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Peru
"Em relação à reportagem "Para
Lula, presidente do Peru é demagogo" (Brasil, pág. A12, 14/12), não
procede a informação de que o presidente da República tenha se referido nesses termos ao presidente
Alan García.
Da mesmo forma, não têm fundamento as demais afirmações
atribuídas ao presidente do Brasil
supostamente dirigidas às opiniões
do presidente do país vizinho.
Cabe acrescentar que a Presidência da República deveria ter sido
consultada sobre a veracidade das
palavras cuja autoria foi debitada
ao presidente Lula."
ANDRÉ SINGER, secretário de imprensa
e porta-voz da Presidência
da República (Brasília, DF)
Resposta dos jornalistas Eduardo Scolese e Pedro Dias Leite -
A informação foi checada com
três fontes diferentes presentes
à reunião.
Movimentos sociais
"Em relação às notas "Censura
prévia 1" e "Censura prévia 2", publicadas no "Painel" (Brasil, pág. A4)
de ontem, a Secretaria Geral da
Presidência da República esclarece
que nenhum de seus assessores sugeriu aos movimentos sociais que
incluíssem qualquer elogio ao governo federal no texto das entidades entregue ao presidente Lula.
A Secretaria Geral da Presidência
da República, que é responsável pela interlocução com os movimentos
sociais, tem como método de trabalho o contato permanente com a
sociedade civil organizada. Os líderes desses movimentos já participam da elaboração das políticas públicas, e o governo nunca interferiu
nem interferirá em documentos
dos movimentos sociais -concordando ou não com o seu conteúdo.
O próprio presidente Lula reafirmou esse compromisso no encontro realizado anteontem com líderes dos movimentos sociais, quando disse que está aberto a discutir
politicamente qualquer reivindicação das entidades e que nunca vai
pedir para que os movimentos sociais abram mão de suas convicções."
DORIAN VAZ, assessora de imprensa da Secretaria
Geral da Presidência da República (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Conrado
Corsalette, repórter do "Painel" - Seis representantes de movimentos sociais presenciaram
o pedido feito por assessores da
Secretaria Geral da Presidência.
Ambiente
"À reportagem "Evitar desmate
rende milhões, afirma cientista",
Ciência, 13/12), de Eduardo Geraque, deve-se adicionar um pequeno
esclarecimento quanto ao valor
(US$ 52,5 milhões) aplicado pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT) em "programas especiais,
institutos de pesquisa e bolsas de
várias modalidades em 2005".
Na verdade, esse número refere-se ao aplicado pelo MCT somente
na região Norte, em custeio de seus
institutos (Inpa, Museu Emílio
Goeldi e Instituto Mamirauá) e em
diversas modalidades de bolsa, o
que não ficou claro no texto.
Obviamente, o valor total aplicado pelo MCT em todo o Brasil é
muitíssimo maior."
CARLOS AFONSO NOBRE, climatologista do Inpe
(Cachoeira Paulista, SP)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
Descamisados
"Gostaria de deixar meu comentário em relação ao texto "Esporte
deve disputar incentivos com ciência" (Brasil, 13/12). É mais fácil para uma empresa investir em esporte e cultura se ela prosperar. E, hoje
em dia, isso só é possível se a empresa investir em inovação tecnológica. Portanto, reduzir os incentivos para que as empresas invistam
em tecnologia como forma de aumentar o investimento em outras
áreas não faz sentido.
É como descamisar um santo para vestir outro."
MARCOS GUGLIOTTI, pós-doutor em físico-
química, micro-empresário, tetracampeão brasileiro de levantamento de peso (São Paulo, SP)
Salários
"Enquanto o Brasil debate como
superar os entraves para elevar o
crescimento, e a penúria de recursos públicos leva os governos a contingenciar verbas destinadas a outras finalidades, o salário dos parlamentares vai duplicar. A desastrosa
iniciativa dos congressistas, em final de mandato, produzirá efeito
exponencial nos gastos dos legislativos estaduais e municipais.
Se, no cálculo da inflação, fosse
computado o reajuste nos salários
dos parlamentares, o Brasil teria a
maior taxa de inflação do mundo."
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)
Orçamento
"A propósito do editorial "Luz no
Orçamento" (Opinião, 13/12), informo que o atual governo herdou
um sistema denominado Ícone,
acessível da página principal da
Presidência da República na web,
que consolidava toda a informação
sobre execução do Orçamento,
emendas de parlamentares, transferências dos fundos constitucionais e financiamentos dos bancos
federais desde 1995, atualizada pelo
menos uma vez por mês.
Em dezembro de 2002, esse sistema estava praticamente consolidado e disponível para gestores do
Executivo e membros e assessores
do Congresso. Oferecia várias tabelas e cruzamentos pré-configurados e permitia configurar outros na
hora simplesmente clicando "opções" na tela do navegador. O próximo passo era abri-lo ao público em
geral -só dependia de dimensionar
adequadamente o servidor em que
estava baseado no Serpro.
Em vez disso, o sistema saiu do ar
no começo de 2003, sem explicação
e sem que se fornecesse cópia a
quem a solicitou, como a executiva
nacional do PSDB.
Que bom que alguma coisa parecida, embora bem mais limitada,
pela descrição da Folha, reapareceu depois de quatro anos. Que pena que perdemos quatro anos no
escuro antes de reacender a luz."
EDUARDO GRAEFF, ex-secretário-geral
da Presidência da República do governo FHC
(Brasília, DF)
BC
"Talvez Lula tenha boas razões,
que eu não discutirei, para sofrer de
"Síndrome de Estocolmo" e se apaixonar pelo ministro Meirelles (Paulo Nogueira Batista Jr., "Síndrome
de Estocolmo?", Dinheiro, 14/12).
Certamente quem não encontra
uma única razão para morrer de
amores pelos "meirelles, bevilacquas e cia." do Banco Central é o povo brasileiro. Por isso me surpreendi quando vi, em pesquisa na internet, a porcentagem alta de pessoas
que apóiam a permanência de Meirelles no segundo mandato de Lula.
Concluo que a "Síndrome de Estocolmo" está mais espalhada do
que pensamos."
RUTE BEVILAQUA (São Paulo, SP)
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