São Paulo, domingo, 12 de agosto de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Renan
"O presidente do Senado, Renan Calheiros, na sua tentativa desesperada de manter-se no cargo, se vangloria de ter recebido um telefonema elogioso do presidente Lula, como se isso fosse sinal de prestígio e solidariedade. Coitado. Todos os amigos do peito de Lula, que não tem compromisso com ninguém, também receberam o seu telefonema. É só perguntar a José Dirceu, Antonio Palocci, João Paulo Cunha, Waldir Pires etc., que foram brindados com esse mimo antes de serem defenestrados dos seu cargos. Acredito que esse tipo de afago funcione como um beijo da morte."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
 

"Renan Calheiros, presidente do Senado, está morto. Nos quase três meses da crise que se abateu sobre ele, os brasileiros já viram do que esse senhor é capaz quando o negócio é gado. Conseguiu vender seu plantel por um preço que ninguém até hoje vendeu. E, ultimamente, atacou de agricultor, devendo se tornar em breve o maior produtor de laranjas do Brasil. Resta saber quanto fôlego a mais ele terá e quantas denúncias poderão aparecer envolvendo esse "estadista brasileiro" que está envergonhando o país com suas artimanhas só para não perder a boquinha."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Mulher contemporânea
"Faz parte de nossa cultura ocidental judaico-cristã as estereotipagens generalizantes. É o que ocorre ainda ao vincularmos sensualidade forte com prostituição. Esse fenômeno sociológico, embora esteja diminuindo, ainda tem nos dias de hoje profundas raízes em nosso subconsciente. E é o que estamos vendo na novela "Paraíso Tropical", com as duas belas personagens "Bebel" e "Betina", que, explicitando suas exuberantes sensualidades, mantêm o tabu preconceituoso nas cabeças e mentes da sociedade. Ainda bem que as novíssimas e bem informadas gerações estão dando um "chega pra lá" nessa forma de ver a saudável sensualidade da mulher contemporânea."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Aborto
"A leitora Fernanda Costa ("Painel do Leitor", 10/8) apresentou sua opinião em relação ao texto de Aníbal Faúndes de 7/8, enfocando o direito do embrião em detrimento ao direito de escolha das mulheres. A necessidade, o desejo e a saúde da mulher se sobrepõem a qualquer conjunto de células que possuem uma provável possibilidade de se tornar um ser humano. Durante a gravidez ou no parto, quando se apresenta um risco de vida para a gestante, a opção, segundo as leis vigentes, é salvar a vida da mulher, o que comprova que existe, sim, uma escala de valores. A descriminalização do aborto é uma questão de saúde e de justiça social, além de preservar a possibilidade de escolha de todas a mulheres, pois desmorona a pretensão de impor um pensamento único, digno dos regimes totalitários. As que são contrárias ao aborto que não o pratiquem. Mas que deixem às demais o sagrado direito de exercitar a prerrogativa de uma opção em consonância com seus princípios singulares, com seu foro íntimo e com suas aspirações."
ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

Foro privilegiado
"Atitude típica de velhas raposas, o governador Aécio Neves aparece como um Pôncio Pilatos na questão do foro privilegiado apresentada no Parlamento mineiro: não foi capaz de impor-se sobre sua bancada, majoritária na Assembléia Legislativa, liberando-a, entre paredes, para aprovar o vergonhoso projeto. Tudo isso para mostrar-se "democrático" perante a opinião pública mineira (o que certamente conseguiu). E aí está, infelizmente, um possível futuro presidente deste país."
CLOVIS RAMALHO MACIEL (Sete Lagoas, MG)

Bancos
"É obvio que não sou nenhum gênio do mercado financeiro, apenas um cliente e um mero cidadão brasileiro. Gostaria que me explicassem então como o meu banco, um dos dois que anunciaram lucros recordes, pode me cobrar a taxa para empréstimo pessoal de 4,65% ao mês, 89,90% ao ano -ou, se utilizar o cheque especial, 7,91% ao mês, ou 149,31 % ao ano-, se a taxa Selic está por volta de 11,43% ao ano? De que adianta baixarem a taxa Selic se a que nos interessa e nos é cobrada apresenta essa variação? Talvez eu não tenha inteligência suficiente para entender esse mecanismo, mas de uma coisa tenho certeza: não há melhor lugar para um banqueiro prosperar do que neste país de miseráveis em que eu vivo. Parabéns, Lula, isso é que é combater a desigualdade."
FABIO LUIZ SILVEIRA (São Paulo, SP)

Metrô
"O mais incrível na obra do Metrô é que todas as afirmações de dirigentes, de especialistas e de técnicos são de que as "surpresas" são esperadas. O novo buraco é causado pela instabilidade do solo, pelo processo construtivo, pelos equipamentos usados, pela pressa na obra etc. Tudo reiterando o primeiro buraco-desastre da linha amarela. Assim, está provado que existe um conhecimento prévio das possibilidades de desastres. Então não dá para entender o verdadeiro arrastão de erros trazidos de um caso para o outro. Está claro que faltam ações e a aplicação de técnicas preventivas sobejamente conhecidas. É uma inversão de metodologias, algo maluco."
RAYMUNDO DE PASCHOAL , arquiteto (São Paulo, SP)

Recompensa
"Criou-se, como costumeiro, mais um imbróglio desnecessário com respeito à recompensa oferecida pelos Estados Unidos pela prisão do traficante colombiano pela Polícia Federal. Ora, caso a recompensa seja aceita, isso não deve ser encarado como um ato imoral, como disse em entrevista à Folha o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias -principalmente diante de tanta imoralidade praticada nos últimos anos por sucessivos governos, que não se empenharam efetivamente em erradicar o crime organizado em nosso país. Entendo que a Polícia Federal, que vem trabalhando com profissionalismo de forma exemplar e imparcial, mereça ser recompensada. Se não for na forma de receber diretamente a referida importância -US$ 5 milhões-, que o Tesouro a receba e a repasse, sobretudo com a devida transparência, às instituições que cuidam da recuperação de pessoas dependentes de drogas. E que destine parte à modernização da própria PF. Diante do caos da (in)segurança, certamente a opinião pública aplaudirá tal medida."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

Supersimples
"Sou contador há 20 anos e mais uma vez vejo o governo, em sua propaganda, dizer que vai beneficiar as micro e as pequenas empresas com essa nova lei, que, na verdade, pune o microempresário. Os prestadores de serviços foram novamente alvo do governo, que restringiu a isenção patronal dos encargos do INSS a poucas atividades, deixando a maioria com um belo aumento dos encargos sobre a folha de pagamento -encargos esses que estavam isentos sob a vigência do antigo Simples. Fico admirado de ver entidades contábeis apoiarem uma lei que aumentou a carga tributária e os encargos sociais."
CLAUDIO J. P. FERREIRA (São José dos Campos, SP)

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