São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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POLARIZAÇÃO PAULISTA

O ex-governador Paulo Maluf (PPB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) polarizam a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, conforme a pesquisa Datafolha publicada ontem. Em qualquer cenário que se considere, o pepebista e o peessedebista aparecem nos dois primeiros lugares. Em todas as hipóteses de disputa, Maluf e Alckmin estão posicionados bem à frente dos outros pré-candidatos.
O que ocorre em São Paulo é novidade em relação aos dois pleitos anteriores. Em 1998, por exemplo, nessa mesma época do ano, havia disputa acirrada entre Maluf, Francisco Rossi e Mario Covas. Conforme se foi aproximando o primeiro turno, aumentou a competição -com a subida de Marta Suplicy, que, por pequena margem de votos, deixou de se qualificar para o turno decisivo.
Como em 98, Maluf hoje larga na liderança. Sua fatia de intenções de voto se amplia quando o ex-governador Orestes Quércia não figura na relação de candidatos. Quando se suprime também o nome de Francisco Rossi da disputa, o pepebista vai a 41%, contra 35% de Alckmin.
A diferença em relação ao processo sucessório de 98 é o desempenho do governador que pleiteia a reeleição. Alckmin segue Maluf de perto em todos os cenários, encontrando-se em situação de empate técnico com o pepebista em três das quatro simulações realizadas. Isso provavelmente porque hoje o governo Alckmin (com 42% de ótimo/bom) é mais bem avaliado do que era a gestão Covas em 98, considerada boa ou ótima por 28% dos paulistas.
Se Maluf consegue, surpreendentemente, manter considerável fatia do eleitorado, Alckmin reúne boas condições relativas de disputa. A questão é saber se a polarização se manterá até o primeiro turno. Por ora, nenhum outro candidato ameaça a hegemonia de malufistas e tucanos na corrida pelo governo de São Paulo.


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