São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Venezuela
"É positivo que, desta vez, a Folha tenha publicado um artigo a favor e outro contra o governo venezuelano, diferentemente do que fez há pouco tempo, quando apenas o encarregado de assuntos latino-americanos do governo de George W. Bush, Roger Noriega, teve seu artigo publicado -e republicado no mesmo dia em dezenas de outros jornais-, com seu ponto de vista parcial e unilateral -como costuma ser a cobertura da imprensa brasileira-, sobre os acontecimentos naquele país."
Emir Sader (Rio de Janeiro)

Livre comércio
"De acordo com o texto "G20 volta a citar área de livre comércio" (Dinheiro, 14/6), de André Soliani, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação de uma área de livre comércio entre os países do G20 (grupo de países em desenvolvimento). O Brasil deve manter essa idéia, pois é uma das melhores maneiras de o país, em conjunto com outros membros do grupo, conseguir o aumento da exportação para os países desenvolvidos. Mais do que discutir sobre Alca e Nafta e tentar parecer grande entre os países do G7, o Brasil precisa unir-se aos países em desenvolvimento, criando forças para combater os subsídios de qualquer espécie, especialmente os agrícolas, que são impostos pelos países ricos."
Luiz Philipe de Sene (Itajubá, MG)

Horror e silêncio
"Roman Gawrry, escritor judeu que fugiu de gueto de Varsóvia, disse: "A coisa horrorosa não é o que os alemães fizeram aos judeus, mas, sim, o que um ser humano fez contra outro ser humano". Os líderes da comunidade judaica de São Paulo estão demonstrando uma grande sensibilidade em relação ao Holocausto e seus resultados. Suas reações são compreensíveis (vide a reportagem "Obra de Leirner gera controvérsia na comunidade judaica", Ilustrada, 12/6). Mas é chegado o momento oportuno, quando os líderes da comunidade judaica de São Paulo poderão demonstrar a mesma sensibilidade em relação ao resultado de uma ocupação desnecessária que causa terrível humilhação a um povo que sofre dura ocupação. O silêncio diante desse inferno bárbaro em Gaza demonstra que tal atitude é aceita. A crítica dessas mesmas pessoas às tentativas de negar, de esquecer ou de diminuir a lembrança de Auschwitz será hipócrita. E a verdadeira e justa acusação de negligência do mundo evoluído quando aconteceu o Holocausto perderá sua credibilidade. Seria oportuno apoiar Yosef Lapid, atual ministro da Justiça do próprio governo Sharon, que protestou em uma das últimas reuniões do governo de Israel contra as atitudes do Exército nos campos de refugiados de Hafa e de Gaza, comparando-as com as atitudes alemãs contra os judeus da Europa. As acusações sem fundamento que foram dirigidas contra a obra "Auschwitz", de Nelson Leirner, mostram que tais atitudes podem provocar a revolta de todos aqueles que lutam pela liberdade de expressão."
Gershon Knispel, membro da ONG Artistas pela Liberdade de Expressão de Israel e fundador do movimento Portas Abertas -Dois Estados para Dois Povos (São Paulo, SP)

Maluf
"Na reportagem "Investigações do Ministério Público podem ser anuladas" (Brasil, pág. A4, 13/6), da jornalista Lilian Christofoletti, o nome de Paulo Maluf é mencionado, com acusações falsas de promotores de São Paulo contra o ex-prefeito, sem que o outro lado tenha sido ouvido -o que contraria o "Manual da Redação" da Folha. É a segunda vez em uma semana que a mesma jornalista assina reportagem com essa falha. Paulo Maluf já disse à exaustão que não tem e nunca teve conta bancária no exterior."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Cooperativas
"Artigo brilhante, educativo e escrito com tal simplicidade que qualquer pessoa simples ou ilustrada entende por ser verdadeiro ("Cooperativa, uma alternativa social", "Tendências/Debates", 11/6). Trabalho com movimento de mulheres por mais de 50 anos e sempre em minhas palestras abordei os temas das cooperativas, pequenas e médias empresas, uma forma de escapar do intermediário, de criar emprego e de distribuir renda. Louvo o espírito público da cidadã consciente, espírito aberto para o futuro. O caminho para sair da crise é por aí. Que Deus a ilumine! Após as eleições, poderemos organizarmos um fórum, aberto às mulheres do novo milênio. Um fórum suprapartidário, que convoque a sociedade civil organizada."
Therezinha Zerbini, diretora do Instituto Alberto Pasqualini e vice-presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (São Paulo, SP)

Folhateen
"Não é porque deixei de ser teen há muito tempo que deixei de "babar" em todas as reportagens do Folhateen. Parabéns! Mais uma vez, inovam e garantem seu espaço. Gostei muito do novo visual, moderno, mas que permitiu que fossem mantidas colunas muito interessantes e importantes, como "Balão", "Livros", "Escuta Aqui" e a "02Neurônio", que é pura diversão (sem esquecer que toda brincadeira tem um fundo de verdade). A "Folha de S.Paulo" conseguiu unir, em um só jornal, interesses para a família toda: Folhinha, Folhateen e Folha. Durante uma época, por várias razões, minha família deixou de assinar o jornal. Não deu. Sem Folha não dá."
Anamaria Kämpf, 27 anos (Campinas, SP)

Saúde
"Em relação à carta de Maria Helena Pereira Franco e Maria Júlia Kovács, publicada nesta seção em 8/6, gostaria de esclarecer alguns pontos. O Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo -HSPM- treina seu pessoal em cuidados paliativos desde a Conferência de Experiências Brasileiras em Cuidados Paliativos, realizada neste hospital em 2001. Profissionais de importantes instituições brasileiras, como USP, Unicamp, Hospital Amaral Carvalho e Maternidade de Jaú participaram daquele evento, em que a própria professora-doutora Maria Helena Pereira Franco foi uma das palestrantes. O treinamento da equipe foi feito pelo próprio HSPM, com a honrosa participação da professora-doutora da USP Maria Margarida M. J. de Carvalho e do doutor Ricardo Caponemo, presidente da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos. O treinamento não foi, portanto, conduzido pelo distinto professor-doutor Jorge Grau Abalo, de Cuba. O chefe do Programa Nacional de Atenção à Dor e aos Cuidados Paliativos do Ministério da Saúde Pública de Cuba foi convidado, sem ônus para o hospital, a participar do 3º Seminário de Humanização do HSPM, evento que culminou com a inauguração de nossa Casa de Apoio, Hospedaria de Cuidados Especiais. O HSPM considera de grande importância a troca de experiências entre profissionais que possam contribuir de maneira significativa nos programas de humanização e de qualidade desta instituição, independentemente de sua nacionalidade."
Giovanni di Sarno, superintendente do HSPM (São Paulo, SP)


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