OAB
"O texto "OAB arquiva ação contra advogado de Dantas" (Brasil, ontem), assinada pela conceituada jornalista Lilian Christofoletti, é, no mínimo, desonesta para com seus leitores. O texto omite que a representação disciplinar contra o advogado Nélio Machado foi liminarmente arquivada pelo presidente nacional da OAB, Cezar Brito, e que eu recebi o expediente como uma questão ofensiva ao trabalho profissional daquele advogado.
A jornalista sabia disso, pois conversou comigo, e eu indiquei-lhe o site Consultor Jurídico para que tivesse ciência da íntegra do voto.
Mais grave é o fato de a jornalista omitir que o voto proferido foi acolhido e aclamado por unanimidade pelo Conselho Federal da OAB.
Diferentemente do jornal "O Estado de S. Paulo", que noticiou o mesmo fato, a Folha deu ao leitor a impressão de que havia um comprometimento meu por representar a OAB na defesa de vários advogados perante o STF. Enfim, uma reportagem tendenciosa, preconceituosa e ofensiva com quem procurou colaborar com a jornalista."
ALBERTO ZACHARIAS TORON , presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas da OAB (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Lilian Christofoletti - A reportagem, que registra a aprovação do relatório pelo plenário da OAB, relata o fato de que o missivista atua como advogado de Nélio Machado no STF, sendo ao mesmo tempo juiz do processo disciplinar envolvendo o próprio advogado na OAB.

 

O ser humano
"Não quero reclamar nem sugerir nada, apenas manifestar meu desapontamento com o ser humano após ler o texto "Prédio nega a deficiente vaga de garagem com acesso fácil" (Cotidiano, 13/ 9), sobre moradores de um prédio que negaram uma vaga "privilegiada" a uma moradora com deficiência física."
GRAÇA FUSQUINE (São Paulo, SP)

Fumo
"Sou contrário ao tabagismo mas discordo da opinião de William Roger dos Santos ("Fumo", ontem). O governo não deve deixar de tratar a saúde dos tabagistas. Mas deveria passar a fatura (R$ 380 mi/ano) à indústria do fumo e aumentar os impostos do nocivo produto."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)

Índios
"Em relação à opinião de James Anaya a respeito da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas ("Direitos dos índios não são ameaça", 15/9), há que se registrar o seguinte: 1) a criação de "territórios" indígenas e a transformação de tribos em "nações" indígenas não encontra respaldo na Constituição de 1988, conforme se lê no art. 231, que disciplina a demarcação de terras para tribos indígenas; 2) a declaração da ONU possibilita a criação de quistos étnicos ao admitir que, nos seus "territórios", as "nações" indígenas aplicarão direito próprio e neles não se desenvolverão atividades militares (art. 30), não se respeitando nesses "territórios" as fronteiras internacionais criadas pelos não-índios (art. 36); 3) leis o Brasil já as tem demais, cabendo aos governos que se sucedem cumpri-las, inclusive no que toca aos índios."
NEWLEY A. S. AMARILLA (Campo Grande, MS)

Petróleo e educação
"A reportagem "Verba do petróleo não melhora nível da escola pública" (Cotidiano, 15/9) revela que dinheiro não é condição suficiente, ainda que necessária, para a melhoria do ensino. Além disso, os royalties recebidos pelos municípios não foram usados exclusivamente na melhoria do ensino -se é que foram utilizados com essa finalidade.
Aqueles resultados não comprometem a proposta de Lula de utilizar os recursos obtidos com a exploração do petróleo do pré-sal em políticas públicas específicas para melhorar a educação do país.
Esta é uma proposta revolucionária, que nunca foi assumida pelo Estado em favor da educação pública das camadas populares."
MIGUEL HENRIQUE RUSSO , professor da Universidade Nove de Julho (Bragança Paulista, SP)

Economistas
"Economistas, assim como índios, são inimputáveis. Vejamos Alan Greenspan, por exemplo.
Enquanto esteve no Federal Reserve, o cassino funcionou a todo o vapor, debaixo do seu nariz e com o seu beneplácito.
Agora, do outro lado do balcão, totalmente imune a qualquer responsabilização, deita falação, dizendo que uma crise dessas ocorre de 50 em 50 anos ou a cada século.
Essa é a única profissão no mundo com direito a autopsiar as suas próprias vítimas."
FELÍCIO LIMEIRA DE FRANÇA (Recife, PE)

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