São Paulo, Quinta-feira, 11 de Novembro de 1999
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PAINEL DO LEITOR

Opinião

"Repilo com veemência as insinuações levianas e as informações mal apuradas de Clóvis Rossi (Opinião, 10/11, pág. 1-2).
Não é verdade que o sr. Severino José da Silva tenha me oferecido festa de aniversário, isto desde 1949 -ano em que nasci- até hoje.
Vergonhosa é a ilação que faz ao associar o meu nome a empresas que supostamente iniciaram e concluíram suas atividades dentro do meu período de governo.
Torra é a análise sobre minha vida, já constantemente escrutinada: é notório que vivo dentro do que minhas empresas me proporcionam.
Frágil é a prospecção eleitoral que faz. Que tal deixar ao leitor a escolha democrática e soberana do seu próximo prefeito?"
Fernando Collor de Mello (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Clóvis Rossi - Todas as informações constantes do texto figuraram nos últimos dias nesta Folha, sem serem contestadas em momento nenhum. Quanto à análise de sua vida, o veredicto já foi emitido pelo único juiz soberano, o Congresso Nacional, que o puniu por falta de decoro, o que diz tudo sobre quem é o signatário.

CNBB e carismáticos

"Gostei muito da reportagem "CNBB quer reorientar carismáticos" (Brasil, 7/11). Eu acho que a igreja demorou muito para fazê-lo. Espero que os carismáticos obedeçam os bispos do Brasil (CNBB), o que as vezes é meio difícil."
Cássio José Leite Esteves (São Paulo, SP)

"Vivemos em um novo tempo, o povo ficou menos culto e adaptações se fazem necessárias para a sobrevivência da Igreja Católica. O padre Marcelo surgiu como um presente dos céus para a igreja.
A Folha publicou a notícia de que a CNBB quer reorientar os carismáticos e estimulá-los a adotar um discurso contra as injustiças sociais. Vão acabar mandando o padre Marcelo cantar as músicas do Geraldo Vandré. Valha-nos, Deus!"
Roberto Antonio Cêra (Piracicaba, SP)

"Os padres Marcelo Rossi, Zeca, Jorjão, Zezinho etc. estão procurando restaurar os valores espirituais, éticos e morais pela oração e pelo ensino do Evangelho. As ondas de ignorância, corrupção e violência que assolam este país mostram-nos adultos sem modelos para julgar e ensinar, enquanto as crianças crescem nas ruas sem usufruir de um lazer em condições saudáveis. Comunicadores natos, aqueles sacerdotes realizam o seu intento com alegria, transmitindo fé e esperança e talvez por isso estejam atraindo as multidões e contando com o apoio da população e da mídia.
Isso não impede o importante trabalho de conscientização nacional que vem sendo desenvolvido pela CNBB contra o processo de recolonização de que este país está sendo vítima. Mas como chegar ao exercício pleno da cidadania se os preceitos básicos transmitidos pela religião estão desconhecidos? Seria difícil considerar as atividades dos padres cantores e as da CNBB como os dois lados da mesma moeda ?"
Maria Cecília Naclério Homem (São Paulo, SP)

Armas de fogo

"Tenho lido, depois da chacina no shopping, que armas de fogo não matam sozinhas e que isso depende da pessoa que está por trás delas e as utiliza -assim como acontece com facas e carros. Só que facas e carros têm mil outras utilidades, além de matar. E armas de fogo só existem para tirar a vida de forma violenta. Não servem para cortar legumes ou transportar pessoas. Não vejo como dizer que armas de fogo sejam boas ou neutras!"
Renato Janine Ribeiro (São Paulo, SP)


Futebol do Rio X outros

"A pontuação do Campeonato Brasileiro é clara: um ponto por empate e três pontos para vitória. No julgamento de recurso, o Internacional-RS, ganhou mais um ponto, o que totaliza dois. Não existem dois pontos no regulamento. É ou não "cariocagem'? A Justiça Desportiva não é cega, é míope: enxerga só os mais próximos."
Antonio Sérgio Lazzarini (São Sebastião do Paraíso, MG)

"Absurdas têm sido as decisões tomadas pelo TJD. Elas maculam o futebol brasileiro. Os clubes e as federações dos demais 25 Estados e do DF devem aproveitar a oportunidade para fundar uma liga verdadeira e independente das influências nefastas que estão corrompendo o nosso futebol."
Gilberto de Brito Ferreira (São Paulo, SP)

"Sempre considerei a Folha um jornal sério, embora peque, de vez em quando, pelo seu bairrismo ao tratar de esporte, especialmente do futebol. Ora, nós, os cariocas, não temos culpa de deter dez títulos brasileiros entre os quatro grandes do nosso futebol, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama. De possuir três dos maiores clubes que cederam jogadores à seleção em todos os tempos. De nos cansarmos de exportar jogadores e técnicos para São Paulo. De estarmos na cidade que pratica o futebol mais bonito, refinado e de bom trato da bola no país. E, finalmente, de possuirmos o Maracanã, o maior estádio do mundo."
Armindo Lajas dos Santos (Rio de Janeiro, RJ)

Sociedade desigual

"Marilene Felinto tem razão: imprensa, polícia, Justiça e psiquiatria só existem para os ricos (Cotidiano, 9/11). A diferença de tratamento da própria Folha para os casos de violência no shopping e em Carapicuíba é gritante. Para o caso do shopping, muitas páginas, análises, fotos e opiniões. Para Carapicuíba, além do fato em si, apenas a reportagem com o Netinho do grupo Negritude Jr. (que, aliás, desenvolve um bonito projeto na cidade).
E as investigações? E a polícia? E as famílias das vítimas? Não existem?"
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

"O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi, justificou sua presença na delegacia onde estavam as vítimas do cinema do MorumbiShopping "devido à gravidade do caso".
Já no caso de Carapicuíba, onde morreram três pessoas (o mesmo número do shopping) e nove pessoas ficaram feridas, o secretário nem deu as caras. Ele deve ser tipo Pedro Malan, que tem horror a pobre."
Priya Drsti (Campinas, SP)

Taxa de segurança

"A taxa para a segurança deveria ser cobrada dos mais opulentos e esnobes. A cada passagem aérea internacional, a pessoa pagaria R$ 50. Já a cada passagem aérea nacional, a taxa seria de R$ 25.
Afinal, o que são R$ 50 ou R$ 25 para quem dá festa para cachorro?"
Walmor Barbosa Martins Jr. (Jundiaí, SP)



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