São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Peru
"Em relação à reportagem "Para Lula, presidente do Peru é demagogo" (Brasil, pág. A12, 14/12), não procede a informação de que o presidente da República tenha se referido nesses termos ao presidente Alan García. Da mesmo forma, não têm fundamento as demais afirmações atribuídas ao presidente do Brasil supostamente dirigidas às opiniões do presidente do país vizinho. Cabe acrescentar que a Presidência da República deveria ter sido consultada sobre a veracidade das palavras cuja autoria foi debitada ao presidente Lula."
ANDRÉ SINGER, secretário de imprensa e porta-voz da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Eduardo Scolese e Pedro Dias Leite - A informação foi checada com três fontes diferentes presentes à reunião.

Movimentos sociais
"Em relação às notas "Censura prévia 1" e "Censura prévia 2", publicadas no "Painel" (Brasil, pág. A4) de ontem, a Secretaria Geral da Presidência da República esclarece que nenhum de seus assessores sugeriu aos movimentos sociais que incluíssem qualquer elogio ao governo federal no texto das entidades entregue ao presidente Lula. A Secretaria Geral da Presidência da República, que é responsável pela interlocução com os movimentos sociais, tem como método de trabalho o contato permanente com a sociedade civil organizada. Os líderes desses movimentos já participam da elaboração das políticas públicas, e o governo nunca interferiu nem interferirá em documentos dos movimentos sociais -concordando ou não com o seu conteúdo. O próprio presidente Lula reafirmou esse compromisso no encontro realizado anteontem com líderes dos movimentos sociais, quando disse que está aberto a discutir politicamente qualquer reivindicação das entidades e que nunca vai pedir para que os movimentos sociais abram mão de suas convicções."
DORIAN VAZ, assessora de imprensa da Secretaria Geral da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Conrado Corsalette, repórter do "Painel" - Seis representantes de movimentos sociais presenciaram o pedido feito por assessores da Secretaria Geral da Presidência.

Ambiente
"À reportagem "Evitar desmate rende milhões, afirma cientista", Ciência, 13/12), de Eduardo Geraque, deve-se adicionar um pequeno esclarecimento quanto ao valor (US$ 52,5 milhões) aplicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em "programas especiais, institutos de pesquisa e bolsas de várias modalidades em 2005". Na verdade, esse número refere-se ao aplicado pelo MCT somente na região Norte, em custeio de seus institutos (Inpa, Museu Emílio Goeldi e Instituto Mamirauá) e em diversas modalidades de bolsa, o que não ficou claro no texto. Obviamente, o valor total aplicado pelo MCT em todo o Brasil é muitíssimo maior."
CARLOS AFONSO NOBRE, climatologista do Inpe (Cachoeira Paulista, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Descamisados
"Gostaria de deixar meu comentário em relação ao texto "Esporte deve disputar incentivos com ciência" (Brasil, 13/12). É mais fácil para uma empresa investir em esporte e cultura se ela prosperar. E, hoje em dia, isso só é possível se a empresa investir em inovação tecnológica. Portanto, reduzir os incentivos para que as empresas invistam em tecnologia como forma de aumentar o investimento em outras áreas não faz sentido. É como descamisar um santo para vestir outro."
MARCOS GUGLIOTTI, pós-doutor em físico- química, micro-empresário, tetracampeão brasileiro de levantamento de peso (São Paulo, SP)

Salários
"Enquanto o Brasil debate como superar os entraves para elevar o crescimento, e a penúria de recursos públicos leva os governos a contingenciar verbas destinadas a outras finalidades, o salário dos parlamentares vai duplicar. A desastrosa iniciativa dos congressistas, em final de mandato, produzirá efeito exponencial nos gastos dos legislativos estaduais e municipais. Se, no cálculo da inflação, fosse computado o reajuste nos salários dos parlamentares, o Brasil teria a maior taxa de inflação do mundo."
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

Orçamento
"A propósito do editorial "Luz no Orçamento" (Opinião, 13/12), informo que o atual governo herdou um sistema denominado Ícone, acessível da página principal da Presidência da República na web, que consolidava toda a informação sobre execução do Orçamento, emendas de parlamentares, transferências dos fundos constitucionais e financiamentos dos bancos federais desde 1995, atualizada pelo menos uma vez por mês. Em dezembro de 2002, esse sistema estava praticamente consolidado e disponível para gestores do Executivo e membros e assessores do Congresso. Oferecia várias tabelas e cruzamentos pré-configurados e permitia configurar outros na hora simplesmente clicando "opções" na tela do navegador. O próximo passo era abri-lo ao público em geral -só dependia de dimensionar adequadamente o servidor em que estava baseado no Serpro. Em vez disso, o sistema saiu do ar no começo de 2003, sem explicação e sem que se fornecesse cópia a quem a solicitou, como a executiva nacional do PSDB. Que bom que alguma coisa parecida, embora bem mais limitada, pela descrição da Folha, reapareceu depois de quatro anos. Que pena que perdemos quatro anos no escuro antes de reacender a luz."
EDUARDO GRAEFF, ex-secretário-geral da Presidência da República do governo FHC (Brasília, DF)

BC
"Talvez Lula tenha boas razões, que eu não discutirei, para sofrer de "Síndrome de Estocolmo" e se apaixonar pelo ministro Meirelles (Paulo Nogueira Batista Jr., "Síndrome de Estocolmo?", Dinheiro, 14/12). Certamente quem não encontra uma única razão para morrer de amores pelos "meirelles, bevilacquas e cia." do Banco Central é o povo brasileiro. Por isso me surpreendi quando vi, em pesquisa na internet, a porcentagem alta de pessoas que apóiam a permanência de Meirelles no segundo mandato de Lula. Concluo que a "Síndrome de Estocolmo" está mais espalhada do que pensamos."
RUTE BEVILAQUA (São Paulo, SP)

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