São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


PSDB
"Muito interessante a repercussão na imprensa da escolha do candidato do PSDB à Presidência. O nome de Alckmin foi saudado por analistas, executivos e banqueiros, e o anúncio de sua indicação deixou todos eles tranqüilos. A partir daí começa o paradoxo nacional. O candidato dito de esquerda, Lula, tem a bênção do mercado. Por sua vez, o agora candidato mais conservador, Alckmin, também é visto como homem de mercado. Logo, como numa partida de dominó, o "player" chamado mercado está com a pedra que cabe nas duas apontas. Ou seja, ganhará de qualquer maneira."
Rui Veiga (São Paulo, SP)

 

"Fiquei muito impressionado com o que percebi ao dar uma olhadinha nas manchetes dos principais jornais de ontem: a escolha de Alckmin como candidato do PSDB foi tema principal apenas nos jornais paulistas. Nem "O Globo", nem "JB", nada -nem no "Jornal Nacional" de terça-feira. A questão do Exército no Rio dominou o noticiário. Se nem a imprensa dá muita atenção a Alckmin, imagine o povo nas ruas. Para minha felicidade, acho que o PSDB deu um tiro no pé."
Daniel Henrique Diniz Barbosa (São Paulo, SP)

 

"Parabéns ao PSDB pela excelente escolha do governador Geraldo Alckmin como seu candidato à Presidência da República. Ele é sério, trabalhador, tem grande capacidade administrativa, é transparente e honesto. O que o Brasil precisa é de um "banho de ética". Quem sabe com essa escolha não poderemos sonhar e acreditar que há uma luz no fim do túnel e não é o trem vindo?"
Hélio Martins (Barueri, SP)

CPI
"Esperamos todos, após o depoimento na CPMI dos Correios do senhor Duda Mendonça, que se recusou a responder até a perguntas anteriormente respondidas na PF amparado por habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, que o STF mude o seu comportamento. Não é essa atitude de impunidade que o povo brasileiro espera do STF."
Armando Navarro de Andrade (Santos, SP)

Prefeitura de SP
"Sobre a maldosa reportagem "Mulher de assessor ganha contrato" (Cotidiano, 15/3), que envolve o Idelt e lança suspeitas infundadas sobre o instituto, são necessárias algumas informações -obtidas pelo repórter, mas omitidas na reportagem. a) O Idelt é um instituto sem fins lucrativos fundado há dez anos. Além disso, é uma das primeiras organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip) qualificadas pelo Ministério da Justiça, conforme publicação no "DO" da União de 13/3/2001. Portanto, sob a legislação específica de tais organizações, ele pode ser contratado sem licitação, independentemente da lei 8.666/93. b) Somos pioneiros na celebração de "termo de parceria", instrumento previsto na legislação de Oscips para a formação de parcerias com órgãos públicos. c) O contrato em questão não é o primeiro firmado com a Secretaria Municipal do Trabalho. Em 2004, trabalhamos com a mesma pasta em programa de recuperação de populações em situação de risco. Vale esclarecer que o Idelt tem dezenas de convênios, acordos e contratos firmados com órgãos municipais, estaduais, federais, entidades da sociedade civil e co-irmãs do terceiro setor. Através desses programas, já foram por nós qualificadas mais de 15.000 pessoas em São Paulo e em outros Estados. d) Recuperação de calçadas também não é novidade para o Idelt. Fomos responsáveis pelo treinamento de egressos do sistema penitenciário no projeto Calçadas Metropolitanas, que objetivava tanto capacitá-los para serem reinseridos na sociedade como transformar o centro deteriorado de Carapicuíba. e) O Idelt pauta-se, sobretudo, pela ética e pela qualidade. Nosso quadro associativo conta com pessoas preparadas que, por diversas vezes, foram e continuam a ser convidados a assumir responsabilidades com o poder público. Quando isso ocorre, afastam-se de suas atribuições no instituto. Foi o que fizeram Frederico Bussinger e outros associados quando assumiram funções públicas. Obedecendo ao rigor de nosso estatuto, tais atos foram formalizados em nossa assembléia geral ordinária trienal, em novembro de 2005. f) O deputado Alberto Goldman participou e colaborou com a fundação do instituto. Colaboração importante. Formalmente, está afastado desde 1998. g) Todas essas informações -e várias outras, como o acesso livre a contratos, a atas e a outros documentos- foram prontamente disponibilizadas ao repórter da Folha. Além disso, a reportagem visitou, aleatoriamente, um dos locais de treinamento, fez fotos e entrevistou treinandos. Nada disso porém foi incluído no texto -talvez porque pudesse vir a atenuar o clima suspeito que a reportagem pré-pronta objetivava criar."
Vera Lúcia de Lucena Bussinger, presidente do Idelt (São Paulo, SP)

