São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Exclusividade tupiniquim
"O Brasil é um país ímpar. Neste lugar exótico, acontecem coisas que não acontecerão nunca em nenhum outro lugar deste planeta. Ladrões assumem cargos políticos. Policiais tentam balear bandido que já estava morto. Namorada de tesoureiro de campanha política é "suicidada". Maluf é o segundo colocado na disputa pela prefeitura da maior cidade do país. Se Deus for mesmo brasileiro, ou é masoquista ou é um grande piadista."
Adolfo Morandini, e-mail: morandini@node1.com.br (São Paulo, SP)

Editorial
"Apreciei o editorial "Tributos perversos" (Opinião, 10/6) por me identificar com o pensamento ali externado. Considero também a necessidade de racionalizar o sistema tributário, de sorte que o princípio da capacidade contributiva seja observado. A eliminação dos impostos indiretos, posto que gradual, obviaria a injustiça que a tributação vem acarretando aos pobres e remediados e, consequentemente, resultaria -conforme penso- numa melhor distribuição de riqueza."
Adauto Quirino Silva (Birigui, SP)

Artigo
"Saulo Ramos é sem dúvida nenhuma um competente advogado. Suas constantes viagens de "atualização cultural" ao exterior, entretanto, parecem tê-lo distanciado muito da realidade do país em que vive. Que o jornalismo brasileiro não é dos mais tecnicamente preparados -assim como, aliás, todos os setores de nossa pátria subdesenvolvida, sem nenhuma exceção (inclusive o jurídico)- não é novidade nenhuma. Troçar da importante iniciativa da imprensa de desmascarar os privilégios do Poder Judiciário sob o pretexto de que, sem viagens a lugares exóticos e estadias em luxuosos hotéis, magistrados não podem se "atualizar culturalmente", no entanto, é de uma infelicidade extrema."
Octavio Luiz Motta Ferraz (São Paulo, SP)

Mercado fonográfico
"Nos últimos 25 anos, a Sony Music (anteriormente Discos CBS) se faz presente no mercado fonográfico por manter um "cast" altamente qualificado, onde se destacam artistas como Roberto Carlos, Djavan, Zezé Di Camargo & Luciano, João Bosco, Cidade Negra, Fagner, Martinho da Vila, ou poderíamos ainda acrescentar o fato de que há sete anos tivemos a ousadia de lançar um selo totalmente voltado para o artista jovem, em desenvolvimento, o Chaos, que revelou para o cenário pop rock nacional talentos como os do Skank, Gabriel, O Pensador, Planet Hemp, o saudoso Chico Science e Nação Zumbi, Jota Quest, Mestre Ambrósio e, ainda no ano passado, o grupo Penélope. Também no ano passado, lançamos o selo Black Groove para desenvolver e estabelecer artistas de música negra feita no Brasil, assim como contratamos a distribuição e venda dos discos do selo Cosa Nostra, que detém, entre outros artistas de talento comprovado, os Racionais MCs. Em todos os momentos, a presença da Folha foi marcante para que esses artistas tivessem seu valor e trabalhos reconhecidos. No entanto, no último dia 5, fomos grosseira e gratuitamente atacados por um colaborador da Folha, o jornalista Pedro Alexandre Sanches, que, no texto-crítica que faz sobre o último lançamento do grupo Planet Hemp, sob o título "Planet Hemp parte para o confronto em novo CD", faz a seguinte afirmação: "... Tanto é que sua gravadora, a decadente Sony, teve a decência (o tino comercial?) de peitar que eles voltassem após o trauma ainda mais agressivos, diretos, quase contraventores". Mais adiante, o crítico/ jornalista novamente ataca a gravadora no texto: "Planet Hemp reaparece, três anos após o trauma, como banda que podia ter enfiado o rabinho entre as pernas, por conta de tanta pressão (e da gravadora lesada que a abriga)". Depois de tudo o que foi exposto, como pode ser chamada de decadente uma empresa com tal cast e projetos de desenvolvimento artísticos? Uma empresa que, nos últimos dez anos, sempre se posicionou entre as três maiores do mercado fonográfico brasileiro, sendo que atualmente ocupamos uma fatia de mais de 21 pontos percentuais do referido mercado."
José Antônio Alves Soares , diretor de business affairs da Sony Music (Rio de Janeiro, RJ)

Próximos lances
"Após as sucessivas decisões do Judiciário, a primeira por 3x2 contra Pitta, a segunda pelo mesmo placar pró-Pitta, o povo ignaro pergunta: haverá decisão por pênaltis ou por morte súbita?"
Elza Maria de Oliveira Figueiredo (Araraquara, SP)

Retrato do absurdo
"Parabéns, Barbara Gancia, por seu texto "Fisgaram o peixe grande?" (Cotidiano, 14/6). Com agudo espírito de síntese, você conseguiu chegar à essência do absurdo legal e moral que se abateu sobre a família Zanotto. Que a vida a conserve lúcida e independente."
Consuelo de Castro, dramaturga (São Paulo, SP)

Benefícios
""Se alguém tirou proveito disso, certamente não fui eu." "FHC, ao responder sobre a suposta compra de votos para aprovar a reeleição" ("Frases", 15/6). Peço à Folha que esclareça ao senhor presidente que também não fui eu. Consultei uma porção de amigos, pessoas mais próximas e até familiares e todos garantiram e provaram com listas de impostos pagos e benefícios recebidos que também não foram. Muitos idosos que abordei nas ruas garantiram e provaram que também não foram. Agradeço se puderem fazer chegar essas informações ao presidente, pois facilitará muito as investigações que, com certeza, sendo um cidadão de boa índole, ele deve estar fazendo."
Jackson Luiz Santos Vasconcelos (Teresópolis, RJ)

Repetição
"O sequestro e morte da moça no ônibus do Rio de Janeiro nos remete à trágica morte de Adriana Caringi, em sua casa, em São Paulo, há quase dez anos, numa situação semelhante. Quantas pessoas inocentes ainda serão vítimas dessa violência incontrolável das nossas cidades?"
Johannes van Wanrooij (São Paulo, SP)

Direito à arma
"Enquanto a violência assola o Brasil de uma maneira sem precedentes em nossa história republicana, a comissão de Constituição e Justiça do Senado, agindo com um oportunismo demagógico da pior espécie, aprova o projeto de lei que pretende desarmar a população honesta, tornando-a ainda mais indefesa perante a criminalidade. Nunca presenciei tanto descalabro levado a efeito por políticos que deveriam proteger a população, impedindo que leis arbitrárias fossem formuladas, mas que agem num servilismo vergonhoso que desqualifica o mandato outorgado pela nação, exausta de representantes que de nada servem à causa pública. O direito à vida é um postulado constitucional sagrado e ninguém tem legitimidade para dispor sobre o mesmo. Nenhum governante ou legislador pode impedir que o cidadão se defenda, sob pena de se instalar no país a tirania absoluta."
Marcelo Pereira (São Paulo, SP)



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