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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Primeira vitória
"A manchete da Folha de ontem ("Reunião da OMC acaba em fracasso') inverte o resultado real da reunião. Este foi o primeiro grande sucesso contra a injusta ordem mundial. Agora, é preciso que a sociedade se mobilize para manter a linha de atuação -estão aí as negociações com o FMI e sobre a Alca. Não queremos o isolamento do resto do mundo, mas temos necessidades prementes. Se temos de nos unir, que seja com aqueles países que têm problemas iguais aos nossos."
José Pascoal Vaz, economista (Santos, SP)

Receita Federal
"A Folha publicou a reportagem "Auditora acusa Everardo de favorecer EJ" (Brasil, pág. A10, 13/9), em que veicula depoimento atribuído à sra. Rosa Oliveira, no qual me acusa de "favorecer EJ" em investigações realizadas na Secretaria da Receita Federal durante a minha administração. A reportagem é pouco clara, lacunosa em relação aos fatos e dispensa tratamento desproporcionalmente menor às minhas respostas. Devo, pois, aduzir os seguintes esclarecimentos: 1) jamais dei, a quem quer que fosse, nenhuma determinação restritiva à correta execução de procedimentos fiscais; 2) no caso específico da sra. Rosa Oliveira, nem sequer alguma determinação dei pela simples razão de que ela não era subordinada diretamente a mim; 3) as acusações feitas são totalmente insubsistentes, pois foram realizados procedimentos fiscais no próprio investigado e em pessoas jurídicas e físicas a ele vinculadas; 4) não houve acesso às informações bancárias do investigado por decisão judicial, como certamente sabe a sra. Rosa Oliveira; 5) os procedimentos fiscais foram realizados por várias equipes, observado que o encerramento, após 14 meses de trabalho, do procedimento sob responsabilidade dela e de outro auditor ocorreu em virtude de decisão deles próprios, formalizada por escrito; 6) a apresentação de relatórios mensais de fiscalização não é incomum na Secretaria da Receita Federal e, no caso desse procedimento, decorria de solicitação expressa do Ministério Público Federal."
Everardo Maciel (Brasília, DF)

 

"O texto "Auditora acusa Everardo de favorecer EJ", sobre a suposta ausência de investigação de empresas de que sou sócio por parte da Receita, é totalmente construída em cima de uma mentira: a afirmação de que tais empresas não teriam sido fiscalizadas, o que todos os que acompanharam o noticiário da própria Folha sabem ser completamente falso. Não só as empresas foram auditadas como os fiscais exigiram a comprovação da realização dos trabalhos que geraram seu faturamento, chegando mesmo a ir aos seus fornecedores e clientes para verificar se as receitas das empresas eram legítimas, o que poderia ter sido facilmente checado pelo repórter se o seu intuito fosse esclarecer os fatos. Para tentar dar credibilidade à sua mentirosa reportagem, o repórter tratou de distorcer informações e de ignorar evidências. Procurado, passei a ele os documentos que provam ter sido realizada rigorosa fiscalização nas empresas, em familiares e em meus sócios. Ofereci documentos adicionais, que ele recusou. O fato de que [os fiscais da Receita] não tenham conseguido quebrar meu sigilo bancário, que a auditora em questão insinua ser prova da interferência indevida de seu chefe na investigação realizada, atesta apenas a inexistência em minha contas de quaisquer indícios que justificassem tal quebra. Como sempre, entretanto, esse jornal dá muito mais destaque às acusações do que às explicações do "outro lado", que bastavam para mostrar ser a reportagem completamente inconsistente. Ao dar vazão a tais ilações, mesmo tendo ciência dos documentos que mostram serem elas inverídicas, a Folha (que está também sendo processada em virtude da absurda campanha movida contra mim) acaba por tornar-se cúmplice de um perverso processo que alimenta a suspeição da qual por mais de três anos tenho sido vítima sem que nenhuma das acusações tenha até hoje se mostrado verdadeira. Meu nome é meu maior patrimônio, e continuarei sempre lutando contra o arbítrio dos que tentam maculá-lo."
Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Leonardo Souza
A reportagem relatou um fato: uma auditora da Receita, em depoimento ao Ministério Público Federal, disse que a fiscalização sobre Eduardo Jorge havia sido prejudicada porque deixara de incluir as pessoas jurídicas relacionadas a ele. A Folha informou que Eduardo Jorge enviou à reportagem documentos sobre fiscalização em uma de suas empresas e disse possuir outros documentos que comprovariam a fiscalização nas demais empresas também.

Chile, 1973
"Em relação ao artigo "Trinta anos esta manhã" (Mundo, 11/9), de José Serra, gostaria de dizer que nunca tinha visto um texto tão arrogante e vaidoso, características bem conhecidas do autor. Eu nunca havia visto um texto tão pretensioso e cheio de auto-referências, feito com o intuito de enaltecer a própria figura do autor e desviando-se do horror que supostamente ele se propôs a narrar. No artigo do sr. Serra, o bombardeio ao La Moneda, as perseguições que se seguiram e o massacre promovido pelos militares chilenos se transformam num pano de fundo para as aventuras dessa "grande personalidade", sem que em nenhum ponto exista alguma linha de reflexão sobre o significado dessa tragédia. Foi, no mínimo, uma ofensa a todos aqueles que lutaram contra a ditadura do general Pinochet."
Fernando Sarti Ferreira (São Paulo, SP)

Febem
"Até quando conviveremos com o problema da Febem em São Paulo? A morte constante de pessoas em suas unidades deveria fazer com que o seu fechamento fosse imediato. Ou há coisa pior por vir? O governador deveria unir todos os esforços da máquina nessa questão."
Cláudio José Ferreira da Silva (São Paulo, SP)

Ministério da Educação
"Em relação à nota "Fila de espera" ("Painel", Brasil, pág. A4, 14/9), quero manifestar a minha inconformidade com o seu conteúdo, afirmando que não fiz e não farei nenhum movimento para assumir o cargo de ministro da Educação, uma vez que minha vida é pautada por procedimentos éticos e porque tenho pelo amigo Cristovam Buarque o maior respeito e admiração como educador e como ministro."
Newton Lima, prefeito municipal de São Carlos (São Carlos, SP)

Ajuda
"Não bastasse o vergonhoso auxílio-moradia que os deputados federais recebem no valor de R$ 3.000 -além dos salários e dos diversos benefícios-, nós descobrimos o desrespeito desses deputados para com a grande maioria da população brasileira, que não tem sequer um barraco para morar. A Câmara tem mais de 200 apartamentos vazios e os senhores deputados, desavergonhadamente, alegam que esses apartamentos são antigos e, assim, preferem receber os R$ 3.000 mensais. Os deputados precisam entender que o Brasil é um pais pobre, que não cresce há mais de 20 anos devido ao exagero de despesas improdutivas como essa."
Marco Antonio Martignoni (São Paulo, SP)

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