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AEROPORTOS
Depois de 16 meses de reformas, será aberta em caráter experimental a nova área de embarque
do aeroporto de Congonhas. A
maior parte dos viajantes passará a
ter acesso aos aviões por meio de oito
pontes de embarque, como ocorre
no aeroporto internacional de Guarulhos. A obra deverá representar um
ganho de conforto e segurança para
os usuários. Mas ela expressa também uma outra realidade: a impressionante expansão da quantidade de
vôos e do fluxo de passageiros em
Congonhas.
De uma pista na periferia, o aeroporto paulistano, com o passar do
tempo, foi envolvido pela metrópole
e tornou-se o mais movimentado da
América do Sul, com 600 pousos e
decolagens por dia. Porém, o que para o viajante é uma localização conveniente, constitui um transtorno para
quem mora nas redondezas.
Nesse sentido, em que pese o ceticismo de alguns moradores, é de esperar que as autoridades aeroportuárias instalem os sistemas de redução
de ruídos nas cabeceiras das pistas,
como está em estudos. É o mínimo
que se pode fazer em prol de quem
vive nas cercanias de Congonhas.
É possível, certamente, fazer mais.
Os horários de pouso e decolagem,
por exemplo, nem sempre são respeitados, o que submete considerável área da cidade a um elevado nível
de ruído em horas impróprias. E é
preocupante a possibilidade do aumento do tráfego aéreo pressionar
por normas ainda mais flexíveis.
É de lamentar também a inexistência de uma linha metro-ferroviária
que una o aeroporto de Guarulhos ao
centro da capital. O governo do Estado tem estudos nesse sentido que,
caso saiam do papel, poderão reparar a situação. De fato, é um sinal de
atraso que uma cidade com a importância de São Paulo, com sua população e conhecidas dificuldades de tráfego, não conte com um sistema eficiente e rápido de transporte que a ligue a seu aeroporto internacional.
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