HUGO DE ZELA

O Peru é um país que atravessa magnífica etapa e exibe hoje indicadores estáveis e positivos, com um crescimento constante

NÃO É possível discutir a importância que São Paulo tem para a vida econômica do Brasil. A cidade é também um pólo de atração para os países vizinhos. Peru tem compreendido isso e, por essa razão, com o valioso apoio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), temos organizado um megaevento para o dia 18 de setembro (amanhã) nesta vibrante metrópole.
O Peru é um país que atravessa uma magnífica etapa e exibe hoje indicadores estáveis e positivos.
No mês de abril, obtivemos o grau de investimento por duas das três mais importantes empresas qualificadoras de risco. Nosso PIB tem crescido a uma média de 6% anual nos últimos seis anos; a inflação é a terceira mais baixa da América Latina (uma taxa de 3,9%); nossas exportações têm quadruplicado nos últimos cinco anos; e o investimento estrangeiro ascende a US$ 5,3 bilhões. Temos um mercado crescente, que é cada vez mais atrativo para os diversos países, e temos nos inserido eficientemente na economia global.
Neste ano, o Peru tem sido o centro da atenção dos governantes e empresários mundiais. Em maio, realizou-se em Lima a 5ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América Latina, do Caribe e da União Européia. No mês de novembro, se realizará a cúpula dos países membros de Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na sigla em inglês), que inclui as principais economias do mundo, como Estados Unidos, Japão e China. Com a maioria desses países, o Peru tem negociado tratados de livre comércio que têm aberto para nós esses mercados.
A zona da Ásia Pacífico tem um intenso e sustentável crescimento. O Peru oferece ao Brasil, por seu pertencimento ao Apec, uma maneira fácil e direta de se incorporar nesse novo eixo do desenvolvimento mundial.
Voltando os olhos para o nosso continente, do ponto de vista peruano, o Brasil ocupa um lugar central em nossa vinculação externa. Hoje os dois países mantêm uma relação estratégica nos âmbitos político e econômico que se manifesta na concretização de diversos projetos de interconexão com grandes projeções para nossos povos, como são, por exemplo, a conclusão de vários trechos da rodovia interoceânica e projetos de interconexão energética.
Existem cada vez mais empresas brasileiras que se interessam no Peru e que tem bons negócios -e essa é uma tendência crescente. Nosso intercâmbio comercial também tem crescido substantivamente e esperamos que, neste ano, atinja os US$ 3 bilhões para continuar crescendo no curto prazo. Também tem se incrementado substantivamente o intercâmbio de turistas entre ambos os países.
Sobre tudo isso conversaremos no megaevento de amanhã. Chegará do Peru uma delegação encabeçada pelo nosso presidente, Alan García, acompanhado de seis ministros de Estado, dos principais dirigentes empresariais e de uma delegação de mais de cem homens de negócios.
Realizaremos um fórum empresarial sobre oportunidades de negócios, com exposições do presidente e de seus ministros, o que será seguido de rodadas de negócios, investimentos e turismo. Nesse dia se abrirá o Salão da Competitividade, que pretende mostrar as vantagens de negócios e turismo que oferece o Peru para os seus parceiros brasileiros e inauguraremos a exposição "Paracas, Tesouros Inéditos do Peru Antigo", que será exibida em São Paulo, e, pela segunda vez no mundo, os esplêndidos tecidos pertencentes à civilização pré-inca Paracas (700 a.C.), que mantêm até hoje as suas cores características provenientes de tintas naturais.
O presidente Lula nos acompanhará nesse esforço e participará do seu desenvolvimento como uma mostra a mais de que a relação entre o Brasil e o Peru está no seu melhor momento.
No entanto, seus dirigentes e seus povos ainda não estão satisfeitos e, por isso, querem aprofundar essa relação ainda mais. Por tudo isso, o dia 18 será muito especial.