Lightpar
"Em relação a reportagens sobre a Lightpar publicadas nos dias 12, 14 e 15 do corrente mês, encaminhamos os seguintes esclarecimentos. 1. A Lightpar é uma sociedade anônima de economia mista e capital aberto, criada por lei, com ações negociadas na Bolsa de São Paulo, sujeitando-se às normas da CVM. A companhia é controlada pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), que detém 82% do seu capital social. 2. A diretoria da Lightpar não possui autonomia para fixar sua remuneração, cumprindo integralmente as determinações legais e as orientações das instâncias superiores, como a assembléia geral ordinária e o conselho de administração. 3. Em relação aos resultados da empresa, e ao contrário do publicado na Folha, em 2003 e 2004 -com balanços publicados- e até setembro de 2005, conforme disponibilizado nas "Informações Trimestrais" pela CVM, a empresa tem apresentado resultados operacionais positivos, com receitas superiores às despesas operacionais. 4. A Lightpar detém 49% do capital social da Eletronet S.A. e, por força de contrato com as companhias que cedem o direito de uso da infra-estrutura de transmissão de energia e de fibras ópticas, tem o dever formal e a responsabilidade de acompanhar o andamento do processo de falência com continuidade do negócio, contribuindo com a busca de alternativas para a recuperação da Eletronet. 5. Em relação à empresa de auditoria externa prestadora de serviço na Lightpar, temos a esclarecer que realizamos em 23/1/2006 o pregão presencial de número PR 001/2005, dentro da legislação vigente, cujo edital foi publicado em 21/ 12/2005 e para o qual foram adquiridos 19 editais por diversas empresas, inclusive pelas citadas na reportagem, sendo que quatro delas participaram do certame, que foi concluído sem nenhuma interposição de recurso. 6. Dentro das metas efetuadas na Lightpar buscando a redução de custos, uma foi a mudança de endereço, que ocorreu em julho de 2005, verificando-se, recentemente, o extravio do livro de apuração do lucro real (Lalur) e do livro "Registro de Apuração do ISS", citados nos textos. É necessário esclarecer que são livros auxiliares, que transcrevem dados informados tanto à Secretaria da Receita Federal como à Secretaria Municipal da Fazenda da Cidade do Rio de Janeiro, e que tais dados não interferem nos resultados e nas informações prestadas aos acionistas e ao mercado, sendo passíveis de reconstituição." Rogério da Silva, Carlos Evandro de Oliveira, Marcos Lucio Lignani Siqueira e
Nelson Monteiro da Rocha, diretores da Light Participações S/A (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Fernando Canzian - O atual diretor-presidente da Lightpar, Rogério Silva, presidia e ainda participa do Conselho de Administração que fixou os salários citados na reportagem. Os resultados "positivos" da Lightpar são puramente contábeis. A empresa não vem pagando uma dívida de R$ 10 milhões contraída da Eletrobrás que, capitalizada, ultrapassa hoje R$ 16 milhões.


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