São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Política externa
"Foi com absoluta perplexidade e indignação que li o artigo do economista Paulo Nogueira Batista Jr. sobre a renovação da política externa brasileira (Dinheiro, edição de 9/1, pág. B4). Embora acredite e apóie as iniciativas e opiniões do recém-empossado ministro das Relações Exteriores, lembro que a gestão de seu antecessor foi marcada por um profundo alinhamento com o setor privado e pela sua participação no processo das negociações internacionais. Tal fato deixa absolutamente clara a preocupação do ex-ministro Celso Lafer com o seu andamento e com a incessante busca de acordos que venham ao encontro dos interesses nacionais. Na história das negociações comerciais brasileiras, em nenhum momento o Itamaraty esteve tão envolvido e preocupado com o sucesso de uma negociação como esteve nos últimos anos. A criação de fóruns consultivos entre o governo e o setor privado, a abertura dos documentos oficiais de negociação para pesquisa e a constante busca por sugestões da sociedade civil foram contribuições inestimáveis para o melhor entendimento das oportunidades e ameaças dos acordos que estamos negociando e uma mostra de que a análise do processo vem sendo feita a algum tempo."
Sérgio Haberfeld, presidente do Conselho de Administração da Dixie Toga e presidente do Grupo de Trabalho da Alca da Amcham-SP (São Paulo, SP)

Novo Código Civil
"Gostaria de externar os meus cumprimentos à Folha pelo excelente caderno especial sobre o novo Código Civil que entrou em vigor ontem. O caderno da última sexta-feira trouxe com presteza e simplicidade algumas das alterações que o novo código traz à vida dos brasileiros. Parabéns!"
Almir Lourenço Ferreira (Araguari, MG)

Síria
"Li com espanto e lástima o artigo publicado na edição do dia 17/12 (pág. A14), no qual foi cometida uma difamação contra a Síria e seu líder, o presidente Bashar al Assad [qualificado de ditador". A Folha sempre optou por tratar os diversos assuntos com objetividade e honestidade, por isso acreditamos que essa difamação tenha sido motivada apenas por falta de informações acerca da Síria. O presidente Bashar al Assad foi eleito em meados do ano 2000 por meio de um plebiscito democrático e popular. Quero mencionar também que há na Síria um Conselho do Povo (Parlamento) eleito, além das organizações populares, sindicatos profissionais e conselhos locais, todos exercendo suas atribuições em um ambiente democrático. Existem também na Síria vários partidos que se unem debaixo da bandeira da Frente Nacional Progressista. Cada um desses partidos publica seu próprio jornal. Há também vários jornais independentes. O presidente não mede esforços com o objetivo de melhorar o nível de vida do cidadão sírio e preservar a sua liberdade e a sua dignidade. Ele não pára de trabalhar no desenvolvimento e nas reformas em todos os campos da vida na Síria. Ao mesmo tempo, esforça-se para alcançar uma paz justa. Por todos esses motivos, o presidente Bashar al Assad foi recepcionado com respeito e admiração em todos os países que visitou, haja vista a maneira distinta e perceptível pela qual foi recebido durante sua última visita ao Reino Unido. Por isso também, quando a Síria se candidatou a membro no Conselho de Segurança no final de 2001, conseguiu a maioria absoluta dos votos dos membros da Assembléia Geral da ONU."
Ahmad Shaar, ministro plenipotenciário, cônsul-geral da República Árabe Síria em São Paulo (São Paulo, SP)

Aborto
"A questão da legalização do aborto envolve múltiplos aspectos e divergências radicais de opinião. Para quem, como eu, é contrário à legalização indistinta do ato, a primeira coisa que assalta à mente quando o assunto é abordado é que se estariam autorizando homicídios. É incontrolável essa conclusão, por mais que pessoas íntegras e respeitáveis tentem argumentar em contrário. Mas não é para discutir aspectos filosóficos que me dirijo à Folha. É para comentar seu editorial de 5/1, a respeito desse tema. Surpreendi-me com a posição pró-aborto do jornal, que chega a sugerir a sua legalização ao governo Lula. Um órgão da imprensa não deveria agir dessa maneira."
André Villas (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A Folha não defende o aborto. O que o jornal pediu foi o debate e a modernização da atual legislação, que, aliás, já admite a realização de aborto em certos casos.

Guarda metropolitana
"Lamento que parte da imprensa tenha destacado problemas pontuais que tivemos na apresentação de motocicletas que estamos recuperando para uso da GCM (Guarda Civil Metropolitana), em vez de dar a devida importância à entrega de 62 viaturas novas, que representam a renovação de cerca de 100% da frota atual em circulação. Quero lembrar que é a primeira vez, em 16 anos de GCM, que o poder público municipal investe tanto em equipamentos modernos para a instituição. Dos R$ 8 milhões, verba que a prefeita Marta Suplicy destinou à secretaria no ano passado, R$ 6 milhões já foram aplicados em cinco meses de reconstrução da GCM."
Benedito Domingos Mariano, secretário municipal de Segurança Urbana (São Paulo, SP)

Análise
"A Folha do dia 1º de janeiro apresentou dois artigos de qualidade excepcional, o "Democracia e conservadorismo", de Francisco Weffort e "Uma guerra complicada demais", de Nicolau Sevcenco. A Folha está de parabéns por contar com colaboradores com tal capacidade de análise e com a dedicação para escrever artigos dessa profundidade."
Igor Cornelsen (São Paulo, SP)

Caravana de Lula
"Que os projetos sociais são fundamentais, ninguém discute. Porém, com toda a bagagem e experiência dos recém-empossados presidente e ministros, será que é pertinente o gasto dessa comitiva? Reverter esses valores em aplicações efetivas não seria mais eficiente neste momento? Tenho a impressão de que já vimos esse filme antes..."
Luci Silva (São Paulo)

O presidente Lula leva seus ministros para que eles vejam a fome e a miséria. Nosso presidente certamente já sabe o que é a fome. Teria sido melhor que a viagem tivesse sido feita em um pau-de-arara, em vez de um Boeing, e que de preferência não tivesse água. Dessa forma, a viagem teria sido mais realista."
Antonieta Licastro de Mello
(São Paulo, SP)

Boas-festas

A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Nossa Caixa (São Paulo, SP); Banco BBM (Rio de Janeiro, RJ); Antonio Franco Estadella, diretor da Ediciones Primera Plana (Barcelona, Espanha); Lar Escola São Francisco (São Paulo, SP); Gilberto Natalini, vereador pelo PSDB (São Paulo, SP); Maksoud Plaza (São Paulo, SP); Danilo Zucchetti, hotéis Bauer (Veneza, Itália); Hotéis Heritage (Lisboa, Portugal); Sofitel (São Paulo, SP); Tatiana Isler, assessora de imprensa da Queensberry (São Paulo, SP); Special Way (São Paulo, SP); Ricardo Campos, Soft Travel Operadora (São Paulo, SP); Designer Tours (São Paulo, SP); Editora Contexto (São Paulo, SP); Raquel Lima, Bruna Duarte e Cynthia Ito, Global Sales Office Brazil (São Paulo, SP).



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