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São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Eleições na Câmara
"A Folha cometeu o mesmo equívoco duas vezes em relação à composição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Na coluna "Painel", do dia 13/1, sob o título "Em reciprocidade", e anteontem, no "Painel do Leitor". Escreve o repórter Kennedy Alencar, no "Painel do Leitor", que "Com o PFL, (o deputado João Paulo Cunha) negocia cargos com o cacique baiano ACM e um posto na Mesa Diretora da Câmara para o líder do PFL, Inocêncio Oliveira". O PFL não tem necessidade de "negociar" com o PT a indicação para algum cargo da mesa porque esta é uma questão regimental, definida pelo critério da proporcionalidade. Assim como o PT, dono da maior bancada eleita em outubro de 2002, tem o direito de indicar o candidato à presidência da Câmara, o PFL, que elegeu a segunda maior bancada, poderá indicar até dois cargos na mesa. Esse é um mandamento constitucional previsto no artigo 58, par. 1º, que o Regimento Interno da Câmara reproduz em seu artigo 8º: "Na composição da mesa, será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara, os quais escolherão os respectivos candidatos aos cargos que, de acordo com o mesmo princípio, lhes caiba prover". Por esse motivo, o PFL não depende da vontade do PT para ocupar cargos na mesa da Câmara. Essa é uma questão interna -quem escolhe o nome do partido para cargo na mesa é a bancada do PFL."
Inocêncio Oliveira, líder do PFL na Câmara dos Deputados (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Rogério Gentile e Kennedy Alencar - O missivista desistiu de formar um bloco com o PSDB para lançar candidato contra João Paulo quando o PT acenou com um acordo que lhe garantiria vaga na Mesa Diretora da Câmara. Para ganhar o posto, Inocêncio vai deixar a liderança do PFL na Casa, abrindo caminho para um carlista ocupar sua atual posição. Isso foi acertado entre ACM e o PT.

Política externa
"A política externa do governo Fernando Henrique Cardoso foi constante. Ela espelhou uma filosofia das relações internacionais e dos desafios que se colocavam ao Brasil. Ela impregnou sua diplomacia dita "presidencial". Como especialista independente de partidos políticos e de grupos de interesse, muito dela discordei. Todavia sua fulanização, como colocada no artigo raivoso de Paulo Nogueira Batista Jr. (Folha, 9/1), faz com que um debate sério, profundo e respeitoso se torne impossível. Não creio que essa maneira de proceder atenda aos interesses dos leitores desta Folha. Considero o professor Celso Lafer um dos intelectuais mais bem preparados do país. Todavia seus atributos foram utilizados para executar uma determinada política externa. No rumoroso episódio da exoneração do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, por exemplo, não concordei com sua decisão. Ao contrário, estive ao seu lado no caso do embaixador Maurício Bustani. Defendo, tal como o articulista, uma renovação de nossas práticas e políticas diplomáticas. Contudo, como sempre procedi, não pretendo conceder carta-branca à nova administração."
Ricardo Seitenfus, professor titular da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria, RS)

Fórum Social
"Ao contrário do que afirma o "Painel" de 16/1, a decisão de realizar o 4º Fórum Social Mundial na Índia foi tomada muito antes da vitória de Lula, na reunião do Conselho Internacional, em janeiro de 2002, como forma de intensificar a internacionalização do FSM, que retornará a Porto Alegre em 2005."
Emir Sader, membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (Rio de Janeiro, RJ)

Venezuela
"Quero parabenizar o excelente jornalista Clóvis Rossi pela coluna da última quinta-feira. Rossi se superou ao falar dos conflitos na Venezuela, mostrando de forma clara e direta que a oposição a Hugo Chávez não tem nada de democrática, muito pelo contrário."
Uirá Fonseca (Belo Horizonte, MG)

História dos negros
"Concordo com Vinicius Torres Freire com relação à sua coluna "Uma bobagem histórica" (13/1). Gostaria também de salientar que a discussão em torno da temática da cultura afro no ensino parece bizarra para o Estado de São Paulo, tendo em vista que, nos últimos anos, desde a reestruturação do ensino, implantada pelo Estado em 1998, reduziu-se drasticamente o número de aulas de história na grade curricular."
Silvio Luiz Lofego, doutor em história pela PUC-SP (São Paulo, SP)
 

"O presidente Lula, ao sancionar o projeto lei sobre a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira não está cometendo uma bobagem, mas sim contribuindo para o extermínio da violência histórica praticada contra os negros no Brasil: o racismo. Na sala de aula, nunca se discute a questão racismo, nem como é difícil ser negro no país, até mesmo em comunidades em que predominam negros."
Claudete Alves (São Paulo, SP)
 

"Vinicius Torres Freire não é negro e isto se vê pelas suas palavras! Não entende o que é estar na base da pirâmide, não só social, mas também da auto-estima."
Márcio Sampaio de Castro (São Paulo)

Marilene Felinto
"É com imenso pesar que li, no "Painel de Leitor" de ontem, sobre a defenestração da maior voz que se entrincheirava no jornal, denunciante dos abusos que espoliam o povo. Exorto a todos os seus milhões de leitores que bradem pelo retorno de nosso alento, de nossa escora, de nossa lança, de nossa couraça."
Isnard Camara de Oliveira (Bragança Paulista, SP)
 

"O fato de a Folha deixar de ter em sua equipe de articulistas uma pessoa como Marilene Felinto é a prova mais significativa do caos cultural em que nos encontramos. Todos os esforços deveriam ser feitos pela direção do jornal para que uma pessoa de tal estirpe pudesse ser mantida. Perdem os leitores/contribuintes/gente de bem, esperançosos de um mundo melhor. Lastimável."
Daniel Augusto Jr. (São Paulo, SP)

Clonagem
"Observando a série de matérias a respeito de clonagem, vejo que, ao ignorar os grandes riscos a que estarão submetidos os fetos, os pesquisadores estão cometendo um atentado ao bom senso. Na ânsia de querer transformar a medicina em uma ciência exata, alguns cientistas acabam jogando os seus experimentos nas mãos da probalidade. Isso é inadmissível para profissionais que são pagos para cuidarem da vida e do bem-estar de seres humanos." Mateus Beleza Rocha (Belo Horizonte, MG)

Argumentos
"Na edição do dia 15/1, fomos contemplados com mais um artigo de Denis Lerrer Rosenfield (pág. A3). Mais uma vez o ilustre professor abre seu baú de artefatos medievais, a exemplo do que fez durante a campanha eleitoral contra o governo petista gaúcho, para atacar a política externa do governo Lula. É triste ver um anticomunismo tão infantil."
Francisco J. C. Figueiredo (São Paulo, SP)

Insegurança
"O meu direito de ir e vir não é respeitado em momento algum. Quando estaciono o carro, sou abordada por mendigos, guardadores de automóveis ou assaltantes. Quando deixo o carro em casa para ir de ônibus, também sou acossada por mendigos e assaltantes."
Mary Motoie (Guarulhos, SP)


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