São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Atentados em SP
"Nós, brasileiros, vivemos hoje sob a "ditadura do medo". Outrora elegemos vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes. Entretanto, em decorrência da leniência covarde e corrupta de "Vossas Excelências", foi o medo quem tomou posse Brasil afora. É ele, o medo, que rege hoje nossas vidas. É a ele que devemos pedir permissão para permanecermos vivos. O medo que nos subjuga, ao contrário do que se desejava ardentemente, venceu a esperança e confirmou as palavras de Guimarães Rosa: "Viver é muito perigoso"."

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

"A onda de ataques na cidade de São Paulo parece não ter fim. O governo mostrou-se incapaz de responder à onda de violência. O governador Cláudio Lembo rejeita a ajuda. O ex-prefeito José Serra diz que "ajuda é trololó". Enquanto isso a população da maior cidade da América Latina padece. Lembo não só rejeita a força nacional como exalta a polícia estadual. Um dos pontos positivos da força nacional é ser composta de elementos de fora do Estado, isentos dos esquemas que envolvem grande parte da polícia no Estado. Toda ajuda é bem-vinda: dizer não à ajuda federal é apostar no quanto pior melhor!"

EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

"Se há algo a chamar minha atenção a respeito do caos em São Paulo é a conduta do governo Lula, que prometeu -mas não entregou- dez presídios de segurança máxima até o fim deste mandato e diminuiu sensivelmente o repasse de recursos para os Estados em quatro programas atinentes à segurança pública. Só para o Estado de São Paulo, o montante caiu, entre 2002 a 2005, de R$ 223 milhões para cerca de R$ 29 milhões, o que, em termos per capita, significa um investimento, no ano passado, de R$ 0,81. Eis o valor da vida do paulistano para um governo dito progressista: R$ 0,81."

FELIPE ZOLEZI PELUSSI (São Paulo, SP)

Eleições
"Fico impressionado com a forma preconceituosa com que a imprensa vem abordando a notícia de que o cantor Paulo Ricardo teria se filiado a um partido para disputar uma vaga na Câmara. Após vivermos aquela que foi a pior legislatura dos últimos tempos, nada mais justo que os eleitores, na hora de definir o voto, disponham do maior número possível de novas opções. O que a imprensa deveria fazer é repercutir a notícia de que 98% dos atuais deputados federais vão tentar a reeleição, obviamente para continuar usufruindo daquele paraíso de mordomias. Que venham os novos candidatos, independente de cor, sexo, religião ou profissão, pois servirão para oxigenar o nosso combalido universo político."

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

Amazônia
"A reportagem "Comprar a Amazônia evitaria gasto com seguro, afirma empresário" (Dinheiro, 6/7) contém a notícia de que o sueco Johan Eliasch, dono de 160 mil hectares da floresta amazônica, propõe que toda a floresta seja vendida para ser mantida intacta, aplacando as mudanças climáticas que, segundo ele, causam tragédias como o tsunami de 2004 e o furacão Katrina. O sueco já está com o pé na Amazônia e cuida que toda ela passe a ser de estrangeiros. Faz-se necessária a ação do governo Lula e de todos os brasileiros repudiando a manifestação do bilionário sueco, porta-voz da cobiça internacional de nossa Amazônia. Não podemos ficar calados quando cinicamente querem cassar a nossa soberania."

AGENOR BEVILAQUA (São Paulo, SP)

Saúde
"Em relação à nota "Empurrão" ("Painel", 13/7), esclarecemos que o Ministério da Saúde não estabelece ranking para os hospitais da rede pública. E, portanto, não concede placas e diplomas aos hospitais. Dos três hospitais citados, o hospital estadual de Sumaré foi certificado como hospital de ensino e contratualizado, assim como 78 hospitais universitários em todo o país são certificados e contratualizados. A certificação e a contratualização dos hospitais de ensino resultam de uma política específica para essas instituições, que visa a qualificação da unidade de saúde, especializada em atendimento de alta complexidade e formação dos novos profissionais de saúde do país. O hospital geral de Pirajussara e o hospital estadual de Diadema foram acreditados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma organização não-governamental."

DJALMA GOMES, assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Vera Magalhães - Os hospitais receberam o certificado da ONA que, segundo a portaria 538 do Ministério da Saúde, é reconhecida e vinculada ao próprio ministério. Todos os diplomas de acreditação repassados aos hospitais têm timbre do ministério.

Elio Gaspari
"Pela segunda vez consecutiva, considerando apenas o mês de julho, Elio Gaspari volta à crítica pela crítica contra o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O preconceito e a intolerância pessoal demonstrados no artigo "Geraldo Alckmin precisa ouvir o Bussunda" (Brasil, 12/7) provam que o articulista, definitivamente, abandonou o seu próprio ofício para atacar. Numa clara tentativa de dar alguma conotação jornalística à coluna, Gaspari elege um tema. Já o fez recorrendo a uma comparação com o Metrô de Nova York, corrigida porque equivocada. Agora, saca de seu coldre "jornalístico" a segurança pública. Ignora solenemente todos os avanços obtidos no setor. Para citar apenas um, a redução em mais de 50% dos índices de homicídio, tendência comprovada por levantamentos da Unesco e do Seade. À medida que o orçamento e os investimentos da área de segurança pública aumentaram, os índices de criminalidade diminuíram. Trata-se de um fato e querer ignorá-lo é desinformação ou má-fé. O índice de fugas nos presídios de 0,13% é, sim, uma média dos países de Primeiro Mundo. O que ocorre, atualmente, são reações do crime organizado contra a ação do Estado. Ataques, tentativas de rebeliões e depredação do patrimônio público. E se o governo de São Paulo não enfrentasse, não teria reação. E o governo federal, que reduziu sim as verbas dos fundos constitucionais para o setor e não colocou em prática o prometido Plano Nacional de Segurança Pública, não assumiu responsabilidade alguma diante de um problema nacional, que são as organizações criminosas."

SIDNEY BERALDO, presidente estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

"Com a acuidade e imparcialidade de sempre, o excelente Elio Gaspari sugere a Alckmin que ouça o Bussunda - "fala sério'- quando pretende isentar-se da responsabilidade pela insegurança dos paulistas. Não deveria nos surpreender a incompetência de um governo que, durante cinco anos, não conseguiu pôr ordem na Febem, mesmo lidando com adolescentes. Durante esse período as quadrilhas organizaram-se livremente. A família chinesa que por anos comandou "seus negócios" em São Paulo só foi presa após intervenção da Polícia Federal."

ANTONIO CARLOS GUEDES CHAVES (Campinas, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Adilson Abreu Dallari: Em defesa dos direitos da sociedade

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.