São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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TENDÊNCIAS/DEBATES

PSD: participar, construir e avançar

GILBERTO KASSAB


O PSD surge para participar, construir e avançar na direção de um país mais justo, com as lições deixadas pela esquerda, pelo centro e pela direita


O PSD vence barreiras, incompreensões e preconceitos. Fundado simbolicamente no dia 13 de abril e agora com CNPJ e status de pessoa jurídica, podemos constituir comissões provisórias em todo o país.
Já temos dois governadores, cinco vice-governadores, cinco senadores, 44 deputados federais, dezenas de deputados estaduais, centenas de vereadores e figuras de expressão na política brasileira.
Temos presença forte em praticamente todos os Estados. Vamos avançando, passo a passo, conscientes de que um novo partido não se consolida do dia para a noite, com uma ou duas eleições. Vai se formando no debate interno de ideias, no diálogo sobre princípios e valores, ao mesmo tempo em que participa e se aprimora nos embates democráticos do Congresso.
O processo é dinâmico e supera a falsa polêmica reducionista de direita-centro-esquerda. A política, a economia e o mundo mudam a cada vez que abrimos a internet.
Nossa realidade é muito rica, enfrenta quase diariamente novos desafios administrativos e políticos numa velocidade surpreendente.
Os cenários exigem que os atores não se atrelem a dogmas do século passado, a fundamentalismos suicidas e a radicalismos que o mundo todo condena.
O jogo político e o exercício do poder exigem lideranças atentas, lúcidas, corajosas e com visão construtiva, conscientes, por exemplo, de que, passado o embate eleitoral, é preciso, em todas as instâncias institucionais, debater e somar esforços para construir o bem comum. O Brasil quer e exige isso.
O projeto do PSD surge com esse norte, não fará oposição pela oposição. Sem atrelamentos automáticos, vamos procurar consensos, debatendo as reformas, os grandes problemas brasileiros.
Os projetos que pedem aperfeiçoamentos e os que estão surgindo e desafiando nossas competências terão nosso posicionamento firme.
Participaremos de marchas, como a que compareci em Brasília com mais de 2.000 prefeitos, que buscavam recursos não liberados.
Votaremos as reformas, porque o país precisa delas.
Temos um norte e compromissos com o desenvolvimento, sem atrelamentos automáticos.
Seremos um partido que ajudará a construir e a consolidar um espaço de entendimentos, em que se respeita o papel fundamental das forças de mercado, mas se exige delas responsabilidade diante de políticas públicas de um Estado democrático ativo, regulador, com papel decisivo na proteção dos que mais precisam dos avanços sociais e do seu amparo.
Coligações, bases de apoio parlamentar e alianças não podem ser algemas. Elas existem com essas disparidades dentro do próprio espaço dos partidos. Não se faz política sem o sacrifício temporário de algumas certezas. O caminho e a solução ideais às vezes têm de ser construídos em duas, três etapas.
Exigem paciência, perseverança, muito trabalho, liberdade, respeito pelas instituições e pelos poderes da República.
Estamos lutando e continuaremos assim, por conseguir e consolidar o espaço do PSD não apenas no Legislativo, mas no exercício administrativo e em todos os fóruns e instâncias em que os interesses do Brasil estejam em discussão.
O PSD surge para participar, construir e avançar na direção de um país mais justo. Com as lições deixadas pela democracia, pela esquerda, pelo centro e pela direita.

GILBERTO KASSAB, 50, engenheiro e economista, é prefeito da cidade de São Paulo. Foi secretário municipal de Planejamento (gestão Pitta).


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