São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Pedágio
"Embora eu não more na região de Alphaville, quero parabenizar os moradores daquela região que estão lutando bravamente e, acima de tudo, dando lições de cidadania ao se manifestarem contra a cobrança de pedágio naquela região. Se metade da população da capital paulista exercesse um pouquinho dessa cidadania mostrada pelos habitantes de Alphaville, nossa capital seria um lugar muito melhor para viver."
Silvia Zuleika F. de Oliveira (São Paulo, SP)

Neobobos
"Depois de ver como Portugal jogou contra a Coréia do Sul ontem, discordo da máxima que diz que "não existem mais bobos no futebol". Existem, sim."
Ottomar Strelow (São Paulo, SP)

A afirmação do leitor Celso Balloti no "Painel do Leitor" do dia 12/6 é obtusa e desinformada. Pode-se até não gostar da seleção francesa, mas afirmar que o resultado da última Copa do Mundo foi um acidente é, no mínimo, não conhecer o futebol ou bancar o torcedor míope. A seleção francesa tem um dos melhores cartéis do futebol mundial dos últimos 20 anos. Obteve 4º e 3º lugares nas Copas de 82 e de 86, foi bicampeã da Eurocopa, campeã olímpica em Los Angeles -derrotando o Brasil na final- e campeã mundial. Resultados bem melhores do que os de seleções "tradicionais", como Inglaterra, Itália, Alemanha, Espanha e Holanda. Além disso, o Brasil não ganha da França em jogos oficiais desde 58. Podemos não simpatizar com os "azuis", mas menosprezar a história recente do futebol francês significa ser apenas um mau perdedor."
Daniel Sorensen (Curitiba, PR)

Dorian Gray
"Não sou filiada ao PT nem tenho procuração para defendê-lo, mas gostaria de fazer algumas considerações sobre a carta "O PT e o retrato de Dorian Gray", do sr. José Police Neto, publicada nesta seção em 13/6. Em Brasília, provavelmente não há sótãos, mas deve haver muitos porões onde guardar retratos do tipo do de Dorian Gray. Em que porão ficou guardada a "compra de votos", tão abafada? E a indicação de três nomes para o STF -o último sendo talvez o mais gritante? E o que dizer quando a dívida aumenta? E quando a segurança some? E quando um ex-patrão diz "ou o candidato do governo ou o caos'? Afinal, quem tem retrato no sótão (ou melhor, no porão)? Nós, os neobobos, os fracassomaníacos, os alarmistas ou os mentirosos de todos os dias?"
Ana Maron Vichi (Campinas, SP)

USP em Ribeirão Preto
"O sr. Daniel Dalmoro, ao comentar no "Painel do Leitor" (14/6) o artigo publicado em "Tendências/Debates" (9/6) pelo reitor da USP, afirma que existiria falta de professores nos cursos de pedagogia e de psicologia mantidos pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. Como diretor da faculdade, tenho a informar que não faltam docentes em nenhum dos cursos mantidos pela nossa escola e que a reitoria tem sempre analisado com isenção e justeza os pedidos de novas contratações. Até mesmo o curso de pedagogia, recém-criado, acaba de ser contemplado com a contratação de um eminente educador na categoria de professor titular colaborador, o que, certamente, irá contribuir muito para um início vigoroso de atividades nessa área das ciências humanas em nosso campus."
Oswaldo Baffa Filho, diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)

O médico e o monstro
"Tomei conhecimento, por meio da mídia, de que o Senado aprovou em 12/6, em segundo e último turno de votação, a emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 31 de dezembro de 2004. Foram 58 votos a favor da forçada "contribuição", 7 contra e 2 abstenções. A imensa maioria dos senadores votou a favor da continuação desse roubo explícito até o final de 2004. O médico Adib Jatene, quando teve a infeliz idéia de inventar essa contribuição, acabou criando um monstro. Sua intenção como ministro era que o governo arrecadasse, durante um curto período, uma determinada quantia que seria destinada exclusivamente à saúde. Esqueceu-se o nobre médico de que estamos no Brasil, país de políticos aproveitadores, que utilizaram a referida verba para todos os fins, menos para a saúde. A dengue, a febre amarela, o impaludismo, a lepra, o banzo e a tuberculose, entre outras doenças praticamente extintas, estão aí. Voltaram com "carga total" no país da CPMF."
Fernando Al-Egypto (Petrópolis, RJ)

"É vergonhoso que os nossos deputados e senadores não se manifestem contra a aprovação da CPMF sem a noventena. Afinal, é um ato inconstitucional. Ao não se manifestarem contra isso, tanto por temerem um "terremoto" na economia quanto por não quererem um desgaste político em ano eleitoral, eles estão agindo de forma similar a de governos autoritários, que baixam decretos sem apoio da Constituição. E quem tem a perder com tudo isso? A democracia brasileira."
Wady Issa Fernandes (São Paulo, SP)

Alianças
"O artigo "História sem memória" ("Tendências/Debates", pág. A3, 13/6), de Marco Aurélio Garcia, define o ponto fundamental a nortear as alianças dos partidos. Devemos transformar as eleições deste ano em plebiscito explícito: de um lado, os que se dispõem a mergulhar profundamente em busca de nova ética, consubstanciada em projeto de nação que reorganize a sociedade em torno do combate à desigualdade social. O que pressupõe reerguer a bandeira da soberania nacional e da união com os demais países explorados do mundo. Ficariam do outro lado do plebiscito os que teimam em continuar boiando em mar poluído pelo egoísmo, corrupção e nepotismo. Há, no entanto, que ter muito cuidado na escolha dos parceiros, evitando para que se evitem os oportunistas."
José Pascoal Vaz (Santos, SP)

Tim Lopes
"Neste horrível assassinato do jornalista Tim Lopes, seria bom saber quem foram os fantásticos advogados que soltaram os seus assassinos. Mesmo que não tenham descumprido nenhuma lei, seu comportamento parece muito pouco ético. Onde está a OAB, que tanto fala em violência, mas não se preocupa em investigar o comportamento de seus pares? Será que esses advogados têm a consciência pesada por terem colaborado com o seu "jeitinho" para mais esse homicídio?"
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

História com memória
"Gostaria de saber se os "objetivos nacionais mais amplos" que podem levar o PMDB a se aliançar com o PT, segundo palavras de membro da Executiva Nacional do PT, são os mesmos que fizeram o PMDB a apoiar o governo FHC durante oito anos."
Rosângela Gil (Santos, SP)



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