São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Segundo piloto obediente
"É revoltante o acontecimento deste domingo na Fórmula 1. Rubens Barrichello mostrou que vai ser eternamente o segundo. Faltou coragem ao brasileiro para enfrentar a cúpula da Ferrari. Já estava mais do que na hora de impor respeito. Mas Barrichello tomou uma atitude subserviente. Aceitou a ordem e cedeu uma vitória assegurada. Falou mais alto o contrato recentemente assinado. Mandou às favas a brasilidade, o nosso orgulho. Uma atitude vergonhosa."
Pedro Leonardo Villas Boas (Santos, SP)

"Sinto muito, Rubens Barrichello, mas você não é um competidor. Você, o seu tão idolatrado parceiro e sua equipe nos deram uma aula de cinismo, de antiesportividade. Você fez coro com outros brasileiros que têm medo de se assumir, que não têm a coragem de falar de igual para igual, mesmo quando demonstram clara superioridade. Você não aprendeu nada com Ayrton Senna. Até quando sofreremos de "amarelões" em final de Copa do Mundo e de "vermelhões" de vergonha em final de corrida. Aprendamos com o mau exemplo que você nos deu. Não queremos ser como você, não baixamos a cabeça a outros valores que não sejam os mais nobres e elevados, como o é o ato de competir. É, de fato, você não merecia vencer."
Marcelo Alcantara Holanda
(Fortaleza, CE)

"Mais uma vez Barrichello mostra ser um patético representante de um povo orgulhoso de ídolos como Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna. Se a Ferrari mandou que desse o primeiro lugar para Schumacher, que desobedecesse a decisão. Perderia o contrato, mas ganharia honra e hombridade. Certamente, ganharia contrato em outra equipe, como piloto corajoso que demonstraria ser. Adeus, Fórmula 1. Pelo menos para mim."
Antonio Augusto Pereira de Queiroz
(Monte Verde, MG)

Espírito de corpo
"Dinheiro público é dinheiro sem dono. Assim pensam e procedem os líderes dos três Poderes. Todos querendo mais e mais para sustentar os cada vez mais elevados salários ou as mordomias. Para inibir ou pelo menos desestimular tamanha orgia de legislar em causa própria, foi aprovada, sob aplausos da totalidade dos contribuintes, a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário estão descaracterizando a LRF para adequar-se aos seus interesses particulares. É uma pena que os interesses coletivos sejam sempre secundários."
Humberto Schuwartz Soares
(Vila Velha, ES)

Riscos e riscos
"É difícil compreender o temor dos investidores internacionais a uma vitória da esquerda nas eleições brasileiras. Não houve caos especulativo no mercado financeiro nem ninguém deixou de investir nos EUA com a eleição de George W. Bush para presidente daquele país, mesmo sendo ele um político protecionista, arrogante, militarista e imperialista."
Jean Estevão de Souza
(Arapongas, PR)

Editorial
"Fiquei estarrecido ao ler, no editorial de domingo "A crise da CPMF" (Opinião, pág. A2), a opinião a respeito da batalha no campo legítimo da disputa pelo poder" travada entre o governo federal e o PFL, sobre a aprovação dessa maldita contribuição. Sinto cada vez mais nojo desse jogo envolvendo o governo e o seu antigo aliado. A Folha parece se esquecer que esse jogo desorganiza a economia no curtíssimo prazo. Pode-se pensar que existem dois pesos e duas medidas: quando o Lula fala é a certeza da crise; quando o governo e o seu antigo aliado paralisam o país é simplesmente o "jogo político".
Francisco Claudio Tavares
(Mogi das Cruzes, SP)

Ex-candidado a vice
"Todo esse quiproquó no caso do ministro Paulo Costa Leite está sendo mensurado com balanças diferentes. Isso é inadmissível. A imprensa deveria ser a primeira a colocar os pingos nos is. É sabido que tivemos até bem pouco tempo figuras que assaltaram, roubaram e mataram ocupando cargos do primeiro escalão governamental."
Léo Matnus
(São José do Rio Preto, SP)

FHC
"Os "factóides" continuarão enquanto FHC e sua trupe continuarem a nos tratar como imbecis. São tantos os escândalos, rumores, processos, pastas, denúncias de caixa dois, sobras de campanha e propinas, que o tucano será destruído pelo eleitor. Não é factóide. É, sim, o fim da arrogância. FHC anda muito "esquecido". Espero que a imprensa livre lembre ao distinto senhor que nós, eleitores, amadurecemos."
José Luiz Trindade
(Curitiba, PR)

"FHC deve pensar que todos aqui em baixo são bobos. Após oito anos dando prioridade ao capital -bancos e empresas privatizadas-, ele tem a cara-de-pau de contestar os dados do IBGE."
Paulo Sergio Miranda Mendonça
(Campinas, SP)

Lula
"Esses marqueteiros são de morte! Conseguiram obrigar todas as emissoras de TV, inclusive a que prima por um padrão global de qualidade, a exibir, em pleno horário nobre, um emocionante capítulo de novela mexicana, contando a traumatizada vida do candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Os espectadores chegaram às lágrimas! Tomo a liberdade de fazer uma sugestão aos marqueteiros: um novo capítulo, desta vez mais feliz, dedicado ao público infanto-juvenil -seu novo eleitor em potencial-, contando a história da princesa que beijou um sapo barbudo e o transformou em presidente da República."
Roberto Antonio Cêra
(Piracicaba, SP)

Há infinitos intelectuais no PT. São tantos que nem posso enumerar. Por que a insistência no mesmo candidato? Vamos ficar como a França!"
José Augusto de Sousa doutor em ecologia e recursos naturais
(Ribeirão Preto, SP)

Paulo Maluf
"Os jornalistas Sílvia Corrêa e Chico de Gois, na reportagem "Empresa de Sapateiro recebeu R$ 16,1 mi" (Cotidiano, pág. C3, 12/5), afirmam, no presente do indicativo, que a família do ex-prefeito Paulo Maluf mantém contas bancárias na ilha de Jersey. Apesar de essa mentira já ter sido repudiada mais de mil vezes por Paulo Maluf. Se os jornalistas afirmam que as contas existem, que números elas têm, em que banco estão, qual o valor exato depositado? Essa mentira sobre contas que nunca existiram foi divulgada por certos promotores do Ministério Público de São Paulo, à serviço do governo Alckmin e, como as contas nunca existiram, jamais se conseguiu encontrar o mínimo indício da infâmia que aqueles representantes irresponsáveis do Ministério Público espalharam. Que se repita mais uma vez: Paulo Maluf não tem e nunca teve conta bancária em nenhum lugar do exterior."
Adilson Laranjeira assessor de imprensa de Paulo Maluf
(São Paulo, SP)

Paz educada
"Li com alegria, nesta seção, a opinião de Luciana Guimarães ("Violência", 11/5). As escolas têm como papel mais importante educar a criança e o adolescente. A violência escolar não é gerada na escola. É levada dos lares e das ruas para dentro da escola. A população erroneamente está colocando na polícia a culpa por coisas que todos temos que ajudar a solucionar. Deixemos para a polícia as questões da criminalidade. Não as pedagógicas."
Sebastião de Souza Pinto
(Jacareí, SP)



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