São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Minas Gerais
"O governo de Minas Gerais lamenta que a Folha não tenha considerado as importantes informações oficiais disponibilizadas em extensa documentação ao jornal e os dados fornecidos pelos secretários de Estado de Planejamento e da Fazenda ao repórter Frederico Vasconcelos, esclarecedores dos principais conteúdos da reportagem "Aécio maquiou os gastos com saúde no governo de Minas Gerais" (Brasil, pág. A18, 13/8). Os documentos oficiais demonstram cabalmente o déficit zero, ou seja, o equilíbrio entre receitas e despesas no Orçamento anual do Estado, alcançado em 2004, depois de oito anos de déficits progressivos. Registramos o nosso duplo estranhamento sobre a ausência de consultas a instâncias técnicas independentes, como o Tesouro Nacional e o Banco Mundial, que já atestaram formalmente o equilíbrio alcançado pelo Estado em 2004. A agência internacional de avaliação de risco Moody's, por exemplo, elevou a classificação de Minas Gerais em razão dos números avaliados em 2004. As fontes que acusam o que seria a "maquiagem" em Minas Gerais ou estão em "off" ou tiveram a sua atuação política omitida pela Folha, embora isso fosse relevante para a avaliação do leitor. O consultor e economista Fabrício Augusto de Oliveira, autor do trabalho acadêmico no qual a reportagem se sustenta, integrou a equipe da Secretaria de Estado de Fazenda responsável pela moratória decretada em Minas em 1999. A Folha não checou também a posição dos profissionais citados pelo senhor Fabrício em seu trabalho acadêmico. Se assim tivesse feito, verificaria que discordam das conclusões por ele apresentadas. Informamos ainda o seguinte: 1. O governo de Minas Gerais não maquiou os gastos com saúde no Estado. Investimentos em ações preventivas à ocorrência de doenças, e outras no campo sanitário, são considerados por diversos Estados, inclusive pelo governo federal, como investimentos no setor. Os recursos alocados em investimentos na área de saúde cresceram 320% neste governo. As contas do governo de Minas Gerais foram aprovadas por unanimidade e sem ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado. 2. É curioso o discurso político de setores da oposição ao governo do Estado que criticam a inexistência da cobertura de grandes escândalos relativos ao governo do Estado na mídia local. Isso porque em nenhum momento é feita referência à inexistência, por exemplo, há muito mais tempo, nos mesmos veículos, de denúncias graves contra a prefeitura da capital mineira, governada pelo PT. Na nossa opinião, a ausência dessas denúncias não se deve à pressão do prefeito sobre os veículos mineiros, mas à existência, também na administração municipal, de uma equipe séria."
LUIZ NETO , assessor do governador de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Resposta do jornalista Frederico Vasconcelos - As principais informações dos secretários da Fazenda e do Planejamento do governo Aécio Neves estão reproduzidas na reportagem. Os dados sobre a maquiagem não partiram de opositores do governador, mas de manifestações do Tribunal de Contas do Estado e de ação civil pública oferecida pelo Ministério Público Federal.

 

"A Folha encarou Aécio Neves. Duas páginas contando suas falcatruas. Enfim algum veículo de comunicação consegue romper o controle do governador. Não por acaso, um jornal de fora de Minas Gerais, pois aqui todos são chapas-branca. Assim, o governador consegue enterrar todas as CPIs contra o seu governo, mesmo as que desejam investigar as mais evidentes falcatruas. E não por acaso ele tem majestosa maioria nas pesquisas eleitorais."
TÚLIO VARGAS (Itajubá, MG)

Corrupção
"Esplêndido o artigo de Antônio Ermírio de Moraes na Folha de domingo ("Eleições: contra a corrupção'), que mostra a atual tragédia nacional: "A corrupção atingiu os três Poderes do governo: Executivo, Legislativo e Judiciário. É uma crise avassaladora, que não pára de crescer". Discordo, entretanto, do senhor Antônio Ermírio quando afirma que "o espaço deste artigo seria insuficiente para enumerar todos os órgãos envolvidos em falcatruas com o dinheiro público", porque não é o espaço de sua coluna que seria insuficiente. É o espaço do jornal inteiro!"
LAURO MALHEIROS FILHO (São Paulo, SP)

 

"Como evangélico, estou perplexo com a participação da bancada evangélica na máfia das ambulâncias (os "sanguessugas'), agora com pedido de cassação de mandato feito pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. Ao refestelarem-se nos manjares do rei, os parlamentares de Cristo baixaram a guarda, apostataram da fé e igualaram-se a todos os contraventores da lei, indo na contramão de todo o ensino bíblico. É uma vergonha!"
SAMOEL LOURENÇO FERREIRA (Franca, SP)

Preconceito
"A Folha não deveria publicar cartas eivadas de preconceito, como a do senhor Paulo Cardoso da Silva Júnior ("Painel do Leitor" do dia 13/8). Como eleitor do Lula, senti-me ofendido pelo conteúdo da missiva. Não sou ignorante nem iletrado e, mesmo se fosse, ainda assim teria o direito de votar em quem entendo ser o melhor. "Um homem, um voto". É esse princípio básico que os pretensos "instruídos" e "cultos" deste país se recusam a aceitar. Quando elegem pessoas como Collor e FHC, é democracia. Quando nós elegemos e reelegemos Lula, é ignorância. Pois bem, que se preparem melhor e que arranjem melhores candidatos e programas, pois 2010 vem aí."
JONATHAN TEIXEIRA (Tremembé, SP)

CARTA REGISTRADA

"Criticam Cristovam Buarque (PDT) por falar muito em educação. Mas existe outra saída para o Brasil?"
JOÃO FRANZIN (São Paulo, SP)

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