São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Metrô em Higienópolis
É um absurdo esse cancelamento da estação do metrô nas imediações do bairro. Os moradores -que querem ser do primeiro mundo, mas não passam do quarto- deveriam se envergonhar. E o pior é as autoridades apoiarem e acatarem a decisão. Todas as grandes cidades do mundo possuem metrô, e mesmo em bairros "chiques" há estações. Trafegar de carro está se tornando impraticável em São Paulo. Moro em Moema, bairro também considerado "nobre", e estou adorando a ideia do metrô passar por lá. Não vejo a hora!
APARECIDA SILVA (São Paulo, SP)

 


Moro perto de uma estação do metrô e posso dizer que, depois que ela se instalou na região, este lugar virou um inferno. Estações de metrô atraem mais pontos de ônibus, o que aumenta a sujeira -com as estações vêm camelôs de pipoca, milho, batata frita. O trânsito e os assaltos aumentam e, quando o comércio fecha, começa a venda de bebidas, churrascos e drogas. Vamos deixar quem vive em Higienópolis ter o direito de optar se quer ou não ser vizinho do metrô.
SILVANA RUSSO (São Paulo, SP)

 


Em que planeta vivem esses moradores de Higienópolis? Não querem transporte essencial e necessário na vizinhança? Quando esses ilustres moradores vão a Paris, Londres e Nova York eles circulam de limusines?
ROBERTO CABRAL SILVA (São Paulo, SP)

 


Com relação à manifestação do leitor Cristiano Santana da Silva (13/5), o Metrô informa que a linha laranja prevê a ligação metroviária entre os bairros da Brasilândia e Liberdade, com integração física na estação São Joaquim, na linha azul. Nessa etapa, os moradores da Vila Nova Cachoeirinha serão atendidos pelo sistema de integração com os ônibus. O metrô-leve de Cachoeirinha está em estudo.
MÁRCIO KERR MARTINS, assessor de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Cartilha do MEC
A nova cartilha do MEC é um passo importante na marcha firme e segura da burrice neste país. Segundo ela, os alunos não mais cometerão erros de concordância gramatical. Ao agredirem a pobre língua portuguesa, serão imediatamente absolvidos e consolados na condição de vítimas de "preconceito linguístico".
Para os autores da cartilha, escrever e falar corretamente deve ser doravante um privilégio odioso da elite. O episódio lembrou-me a "Revolução dos Bichos", de George Orwell: no Brasil, de agora em diante, todos os burros são iguais, mas alguns burros serão mais burros que os outros.
FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

Código Florestal
É impressionante como pessoas que nem sequer sabem produzir um grão de ervilha têm suas opiniões sobre Código Florestal divulgadas na imprensa. A maioria dos ecochatos mora em cidades grandes, bairros nobres e compram seus alimentos ditos "orgânicos" em mercearias e mercados de alto luxo. Após fazerem suas "ecocompras", eles colocam tudo em suas "ecobags" e montam num carro de seis ou oito cilindros que roda de 3 km a 4 km com um litro de gasolina. A chamada bancada ruralista é muito mais ecológica do que a bancada dos ambientalistas, que pregam uma doutrina na teoria, e na prática fazem outra.
FREDERICO D'AVILA (Buri, SP)

 


A Câmara dos Deputados vai votar a reforma do Código Florestal. De um lado está a opção pela biodiversidade, pela recuperação e preservação de nossas florestas, paisagens e condições de vida mais saudáveis. De outro, os lucros desmedidos do agronegócio e a devastação. A opção é muito mais do campo da ética do que dos argumentos técnicos. O dinheiro versus a dignidade da maioria dos brasileiros. Torcemos para que vença a sensibilidade.
RAUL ISIDORO PEREIRA (São Paulo, SP)

Maluf
De novo o projeto Cingapura! O governador Geraldo Alckmin deu a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para o deputado Paulo Maluf (PP), que indicou o sr. Antonio Carlos do Amaral Filho. Todos os paulistas sabem que o projeto Cingapura de Paulo Maluf é um modo urbanístico de esconder a favela. Essa briga intestina do PSDB já começa a trazer prejuízos aos paulistas.
GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP)

Homero
O ilustre professor de língua e literatura grega da USP, Antonio Medina Rodrigues, sabe sempre o que diz. Além disso é pessoa benevolente e tolerante. Na crítica da nova tradução da "Odisseia" (Ilustrada, 14/5), poupou o tradutor Trajano Vieira de questionamento mais severo pela péssima versão do verso de abertura do poema, qualificando Ulisses de "homem multiversátil" em vez de "esperto", como seria melhor.
A meu ver, o tradutor errou duas vezes. Com que direito chama o protagonista do poema de "homem", simplesmente? Homero repete sempre "o divino Odisseu". Ulisses é um semideus aos olhos de Homero, não um simples "homem". "Multiversátil"? Desculpe o tradutor, mas esta palavra não é literária. É palavra friamente forjada no gabinete de um erudito, mas não é literatura. Muito melhor traduziu o velho Carlos Alberto Nunes em sua versão clássica: "herói astucioso".
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

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