São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Gripe
"Quando li a notícia da solicitação de lotes do medicamento Tamiflu pelos parlamentares ("Congresso quer lote exclusivo de Tamiflu", Cotidiano, 13/8), lembrei-me de algumas cenas do filme "Titanic".
Qual foi o critério do comandante na escolha dos passageiros que deveriam deixar o transatlântico? O comandante baseou-se no poder socioeconômico de alguns ou seguiu normas internacionais, tais como: crianças, mulheres grávidas, idosos, portadores de necessidades especiais?
A resposta todos sabem: os da primeira classe foram privilegiados. Entretanto, uma regra foi respeitada: o comandante e a pequena orquestra permaneceram no navio até serem tragados pelo mar gelado.
Na ficção ainda restou um quê de dignidade, ética e coerência. E na vida real?"
PLÍNIO JOSÉ DO AMARAL (Campinas, SP)

 

"Até que enfim! Fiquei extremamente feliz com a determinação da Anvisa proibindo a propaganda de antigripais. Luto diariamente tentando explicar aos pacientes os riscos da automedicação, mas essa é uma luta desigual, pois minha voz é fraca diante da propaganda maciça em rádio, TV, revistas que a todo momento iludem a população prometendo curas instantâneas e estimulando o consumo indiscriminado de medicações que só dificultam e retardam os diagnósticos."
LAURA C. PROA (São Paulo, SP)

Senado
"Frei Betto ("Catilina abusa de nossa paciência", "Tendências/Debates", ontem) lavou minha alma de funcionária pública da educação do Estado de São Paulo, que, assim como milhares de outras colegas, tento ensinar o que é ser correto, digno e ter "conhecimento" para enfrentar a vida de adultos e pais de família que nossos alunos serão no futuro.
Como levar essa tarefa adiante se temos como exemplo um Senado com as mesmas características de corrupção, conchavos, apadrinhamentos e outros crimes de 63 a.C.?"
LAIR CANOVA MOTTA (São Carlos, SP)

Educação
"O livro "A Vantagem Acadêmica de Cuba", cujo autor, Martin Carnoy, deu entrevista à Folha ("Entrevista de 2ª", 10/8), é um estudo minucioso da qualidade do ensino fundamental no Brasil, no Chile e em Cuba. Aponta os motivos pelos quais a educação cubana é muito superior à dos outros dois países. É leitura indispensável a professores e autoridades brasileiras."
MAURÍCIO DEL GIUDICE (Rio de Janeiro, RJ)

Igreja
"Concordo com o sr. Claudio Geribello ("Painel do Leitor", ontem), em parte, tendo em vista que uma das TVs em guerra pertence à Igreja Universal do Reino de Deus. Provavelmente foi adquirida com o dinheiro dos fiéis da Iurd, logo deveria se voltar à pregação do Evangelho, que é a missão deixada por Jesus à sua igreja. Além disso, se a Iurd fosse transparente, como são a maioria das igrejas evangélicas, sobre como e onde aplica o dinheiro voluntariamente entregue como dízimos e ofertas, toda essa confusão com certeza não existiria."
ISMAIL MIGUEL BATISTA (Ribeirão Preto, SP)

Estado laico
"Ao ler os artigos de "Tendências/Debates" deste sábado, percebi que ambos os autores se confundem no que concerne à laicidade e ao ateísmo do Estado Brasileiro.
Realmente a Constituição Federal de 1988 consagrou o Brasil como um Estado "laico" ou "leigo", ou seja, sem uma religião oficial (artigos 5º, VI e VIII, e 19, I).
No entanto, a mesma Constituição, em seu preâmbulo, estabeleceu que o Estado Brasileiro é teísta, o que significa a crença em Deus: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte (...), promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil".
Portanto, apesar de o Brasil ser um Estado laico, ele não pode ser considerado um Estado ateu.
Assim, com a ratificação do acordo assinado entre o governo brasileiro e o Vaticano, o Congresso estará, somente, ratificando a própria Constituição Federal."
CARLOS EDUARDO FERREIRA PINTO (Belo Horizonte, MG)

Cracolândia
"Lendo a reportagem "Prédio de classe média vive cercado pelo crack", pensei que a legislação deveria voltar a ser como 20 anos atrás: os viciados têm que ser punidos com prisão! Eles causam constrangimento às pessoas e invadem, sem qualquer freio, espaços essenciais à convivência civilizada."
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)

Teatro de dança
"É espantoso que a classe de profissionais à qual pertenço (arquitetos) esteja calada. Produziu e produz a cidade mais horrível do mundo, onde se constrói sempre pensando no próprio umbigo, ou no bolso, jamais na cidade; segue com prazer um Plano Diretor nefasto, gerador de aberrações urbanas; produz, junto com engenheiros, construtoras, incorporadoras e poder público, bairros escabrosos e inviáveis.
Paradoxalmente, essa mesma classe não registrou na grande imprensa nenhum protesto em relação ao projeto do teatro de dança [a sede da São Paulo Companhia de Dança], em São Paulo, que foi dado de bandeja a um escritório de arquitetura suíço, sem aventar a hipótese de um concurso internacional. Um concurso internacional teria dado espaço aos vaidosos e gananciosos, mas também aos poucos arquitetos idealistas existentes, que possuem notória especialização e anseiam pela oportunidade de participar da construção de uma melhor condição de nossa cidade."
ANA BARBOSA (São Paulo, SP)

Marina Silva
"Tenho lido várias manifestações de entusiasmo pela possível candidatura de Marina Silva à Presidência do Brasil. A mim não entusiasma, pois parece-me mais uma jogada de Lula. Caso a companheira Dilma não "decole" nas pesquisas, vamos de companheira Marina, que, se eleita, será facilmente manipulada por ele, Dirceu, Sarney, Renan, Collor etc. Creio que, se a senadora tivesse um pensamento diferente do que vemos hoje no governo petista, já teria deixado o partido."
FERNANDO ALMEIDA INTASCHI (São Paulo, SP)

Fidelidade partidária
"Em sua coluna "O DNA da apatia" (Opinião, 15/8), Fernando Rodrigues consegue transformar minha defesa de fidelidade partidária decidida pelo STF em pedido de cassação. Ninguém propôs cassar o mandato da senadora Marina Silva.
Em meu blog, lembrei que a eleição de Marina, em 2002, foi uma dura batalha em defesa do meio ambiente e da floresta, uma luta do PT e de seus aliados.
Além disso, a fidelidade partidária consta do estatuto de fundação do PT. Vale lembrar que todos os partidos foram à Justiça exigir o cumprimento da decisão do Supremo e que jornais chegaram a fazer campanha contra os chamados infiéis. Assim, a insinuação de que vamos "perseguir" Marina só se explica pela total falta de compromisso com os fatos. Conheço Marina Silva e fui seu colega de ministério por 30 meses. Sei que ela fará o que deve ser feito com dignidade e que, ao deixar o PT, não está abandonando nossa luta nem nossos ideais."
JOSÉ DIRCEU , ex-ministro da Casa Civil (São Paulo, SP)

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