São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Vaivém no governo

"Cumprimento o advogado José Carlos Dias pela forma correta, independente e digna com que se conduziu no episódio que levou à sua queda do cargo de ministro da Justiça. Sem dúvida, foi coerente com seu passado, nunca demonstrando servilismo ou subserviência a quem quer que seja. Que seu proceder sirva de exemplo aos jovens que acreditam num Brasil melhor."
Mario Simas, advogado (São Paulo, SP)

"A demissão de José Carlos Dias, fortemente influenciada e comandada pelo general Alberto Cardoso, nos dá, mais uma vez, a sensação de fantoche do presidente FHC, que nem sequer comenta o episódio."
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Anhembi

"O argumento sobre o qual a reportagem "Sem malufistas, Anhembi arrecada mais" (Brasil, 23/3) se sustenta baseia-se apenas na comparação de dois meses, janeiro e fevereiro de 1999 com janeiro e fevereiro de 2000, respectivamente, quando deveria levar em consideração o calendário de eventos e, assim, comparar os mesmos eventos em anos diferentes, pois há eventos que ocorrem a cada dois anos e outros que não se repetem.
O estacionamento registrou em 1998, quando eu ainda era presidente da empresa, a presença de 875.938 veículos, enquanto em 1999, ano em que deixei a empresa, esse número caiu para 725.449 veículos, aproximadamente 150 mil veículos a menos.
Não bastasse isso, a comparação feita pela reportagem entre os veículos registrados nos meses de janeiro e fevereiro de 1999 e 2000, repito, na qual a reportagem se sustenta, também não leva em conta que neste ano aconteceram duas feiras, enquanto em 1999 houve apenas uma. O resultado dos dois meses comprova exatamente o contrário do que a reportagem faz supor, pois houve queda, e não aumento de veículos quando a comparação é feita evento a evento.
Recebi a empresa em 1993 com um faturamento de 425 mil veículos; já em 1994, fechamos o ano com mais de 700 mil veículos e, no ano seguinte, atingimos mais de 900 mil, dobrando portanto o registro do ano imediatamente anterior a minha entrada como presidente.
Tal resultado foi obtido apesar da perda de mil vagas de capacidade dos estacionamentos da empresa após o ano de 1996.
Como vemos, ao contrário do que se pretendeu concluir na reportagem, há argumentos de sobra para afirmar que as receitas de estacionamento no mínimo dobraram após minha entrada como presidente e caíram após a minha saída, o que também não significa nenhuma distorção, pois não estão sendo avaliados os dados conjunturais do setor e, principalmente, a sazonalidade dos eventos."
Ricardo Lopes Castello Branco, ex-presidente do Anhembi (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Kennedy Alencar - A reportagem registrou a média de veículos no estacionamento nos meses de janeiro e fevereiro em todos os anos da gestão Castello Branco. Os dados mostram que a receita do estacionamento cresceu após sua saída da empresa. As comparações levaram em conta o primeiro bimestre porque esse é o único período em que há números aferidos pela automação do estacionamento que podem ser comparados com a gestão Castello Branco. A respeito da sazonalidade, o Anhembi informou que a taxa de ocupação das instalações da empresa era maior no período Castello Branco (média de 85%). A previsão para este ano é de 66%.

Futuro?

"É bom acompanhar atentamente tudo o que ocorre hoje no Peru. Aprendamos a lição, pois, pelo caminhar das coisas, teremos algo parecido ou muito pior..."
Lauro Ney Batista, e-mail: lauroney@uol.com.br (São José dos Campos, SP)

Nota

"A nota "Conexão Caribe", publicada em 12/4 no "Painel" e que inclui meu nome, exige de mim uma contestação enérgica e imediata.
1) Não conheço e jamais tive qualquer tipo de relação com o advogado Cid Vieira de Souza Filho. Também não mantenho qualquer relação com o sr. Leopoldo Collor de Mello.
2) Mantenho relações meramente sociais com o ex-senador Gilberto Miranda, mas não tenho, nem nunca tive, quaisquer negócios com ele -direta ou indiretamente.
3) É totalmente inverídica a informação que eu tivesse participado, a qualquer tempo, de iniciativas visando a divulgação do chamado "Dossiê Caribe"."
Naji Robert Nahas (São Paulo, SP)
Nota da Redação - A referida nota do "Painel" limitou-se a informar o teor de um depoimento que está em mãos do advogado Cid Vieira de Souza Filho.

Tratamentos

"O príncipe já colocou ao seu lado todos os grandes banqueiros e grandes empresários pelo Proer e pelas benesses do BNDES. Aos proletários, o príncipe preferiu dar um castigo: R$ 15 de aumento em seus salários. Aos estrangeiros, o príncipe abriu a economia brasileira pela privatização de grandes empresas brasileiras vendidas ao capital estrangeiro, enquanto não existe mais segurança pública e o desemprego cresce avassaladoramente em todo o país."
Isaías Ribeiro (Manaus, AM)

Vítimas de estupro

"Há dois anos chamei a atenção na imprensa sobre a necessidade de implementação de políticas de saúde pública para o atendimento às vítimas do estupro no país. Naquela ocasião escrevia como mulher, cidadã e médica infectologista, já que não trabalhava dentro da saúde pública. Portanto, apesar de hoje trabalhar no Ministério da Saúde, sinto-me à vontade para parabenizar a atitude deste ministério, pela Secretaria de Políticas de Saúde, da publicação da "Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes". Continuo pensando que, além dessa publicação, seja necessária uma política mais efetiva de implantação de unidades de referência para o atendimento dessas vítimas e para a orientação dos atendimentos feitos fora das unidades. Outros setores do governo, gestores estaduais e municipais e a sociedade civil também têm que dar sua contribuição."
Luciana Maria Gomes Brondi, médica infectologista, Fundação Nacional da Saúde (Brasília, DF)



Sem modéstia

"A respeito da reportagem de ontem sobre Ronaldinho, quando o repórter afirma que o Cruzeiro é um time modesto, ele só mostra que modestas são as informações dele sobre o futebol brasileiro. Como um time bicampeão sul-americano pode ser chamado de modesto? Assim, fica difícil não acreditar em bairrismo."
Enio Marcos Mazoni Costa (Belo Horizonte, MG)


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