concessões dentro do serviço público, a Secretaria da Educação, durante o processo de entendimento com a direção do UOL/Folha/Abril, manteve contato com vários provedores, tais como Zaz, SOL, Mandic, Dialdata etc. Para nossa satisfação, a Secretaria da Educação recebeu várias respostas afirmativas de provedores interessados em colaborar, fornecendo acesso gratuito à Internet para as escolas de São Paulo. Assim foi com a Dialdata, que forneceu acesso para que as escolas estaduais pudessem participar do projeto "Brasil 500 Anos". A Iconet forneceu acesso (sempre gratuito, vale ressaltar) para que as escolas estaduais do Vale do Paraíba usassem a rede Internet, o mesmo acontecendo com a Tantac, da região de São João da Boa Vista, e a Sanet, para que as escolas participassem do projeto Nações Unidas-Virtual. Vale destacar que diversas parcerias com a iniciativa privada estão sendo desencadeadas, e todos que quiserem juntar-se a esse empreendimento voltado para o futuro de nossas crianças serão bem-vindos. Intel, ZipNet, Dialdata, Amcham, Iconet, Escola do Futuro, Fundação Vanzolini, Microsoft, Positivo Informática, Educare, Sanet e muitas outras que estão trabalhando junto com a Secretaria da Educação apenas tiveram maior disposição em atender nosso chamamento em busca de parceiros. É claro que também demonstraram grande senso de oportunidade para suas marcas, ao estabelecer parcerias socialmente tão justas. A escola pública ganhou muito com essa iniciativa: até agora conseguimos 6.000 acessos à Internet, numa estrutura que conta com 300 mil profissionais, entre diretores, supervisores de ensino, coordenadores pedagógicos, secretários de escola e professores. Os trabalhos realizados em diversos projetos podem ser vistos no site da Secretaria da Educação www.educacao.sp.gov.br) e é estimulante o resultado do que foi construído por professores e seus alunos nos trabalhos "Copa do Mundo", "Viagem ao Sistema Solar", "Direitos Humanos", "Brasil 500 Anos" e "O Mundo da Informática". Desta maneira, voltamos a insistir, a Secretaria da Educação sempre esteve, e continua, aberta a todos aqueles que quiserem tornar disponível para a rede estadual de ensino acesso gratuito à Internet. Deixar alunos e professores sem esse recurso é um atraso absolutamente incompreensível no atual estágio de desenvolvimento e de possibilidades abertas pela rede mundial." Mário Covas, governador do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) Nota da Redação - É meritória a preocupação do governador de informatizar a rede pública de ensino e reduzir custos para o Estado. No entanto, as consultas que seu governo realizou junto a diversas empresas não substituem um processo mais transparente de concorrência pública. Timor Leste "Embora estando num país em que a gente se escandaliza todo dia, ainda assim não posso deixar de ficar escandalizado com a omissão do Itamaraty na questão do Timor Leste. Além de um problema humanitário, a questão nos diz respeito de perto." Antonio Augusto Barbosa (Belo Horizonte, MG) Juiz assassinado "O assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral é fato de extrema gravidade na medida em que o ato criminoso, decorrente da atuação implacável de mafiosos, é subsequente às denúncias do magistrado na CPI do Judiciário. Se o fato não for rigorosamente apurado, com a divulgação dos assassinos e da causa do crime, a sociedade brasileira estará recebendo a certidão oficial e definitiva de que não há mais nada no que acreditar." Paulo Marcucci (Campinas, SP) "O juiz Leopoldino Marques do Amaral é mais um herói que vem se juntar à legião de corajosos brasileiros que deram sua vida para o bem da nação. Que as investigações apontem os culpados, mas não somente os do crime, assassinos e mandantes, mas também os omissos, aqueles que tinham um dever a cumprir e nada fizeram. Que o apoio alardeado pelo ministro da Justiça, antes tarde que nunca, faça com essa seja feita. Senão, em breve nosso dicionário poderá estampar que justiça é palavra sem sentido neste país." José Luis Vaccarini (Mococa, SP) Mágica "Perfeito o artigo de Janio de Freitas "Os dólares da mágica" (10/9), no qual aponta a "mágica" encontrada pela mídia, que tenta vender aos seus leitores que a queda do dólar, nos últimos dias, é reflexo da indicação de Alcides Tápias para o Ministério do Desenvolvimento." José Silveira da Rosa Filho (Brasília, DF) Sugestão "O problema das garrafas plásticas e latas de refrigerantes jogadas fora de forma inadequada poderia ser resolvido se fosse adotado o sistema usado em outros países, em que o fabricante é obrigado a recomprar as garrafas e latas vazias e reciclá-las. Os estabelecimentos que vendem esse tipo de produto são obrigados a ter estrutura para a recompra das garrafas e latas vazias. Se cada unidade valesse R$ 0,05, com certeza não se veria uma delas nas ruas." Mário Barilá Filho (São Paulo, SP) Texto Anterior: Sérgio Machado - Sim: Pelo fim do namoro de Carnaval Próximo Texto: Erramos Índice |
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