São Paulo, sábado, 13 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

USP
"Sou estudante de letras na USP, estagiário da Edusp e, até a semana passada, eu era contra a greve por acreditar que seus motivos não eram relevantes.
A partir de terça-feira, entretanto, senti-me indignado e desrespeitado ao ser recepcionado por oito policiais com armas, motos e carros quando eu entrava no meu prédio de trabalho (a antiga reitoria).
Naquele momento, os sindicalistas estavam todos em frente à reitoria para dar início à manifestação.
Eu e muitas das 3.000 pessoas que foram à passeata pacífica de terça-feira aderimos à greve não por sermos "baderneiros" nem por sermos contra a polícia, mas por nos sentirmos ofendidos com a presença de mais de cem homens armados desnecessariamente na Cidade Universitária.
A polícia deve fazer seu trabalho nas ruas, e não ficar intimidando alunos, professores e funcionários num local de estudo e trabalho."
ARTHUR GLUGOSKI (São Paulo, SP)

 

"Imperava, até a entrada da Polícia Militar no campus Butantã, a mais completa anarquia na Universidade de São Paulo. Funcionários e um pequeno grupo de estudantes promoviam manifestações de cunho autoritário completamente incompatíveis com o Estado democrático de Direito, sendo os piquetes e a depredação do patrimônio público exemplos sintomáticos.
Infelizmente, esses atos violentos e estranhos à democracia ganharão força neste momento, pois os grupos políticos que os articulam apostam na radicalização como meio para ganhar notoriedade. O recente confronto é um triste exemplo desse oportunismo.
A presença da Polícia Militar no campus na atual conjuntura é extremamente importante, tanto para evitar que a balbúrdia tome conta da universidade como para assegurar que os direitos individuais sejam preservados."
PAULO MARTINS BARBOSA FORTES MANOEL, estudante de matemática na USP (São Paulo, SP)

 

"Diferentemente do publicado no quadro "Quem é quem na greve da USP" (Cotidiano, 11/6), o Movimento Negação da Negação (MNN) esclarece que se diferencia de todos os demais grupos políticos atuantes na USP justamente pela defesa implacável que faz da democracia direta das assembleias e do poder inquestionável do voto de mãos levantadas.
Nesse sentido, apesar de não se submeter à passividade da burocracia em geral, em nenhuma ocasião o MNN desrespeitou qualquer decisão de assembleia ou realizou ações em nome dos estudantes sem o aval das assembleias e comissões estudantis."
RODRIGO FERNANDES, presidente Nacional do MNN (São Paulo, SP)

Senado
"Os sucessivos escândalos que ocorrem no Senado já ultrapassaram os limites do tolerável. Número excessivo de diretores e de horas extras, auxílio-moradia e cotas aéreas indevidas e, para arrematar, nomeações por atos administrativos secretos. Até quando esses senhores abusarão da paciência do povo brasileiro?
E o mais grave, comportam-se como verdadeiros vestais, como se nada tivessem a ver com os fatos, num momento em que o mundo, inclusive o Brasil, vive uma crise econômica sem precedentes.
Que o presidente do Senado, José Sarney, faça uso de sua coluna semanal -privilégio de poucos- para as devidas e inadiáveis explicações. Sem metáforas e sem meias-palavras."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

Lei Rouanet
"O repórter Marcio Aith antecipou nesse jornal que o ministro Juca Ferreira poderá derrubar decisão que negou a Caetano Veloso o uso da Lei Rouanet ("MinC veta verba a Caetano", Ilustrada, 11/6).
Deixa ver se eu entendi direito: 1 - Em 2008, o ministro já havia feito o mesmo em favor de Maria Bethânia. Ferreira contrariou decisão da comissão e concedeu R$ 1,8 milhão em patrocínio à cantora, sua conterrânea, alegando que, embora o veto "fosse justo", não seria "legal". Talvez o ato se repita agora.
A reportagem informa ainda que o ministro sofreu intensa pressão da ex-mulher do cantor.
2 - O ministro lidera atualmente uma campanha para reformar a Lei Rouanet. Aponta como um de seus principais defeitos o de privilegiar artistas consagrados em detrimento dos menos conhecidos.
3 - Anualmente, o MinC veta milhares de projetos de artistas anônimos -em muitos casos, por motivos idênticos aos que negaram benefício aos conterrâneos do ministro- sem que o ministro se mova para derrubar tais decisões "ilegais".
Como um dos pontos centrais da discussão em torno da reforma da lei são exatamente os critérios, seria pedagógico que o ministro nos explicasse quais são os seus."
PAULO PÉLICO, diretor da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado (São Paulo, SP)

 

"Se o ministro Juca Ferreira acha justo liberar verba para o show de Caetano Veloso -o que foi vetado pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura-, que obrigue o evento a oferecer preços populares, e não abusivos, como os cobrados no Credicard Hall -de R$ 45, meia entrada, lá no fundo, a R$ 180.
A verba pela Lei Rouanet deveria incentivar a cultura da população, e não a de poucos privilegiados. A decisão do CNIC é justa, e o ministro deveria preocupar-se com assuntos mais alarmantes do que a realização de um show que, com certeza, renderá lucro aos envolvidos."
LUIZ FÉLIX KRÜGER NETO , publicitário (São Paulo, SP)

Petrobras
"Em resposta aos artigos "A transparência dos brucutus" e "Lodo não é petróleo" (Opinião, 9/6), a Petrobras esclarece que a decisão de publicar os questionamentos dos jornalistas e as respostas da empresa tem o objetivo de reforçar a transparência no seu relacionamento com a sociedade, e não "desestimular as apurações" ou "esvaziar a bola das denúncias".
A companhia aceita opiniões contrárias às suas no blog, reservando-se o direito de não publicar comentários ofensivos (como também faz a Folha nos blogs que hospeda em seu site).
A Petrobras refuta a suposta existência de "operadores eleitorais" em seus quadros. A empresa colabora com as auditorias do TCU e apresenta seus argumentos técnicos em ocasiões em que há divergência de critérios adotados pelo tribunal e pela Petrobras. A contratação de consultorias em situações de crise, nas quais há um crescimento na demanda por informações, é prática adotada por qualquer empresa que preza pela sua reputação.
Em relação à reportagem "Governo reduz combustível e eleva tributo", a Petrobras ressalta que somente responde pelo preço do diesel e da gasolina em suas refinarias. O preço final ao consumidor inclui itens que independem da Petrobras, como os impostos, além da margem de lucro das distribuidoras e postos."
LUCIO MENA PIMENTEL , gerente de imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Antonio Corrêa de Lacerda: Samba de uma meta só

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.