São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Denúncias de Nicéa

"Gostaria de parabenizar a primeira-dama de São Paulo, Nicéa Pitta, por sua atitude corajosa de tocar numa das maiores feridas nacionais: a corrupção. A corrupção, juntamente com o espírito nocivo de levar vantagem em tudo, denigre a imagem do país e emperra sobremaneira o seu desenvolvimento. Como é triste o fato de sermos surpreendidos frequentemente com escândalos envolvendo os políticos que, em vez de darem um exemplo de conduta honrosa à sociedade, só nos decepcionam pela falta de vergonha, de honestidade e de respeito aos cidadãos. O dinheiro gasto com propinas na troca de favores ou vantagens deveria ser empregado no trabalho efetivo e na produção de bens e serviços. Espero que o exemplo de Nicéa Pitta seja seguido por todos e, tendo ela colocado em xeque-mate os interesses escusos de muitas figuras importantes do cenário político nacional, peço a Deus que a proteja."
Paulo César Pereira da Silva (São Paulo, SP)

"Será que após a brilhante aula de malufismo proferida pela sra. Nicéa o povo de São Paulo vai pôr a mão na consciência antes de votar nessa imundície toda que aí está?"
Teeve Rabinovici (São Paulo, SP)

"Eu me indago: se esse gigantesco esquema de corrupção -denunciado por Nicéa Pitta- tem lugar na mais rica metrópole brasileira, o que não se passa no resto do país? É inaceitável que, depois que tivemos um presidente deposto por corrupção, ainda se verifiquem fatos dessa natureza em nível municipal. Quem está em risco é a própria democracia brasileira e o Estado de Direito.
A sociedade civil fica rigorosamente refém de um aparato estatal corrupto em todas as suas instâncias. Uma vergonha nacional. Depois, não entendemos por que a distribuição de renda não melhora nem a pobreza diminui em nosso país."
Everton N. Jobim (Rio de Janeiro, RJ)

Reação destemperada

"Junto com toda a lama que envolve a Prefeitura de São Paulo e nossos governantes, o que mais impressiona é a falta de postura moral e de educação da parte dos srs. ACM e Maluf ao se referir à sra. Nicéa com palavras que demonstram o nível de machismo e autoritarismo que envolve a maioria dos políticos brasileiros."
Marcos Roberto Becker (São Bernardo do Campo, SP)

Coragem para poucos

"Coragem de verdade têm os paulistanos, que enfrentam enchentes, buracos, deslizamentos, ameaças de traficantes e ainda são obrigados a assistir aos devaneios de uma desequilibrada em pleno horário nobre."
Teresa Jorge (São Paulo, SP)

Atenções dispersas

"O impeachment do prefeito Celso Pitta é bom para otários. Enquanto as atenções se dirigem para um cachorro morto no fim do seu mandato, FHC continua enviando para os banqueiros americanos a CPMF espoliada dos trouxas. As manchetes da crise conjugal do casal malufista encobriram uma outra questão muito mais importante que são as denúncias contra o sr. Francisco Gros. Caninos finados só servem para fazer sabão; quem precisa de impeachment é Fernando Henrique Cardoso."
Paulo Roberto Pereira Raymundo (São Paulo, SP)

Pela mordaça

"Jovens iluminados (aos quais, pelo menos, falta experiência profissional) ocupam o noticiário, revezam-se diante de câmeras ou microfones para produzir repetidamente manchetes candentes, arrimados unicamente em suas opiniões, a que falta comumente embasamento jurídico, mandando assim à danação esposas, pais, amigos, a própria lei; e, mais grave, o direito. Vale a pena recordar João Mendes: "Fico com o direito, ainda que contra a lei".
Se for repelido o controle sobre futuros falastrões, será oficialmente instalado o regime da vilania, da intriga, da vingança e da autopromoção a qualquer preço. Pouca importância terá a sentença, pois já terá ocorrido a imposição da mais grave das penas: a da execração familiar e social. Não importará que a Justiça estabeleça a verdade: o mal já terá exaurido sua tarefa repulsiva."
Leonardo Frankenthal, advogado criminalista (São Paulo, SP)

Povo perdido e esquecido

"Pobres africanos. Tentam sobreviver comendo o que encontram para comer, vivendo como dá para viver. Agora, por causa das chuvas, estão perdendo suas casas e plantações. Não bastando, ainda são alertados a não usar água do rio nem comer o gado afogado por estarem contaminados. Onde está o amparo desse povo que tem de escolher entre morrer de fome, por falta de abrigo ou contaminado? Qual será a solução?"
Taís Chrysostomo (Ribeirão Preto, SP)

Para exportação

"Foi com real agrado que li a reportagem sobre o açaí da Ilha de Marajó (Agrofolha, 29/2). De fato, o Brasil tem riquezas extraordinárias espalhadas pela sua exuberante flora, que deveriam ser exploradas com racionalidade, a exemplo do projeto de que trata aquela reportagem."
Antonio Carlos de Oliveira (Amparo, SP)


Nova arbitragem

"É sem dúvida interessante e oportuna a idéia de ter dois juízes. Mas entendo ser fundamental que os bandeirinhas tenham poder de mando em -no mínimo- duas situações: impedimentos e bolas que entram ou não no gol.
O importante é que finalmente se ataca a ridícula situação de uma pessoa sozinha com mando sobre 22 jogadores em 7.140 m2."
Luiz Augusto G. Vilela (Cotia, SP)

Nota

"A respeito da nota "Festa dos punhais", publicada no "Painel" (pág. 1-4) da edição de ontem, o governador Jaime Lerner vem, a bem da verdade, esclarecer, uma vez que não foi ouvido antes da publicação do texto, que se trata de notícia inverídica, de conteúdo malicioso e absurdo.
O governador Jaime Lerner tem se manifestado publicamente na defesa do ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca, que tem uma folha de serviços prestados ao Paraná, como vereador por Curitiba, prefeito da capital e secretário de Estado, cuja história o qualificou a receber uma das maiores votações do Brasil para a Câmara Federal, expressão do respeito da população pela sua atuação."
Pretextato P. Taborda Ribas, chefe da Casa Civil do governo do Estado do Paraná (Curitiba, PR)

Torcida inútil?

"É triste sentir, de madrugada, que nosso Rubinho somente subirá ao pódio como vencedor de um GP em 2000 se Schumacher quebrar. Aquela "desculpa" de que tinha que reabastecer não colou. Ele assim quis. Só que é sofrimento demais!"
Horácio Vilarinho (Iturama, MG)


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