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POLARIZAÇÃO PAULISTA
O ex-governador Paulo Maluf (PPB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) polarizam a
disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, conforme a pesquisa Datafolha
publicada ontem. Em qualquer cenário que se considere, o pepebista e o
peessedebista aparecem nos dois
primeiros lugares. Em todas as hipóteses de disputa, Maluf e Alckmin estão posicionados bem à frente dos
outros pré-candidatos.
O que ocorre em São Paulo é novidade em relação aos dois pleitos anteriores. Em 1998, por exemplo, nessa mesma época do ano, havia disputa acirrada entre Maluf, Francisco
Rossi e Mario Covas. Conforme se
foi aproximando o primeiro turno,
aumentou a competição -com a subida de Marta Suplicy, que, por pequena margem de votos, deixou de
se qualificar para o turno decisivo.
Como em 98, Maluf hoje larga na
liderança. Sua fatia de intenções de
voto se amplia quando o ex-governador Orestes Quércia não figura na relação de candidatos. Quando se suprime também o nome de Francisco
Rossi da disputa, o pepebista vai a
41%, contra 35% de Alckmin.
A diferença em relação ao processo
sucessório de 98 é o desempenho do
governador que pleiteia a reeleição.
Alckmin segue Maluf de perto em todos os cenários, encontrando-se em
situação de empate técnico com o
pepebista em três das quatro simulações realizadas. Isso provavelmente
porque hoje o governo Alckmin
(com 42% de ótimo/bom) é mais
bem avaliado do que era a gestão Covas em 98, considerada boa ou ótima
por 28% dos paulistas.
Se Maluf consegue, surpreendentemente, manter considerável fatia do
eleitorado, Alckmin reúne boas condições relativas de disputa. A questão
é saber se a polarização se manterá
até o primeiro turno. Por ora, nenhum outro candidato ameaça a hegemonia de malufistas e tucanos na
corrida pelo governo de São Paulo.
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