São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Lula
"Anteontem, o presidente Lula fez um discurso bem ao seu nível, com m... para cá, m... para lá (ele sempre se esquece de respeitar a liturgia do cargo), para mostrar a sua preocupação com a questão habitacional do Brasil.
Porém, só faltou dizer por que foi se preocupar com isso apenas no penúltimo ano de seu segundo mandato, às portas de uma nova eleição presidencial.
Logo depois, no programa partidário do PT, o partido do presidente já deu a senha de como vai ser o seu discurso na eleição de 2010. Será aquele velho discurso do petismo, venenoso e rasteiro, de jogar pobres contra ricos, como se isso fosse legítimo numa democracia, dividindo um país que precisa de união, inclusive para não piorar ainda mais a já caótica e abandonada questão da segurança pública.
Espero que a tônica da eleição do ano que vem não recaia sobre governos passados -nem de FHC, nem de Lula-, pois nenhum dos dois será candidato. O debate tem de ser feito em relação ao futuro de nossas crianças, dos nossos jovens, do Brasil."
SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)

PIB
"De todos os comentários sobre o crescimento do PIB, acredito que o de Vinicius Torres Freire ("A vida vai melhor que os números", Dinheiro, ontem) tenha sido o mais lúcido. Neste caso específico, os números não falam por si.
A não concretização da expectativa de 2% não permite nenhuma outra inferência, seja sobre o processo eleitoral de 2010, seja sobre os demais indicadores econômicos, pois quem elabora qualquer análise tomando por base apenas o PIB sofre de uma patologia muito comum no meio jornalístico, a chamada miopia macroeconômica."
JONAS COSTA BATISTA (Jaboticabal, SP)

Censura
"Ao dar o seu parecer sobre a censura a "O Estado de S. Paulo", mais uma vez o STF decepciona, mostrando que não é um órgão tão independente quanto deveria ser. Enquanto o STF não muda, os políticos fazem a festa, e a imoralidade continua."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)

Câmara paulistana
"A Câmara de São Paulo aprovou a criação de uma diretoria de marketing (?) cuja finalidade será "divulgar iniciativas da Casa". Custo anual da nova besteira: R$ 17 milhões. Entre outras "iniciativas" da Casa, creio que estão os seguintes itens: discussão do aumento do salário de Kassab (de R$ 12 mil para R$ 23 mil) e dos secretários (de R$ 5,3 mil para R$ 19,7 mil). Ah, e anteontem, eles aprovaram, em primeiro turno, um projeto que institui um 14º salário para os cerca de 3.200 servidores da Casa.
Em seu artigo "Obsoleto. Supérfluo. Perdulário. Corrupto" ("Tendências/Debates", 10/12), Aldo Pereira, pergunta para que serve o Senado. Não seria o caso de perguntarmos também para que serve a Câmara dos Vereadores?"
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)

Chuva
"O editorial "Kassab e a chuva" (Opinião, 9/12) faz análises equivocadas. São Paulo tem, sim, obras e ações importantes de combate às enchentes desde 2005. Destacam-se os investimentos, até 2010, de mais de R$ 200 milhões em obras nas bacias do Aricanduva e do Pirajussara. Por causa delas, desta vez os dois córregos não transbordaram, mesmo com a chuvarada da terça-feira.
Outros exemplos da atuação da prefeitura: limpeza mecânica de 1.000 km de córregos, retirada de 72 mil toneladas de entulho nas operações cata-bagulho e remoção de 176 mil m3 de detritos dos 19 piscinões da cidade. Aliás, a Folha noticiou há poucos dias a inauguração do piscinão Anhanguera.
Outro engano é comparar gastos em ações contra enchentes com a verba destinada à comunicação. A publicidade não tira dinheiro de outros setores da administração, ela os complementa, pois amplia os resultados de sua ações. Um exemplo é o Programa de Parcelamento Incentivado, para devedores da prefeitura. Desde 2006, o investimento de R$ 4 milhões na divulgação do PPI permitiu à prefeitura arrecadar R$ 1,6 bilhão. E a publicidade ajuda a combater enchentes ao alertar para os danos provocados por quem joga lixo nas ruas.
Por fim, o editorial trata como aumento de secretarias a criação de alguns cargos de secretário especial. É um erro, já que tais cargos não geram aumento de despesas, uma vez que não têm estrutura ou gastos de secretarias."
SÉRGIO RONDINO , assessoria de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)

Enem
"A imprensa precisa publicar, para o MEC ler, que grande parte dos que realizaram o exame não conseguiu terminá-lo, tendo que "chutar" em grande parte da prova. A média de tempo era de apenas 2,5 minutos por questão, incluindo o preenchimento do cartão-resposta, com 90 bolinhas. Foi um tempo ínfimo.
Como alguém vai conseguir resolver 90 questões em 270 minutos tendo de ler, reler, interpretar e, em alguns casos, fazer contas, com fórmulas? Nem na USP se tem um tempo tão pequeno assim por questão. As médias serão baixas, é óbvio."
CONRADO JÚNIOR DA SILVA (Curitiba, PR)

Mensalão do DEM
"Quando não tem gente do PT ou da base aliada envolvida em corrupção, os estudantes vão às ruas protestar. Não lembro ter visto manifestações tão contundentes nos atos secretos do Senado e no mensalão do PT."
SANDRO CÉSAR GALLINARI (Praia Grande, SP)

Transgênicos
"Preocupante a atitude do "chefe" da CTNBio quanto à liberação total dos produtos transgênicos, propondo acabar com o "lixo" ("Transgênicos serão menos monitorados", Dinheiro, 9/12). Adotando o seu raciocínio linear, melhor seria logo acabar com a "sua" comissão, pois, se nada ameaça nada e a responsabilidade das empresas é muito elevada, qual o motivo da existência dessa comissão?
E a CTNBio não se preocupa nem "sabe" que já há hoje no mercado os produtos com componentes nanotecnológicos ou integralmente nanotecnológicos, que põem as biotecnologias "no chinelo" em termos de desenvolvimento tecnológico. E estão chegando as nanobiotecnologias, que poderão criar "uma nova natureza", incluindo até a manufatura molecular de alimentos e de fibras."
RICHARD DOMINGUES DULLEY , pesquisador científico aposentado da Secretaria de Agricultura de São Paulo e membro da Rede Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (Peruíbe, SP)

Honduras
"Espantosa a reação do ministro Celso Amorim quanto às eleições em Honduras. Não aceita de forma nenhuma o pleito realizado há pouco. Já numa ilha do Caribe onde não há eleições há 50 anos e a sucessão no poder se dá de irmão para irmão, nenhuma censura.
Entenda-se a política externa brasileira."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)

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