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PAINEL DO LEITOR
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Eleições
"Até que enfim encontrei uma
opinião sensata sobre o debate da
Bandeirantes (Janio de Freitas, "Do
debate à discussão", pág. A5, 10/10).
Realmente, o que houve foi discussão e ofensas, sempre priorizadas pelo candidato de uma pergunta só: "De onde veio o dinheiro?".
Esse tipo de programa só é bom
para a emissora que o transmite,
pois cria uma grande expectativa no
eleitorado, e para os jornais no dia
seguinte. Para os eleitores, nada
acrescenta."
ALOYSIO DE MELLO CHASSE (Rio de Janeiro, RJ)
"Onde você irá cortar os gastos?
Como? Quando?".
As perguntas de Joelmir Betting
no debate de domingo passado foram claras e objetivas. As respostas
poderiam enriquecer o debate e esclarecer o eleitor, mas o objetivo
dos debatedores não era esse. Pelo
contrário, era produzir um show
grotesco de acusações, desculpas e
meias verdades.
Perdeu o eleitor; ganharam os políticos vazios que nos representam
-geralmente por falta de opção em
quem votarmos."
FERNANDO CANDIDO DE OLIVEIRA (Americana, SP)
"O Lula fala muito em privatizações, mas ele sabe que, se as empresas forem privatizadas, começam a
dar lucros e a pagar impostos para o
governo. Esse é o lado bom.
O lado ruim é que ele não poderá
mais colocar os seus companheiros
nessas empresas privatizadas para
auxiliar o PT."
ADILSON FIGUEIREDO DE LIMA (Pompéia, SP)
Verba de pesquisa
"É lamentável, como informado
pela jornalista Renata Lo Prete na
coluna "Painel" (pág. A4, 10/10), que
o secretário de Planejamento do
Estado de São Paulo, Fernando Bagra, esteja ensaiando "garfar R$ 500
milhões da Fapesp (Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo)", numa tentativa de fechar as contas do Estado, nas quais
Geraldo Alckmin teve grande responsabilidade.
A ciência não pode pagar o preço
da inoperância administrativa que
ocorreu em nosso Estado."
CARLOS AMADEU LEITE DE OLIVEIRA, ex-membro do
Conselho Superior da Fapesp e professor titular
da Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias-Unesp (Jaboticabal, SP)
Fernando Gasparian
"Trabalhei com Fernando Gasparian em sua casa editorial, a Paz e
Terra, e no Parlamento Latino-Americano. Agradeço a Deus pelo
privilégio de ter desfrutado, pelo
menos por um curto espaço de tempo, de uma das mentes mais brilhantes do Brasil.
Lúcido e contundente, Gasparian
nunca foi homem de meias palavras. Era estimá-lo ou odiá-lo. Que
bom que participei do grande número dos que o amaram.
Perdi, perdeu a política, perdeu o
Brasil, perdemos todos nós."
ROSIMARE MARTINS GARCIA (São Paulo, SP)
Software livre
"O software livre tem suscitado
muitos debates e causado muitos
mal-entendidos. Por isso gostei
muito do lúcido e esclarecedor artigo de Joaquim Falcão sobre a opção
do Poder Judiciário pelo software
livre ("O Judiciário e o software livre", "Tendências/Debates", 9/10), o
que dará mais autonomia a esse
Poder.
ONGs e movimentos sociais têm
optado pelo software livre, deixando de ser reféns de uma só empresa
e participando da construção colaborativa do conhecimento em matéria de tecnologia da informação.
O Conselho Nacional de Justiça
está tomando uma decisão mais
sustentável, tecnologicamente
mais segura e economicamente
mais solidária."
MOACIR GADOTTI, educador (São Paulo, SP)
Vôo 1907
"Como advogado, sinto-me indignado e revoltado ao ver que existem "profissionais" que se aproveitam da dor e do luto dos parentes
das vítimas do vôo 1907 da Gol na
busca de polpudos honorários ("Advogado procura parente até em enterro", Cotidiano, 10/10).
Isso é repugnante.
São verdadeiros piratas e aproveitadores, que buscam o "vil metal"
que corre abundante ao lado da tragédia.
Isso marca negativamente a imagem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), uma entidade que
tanto luta pela justiça e pela democracia no Brasil.
Espero que a OAB publique nota
de repúdio e que a associação que
colabora com os parentes das vítimas denuncie esses advogados."
MARCUS ALEXANDRE MAMMANA (São Caetano do
Sul, SP)
CPMF
"É lamentável a defesa do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que a CPMF deixe de ser
temporária e se torne permanente.
A forma como a CPMF foi imposta
é uma violência.
Antes de torná-la permanente, o
governo deveria moralizá-la e torná-la constitucional."
JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA
(Rio de Janeiro, RJ)
Paraná
"A Secretaria da Segurança Pública do Paraná esclarece que a última
promoção concedida ao policial civil preso Délcio Augusto Rasera
aconteceu em dezembro de 1994, e
não "dias antes de ser preso", como
afirmou o texto "Com 50%, Requião
pode ter que enfrentar segundo turno" (Brasil, 1º/10).
O que aconteceu foi que, em setembro deste ano, o nome do policial figurou com outras centenas de
nomes em uma lista da Polícia Civil
do Paraná, publicada no "Diário
Oficial" anualmente, como determina o estatuto da instituição. Mas
isso não significa que o policial estava sendo promovido ou indicado
para qualquer promoção."
LUIZ FERNANDO DELAZARI, secretário da
Segurança Pública do Paraná (Curitiba, PR)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
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