|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Lula
"Anteontem, o presidente Lula
fez um discurso bem ao seu nível,
com m... para cá, m... para lá (ele
sempre se esquece de respeitar a liturgia do cargo), para mostrar a sua
preocupação com a questão habitacional do Brasil.
Porém, só faltou dizer por que foi
se preocupar com isso apenas no
penúltimo ano de seu segundo
mandato, às portas de uma nova
eleição presidencial.
Logo depois, no programa partidário do PT, o partido do presidente
já deu a senha de como vai ser o seu
discurso na eleição de 2010. Será
aquele velho discurso do petismo,
venenoso e rasteiro, de jogar pobres
contra ricos, como se isso fosse legítimo numa democracia, dividindo
um país que precisa de união, inclusive para não piorar ainda mais a já
caótica e abandonada questão da
segurança pública.
Espero que a tônica da eleição do
ano que vem não recaia sobre governos passados -nem de FHC,
nem de Lula-, pois nenhum dos
dois será candidato. O debate tem
de ser feito em relação ao futuro de
nossas crianças, dos nossos jovens,
do Brasil."
SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)
PIB
"De todos os comentários sobre o
crescimento do PIB, acredito que o
de Vinicius Torres Freire ("A vida
vai melhor que os números", Dinheiro, ontem) tenha sido o mais
lúcido. Neste caso específico, os números não falam por si.
A não concretização da expectativa de 2% não permite nenhuma outra inferência, seja sobre o processo
eleitoral de 2010, seja sobre os demais indicadores econômicos, pois
quem elabora qualquer análise tomando por base apenas o PIB sofre
de uma patologia muito comum no
meio jornalístico, a chamada miopia macroeconômica."
JONAS COSTA BATISTA (Jaboticabal, SP)
Censura
"Ao dar o seu parecer sobre a censura a "O Estado de S. Paulo", mais
uma vez o STF decepciona, mostrando que não é um órgão tão independente quanto deveria ser. Enquanto o STF não muda, os políticos fazem a festa, e a imoralidade
continua."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)
Câmara paulistana
"A Câmara de São Paulo aprovou
a criação de uma diretoria de marketing (?) cuja finalidade será "divulgar iniciativas da Casa". Custo
anual da nova besteira: R$ 17 milhões. Entre outras "iniciativas" da
Casa, creio que estão os seguintes
itens: discussão do aumento do salário de Kassab (de R$ 12 mil para
R$ 23 mil) e dos secretários (de R$
5,3 mil para R$ 19,7 mil). Ah, e anteontem, eles aprovaram, em primeiro turno, um projeto que institui um 14º salário para os cerca de
3.200 servidores da Casa.
Em seu artigo "Obsoleto. Supérfluo. Perdulário. Corrupto" ("Tendências/Debates", 10/12), Aldo Pereira, pergunta para que serve o Senado. Não seria o caso de perguntarmos também para que serve a
Câmara dos Vereadores?"
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)
Chuva
"O editorial "Kassab e a chuva"
(Opinião, 9/12) faz análises equivocadas. São Paulo tem, sim, obras
e ações importantes de combate às
enchentes desde 2005. Destacam-se os investimentos, até 2010, de
mais de R$ 200 milhões em obras
nas bacias do Aricanduva e do Pirajussara. Por causa delas, desta vez
os dois córregos não transbordaram, mesmo com a chuvarada da
terça-feira.
Outros exemplos da atuação da
prefeitura: limpeza mecânica de
1.000 km de córregos, retirada de
72 mil toneladas de entulho nas
operações cata-bagulho e remoção
de 176 mil m3 de detritos dos 19 piscinões da cidade. Aliás, a Folha noticiou há poucos dias a inauguração
do piscinão Anhanguera.
Outro engano é comparar gastos
em ações contra enchentes com a
verba destinada à comunicação. A
publicidade não tira dinheiro de
outros setores da administração,
ela os complementa, pois amplia os
resultados de sua ações. Um exemplo é o Programa de Parcelamento
Incentivado, para devedores da
prefeitura. Desde 2006, o investimento de R$ 4 milhões na divulgação do PPI permitiu à prefeitura arrecadar R$ 1,6 bilhão. E a publicidade ajuda a combater enchentes ao
alertar para os danos provocados
por quem joga lixo nas ruas.
Por fim, o editorial trata como
aumento de secretarias a criação de
alguns cargos de secretário especial. É um erro, já que tais cargos
não geram aumento de despesas,
uma vez que não têm estrutura ou
gastos de secretarias."
SÉRGIO RONDINO , assessoria de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)
Enem
"A imprensa precisa publicar, para o MEC ler, que grande parte dos
que realizaram o exame não conseguiu terminá-lo, tendo que "chutar"
em grande parte da prova. A média
de tempo era de apenas 2,5 minutos
por questão, incluindo o preenchimento do cartão-resposta, com 90
bolinhas. Foi um tempo ínfimo.
Como alguém vai conseguir resolver 90 questões em 270 minutos
tendo de ler, reler, interpretar e, em
alguns casos, fazer contas, com fórmulas? Nem na USP se tem um
tempo tão pequeno assim por questão. As médias serão baixas, é óbvio."
CONRADO JÚNIOR DA SILVA (Curitiba, PR)
Mensalão do DEM
"Quando não tem gente do PT ou
da base aliada envolvida em corrupção, os estudantes vão às ruas protestar. Não lembro ter visto manifestações tão contundentes nos
atos secretos do Senado e no mensalão do PT."
SANDRO CÉSAR GALLINARI (Praia Grande, SP)
Transgênicos
"Preocupante a atitude do "chefe"
da CTNBio quanto à liberação total
dos produtos transgênicos, propondo acabar com o "lixo" ("Transgênicos serão menos monitorados", Dinheiro, 9/12). Adotando o seu raciocínio linear, melhor seria logo
acabar com a "sua" comissão, pois, se
nada ameaça nada e a responsabilidade das empresas é muito elevada,
qual o motivo da existência dessa
comissão?
E a CTNBio não se preocupa nem
"sabe" que já há hoje no mercado os
produtos com componentes nanotecnológicos ou integralmente nanotecnológicos, que põem as biotecnologias "no chinelo" em termos
de desenvolvimento tecnológico. E
estão chegando as nanobiotecnologias, que poderão criar "uma nova
natureza", incluindo até a manufatura molecular de alimentos e de fibras."
RICHARD DOMINGUES DULLEY , pesquisador científico aposentado da Secretaria de Agricultura de
São Paulo e membro da Rede Nanotecnologia,
Sociedade e Meio Ambiente (Peruíbe, SP)
Honduras
"Espantosa a reação do ministro
Celso Amorim quanto às eleições
em Honduras. Não aceita de forma
nenhuma o pleito realizado há pouco. Já numa ilha do Caribe onde não
há eleições há 50 anos e a sucessão
no poder se dá de irmão para irmão,
nenhuma censura.
Entenda-se a política externa
brasileira."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Álvaro Rodrigues dos Santos: Das causas às soluções
Próximo Texto: Erramos Índice
|