UOL




São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Corrupção policial
"É surpreendente e incompreensível a permanência do sr. Saulo de Castro Abreu Filho como secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Depois do escândalo do Gradi e do caos vivido na área da segurança pública, agora vem à tona o escândalo da ligação de centenas de policiais com a máfia de contrabandistas de cigarro. Se não fosse a atuação do Ministério Público, esse esquema de corrupção certamente continuaria forte e atuante. Como se tudo isso não bastasse, vem o sr. Saulo de Castro criticar a investigação federal, chamando-a de "quixotesca"."
Renato Khair (São Paulo, SP)

Imagens fabricadas
"As fotos estampadas nos jornais que mostram a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, sentada ao volante de um trator ou segurando apetrechos utilizados na construção civil, tentando passar a imagem de grande empreendedora, são nitidamente populistas e, acima de tudo, demagógicas. Esse tipo de publicidade armada, de caráter eleitoreiro, além de ultrapassada, fere a inteligência de qualquer ser humano minimamente formado e informado."
David Neto (São Paulo, SP)

Intolerância política
"É impressionante a falta de tolerância democrática dos eventuais ocupantes do poder central (e principalmente de seus seguidores) quanto às críticas. Foram tantos anos de "estilingue", que bastaram quatro meses de "vidraça" para revelar o despreparo dos petistas para a convivência democrática. O exercício da tolerância frente à adversidade de opiniões faz parte do jogo democrático. Para quem se julga dono da verdade, deve ser mesmo difícil tolerar opiniões divergentes. Mas eu não perco a esperança, o tempo haverá de trazer um pouco mais de modéstia e humildade aos que se consideram onipotentes."
Rodrigo Borges de Campos Netto, cientista político (Brasília, DF)

Financiamento partidário
"Sobre o "dízimo petista" (texto "PFL propõe acabar com o dízimo petista", Brasil, pág. A9, 13/9), seria mais lógico os partidos políticos adotarem contribuição obrigatória de seus filiados do que se subordinarem a instituições, muitas delas focos de influência e corrupção na administração do país. Assim, também teríamos partidos políticos fortes, em vez desse nocivo mercado oportunista toma-lá-dá-cá."
Espedito Tavares (Natal, RN)

MST e Judiciário
"A respeito das críticas do deputado João Paulo Cunha ao juiz de Teodoro Sampaio (SP), faltam ao parlamentar as qualificações necessárias ao melhor desempenho do papel de crítico nessa área. Até onde sabemos, sua maior façanha em ciências jurídicas foi conseguir acumular frequência em faculdade de direito paulista simultaneamente à presença em sessões legislativas realizadas na capital federal. Além disso, a condição de responsável pela inédita ocupação da Câmara dos Deputados pela Polícia Militar não contribui, de forma alguma, para que se dê crédito às suas palavras em favor da paz. Tudo indica que se tratem apenas de mais bravatas."
Ronaldo Luiz Neves Pinheiro (Curitiba, PR)

Independência na OMC
"O trabalho feito pelo chanceler Celso Amorim na mobilização do G21 foi esplêndido. Sua magnitude é vista na contundência das reações dos Estados Unidos e da Europa. É também revitalizante ver uma oposição à passividade obediente por parte do governo brasileiro. A arrogância e a insinuação de isolamento por parte deles é um exemplo claro do que se define em psicologia de "projeção" e "identificação projetiva". O contraponto disso foi a reação real de arrogância e omissão do presidente Lula em relação ao episódio Argentina-FMI."
Cláudio Silvério Alves (Araçatuba, SP)

Tarifa de balsas
"Gostaria de parabenizar o governo de São Paulo pela ótima notícia que sua Secretaria de Transportes deu à Baixada Santista. Com mais um reajuste de tarifas da Dersa baseado no IGP-M, os já sufocados habitantes da região terão seus bolsos ainda mais arrochados. Gostaria que a Justiça Federal interviesse e colocasse como indexador desses aumentos o IPCA, como está ocorrendo com a telefonia fixa. Não se trata de quebrar contratos, mas de negociar de modo que os brasileiros não sejam mais tungados."
Eduardo Henrique de Souza (Guarujá, SP)

Fiscalização de bancos
"Sempre reconhecemos e louvamos a Folha por seu empenho em buscar a verdade e informar seus leitores. Daí nossa surpresa com a reportagem de 7/9, sob o título "Triplica o valor de multas contra bancos" (Dinheiro, pág. B1), com sérias e graves acusações aos bancos, atribuídas à Secretaria da Receita Federal. Consideramos natural o papel da SRF na fiscalização. O sistema jurídico assegura ao cidadão o direito de discutir a legitimidade da exigência formulada. O auto de infração é a forma de o poder público exigir do contribuinte os tributos não-pagos, mas não implica que a exigência seja válida, ainda que mantida a pretensão do Fisco no julgamento do processo administrativo, porquanto sempre caberá ao contribuinte o direito de recorrer. Por isso, tratar como sonegação fiscal o pleno exercício de um direito é um desrespeito à cidadania e aos direitos e garantias individuais consagrados na Constituição Federal, e, do ponto de vista jornalístico, constitui um desserviço aos leitores, já que pode ensejar a falsa percepção de que os bancos brasileiros sonegam impostos. Entendemos, portanto, que as informações e os juízos atribuídos na reportagem a funcionário da Receita Federal, além de não condizerem com a verdade, implicam severos danos de imagem e reputação ao setor bancário, que depende fundamentalmente de credibilidade e confiança de clientes e investidores."
William Salasar, superintendente de Comunicação Social da Febraban (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Érica Fraga - As informações da reportagem constam dos processos que tramitam ou já tramitaram no Conselho de Contribuintes. A Febraban foi procurada pela Folha para comentar a manifestação da Receita Federal, mas não respondeu às ligações.

Ação do PSDB
"Em resposta à carta do leitor Antonio Carlos Ribeiro, ("Painel do Leitor", 7/9, pág. A3), poderíamos citar muitos fatos que ajudarão a perceber melhor o papel do PSDB na oposição ao governo Lula, mas gostaríamos de citar apenas três. Nossa atuação coerente e construtiva ficou clara na reforma da Previdência, que não teria passado na Câmara sem os votos tucanos; nosso caráter propositivo ficou provado com a criação do Supersimples, iniciativa do PSDB que favorece a criação de empregos ao unificar a cobrança de impostos federais, estaduais e municipais de micro e pequenas empresas; o rigor e a seriedade de nossa fiscalização do Executivo nos fez apontar desde o início do governo o aparelhamento da máquina federal pelo PT, que mais tarde gerou a crise sem precedentes no Instituto Nacional de Câncer. Em resumo, o PSDB trabalha para fazer o Brasil continuar avançando."
José Aníbal, presidente Nacional do PSDB (São Paulo, SP)

Tarso e Cristovam
"Quero registrar que a informação publicada no "Painel" (nota "Fila de espera", Brasil, pág. A4, edição de ontem), segundo a qual estou me movimentando para substituir o ministro Cristovam Buarque (Educação), é totalmente inverídica. Não estou articulando nenhuma ação política relativamente a qualquer ministro, e muito menos o faria no que diz respeito ao ministro Cristovam, com quem mantenho uma estreita relação de amizade e a quem devoto admiração pelo seu trabalho."
Tarso Genro, secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Brasília, DF)



Texto Anterior: Edevaldo Alves da Silva: Educação e qualidade

Próximo Texto: Erramos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.