São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Apoio
"Gostaria de prestar alguns esclarecimentos a respeito da nota "Prato Frio" ("Painel", Brasil, pág. A4, 16/10). A referida nota informa que: "O secretário-geral da Presidência, Euclides Scalco, ligou ontem para Roberto Requião (PMDB). Vai dar seu apoio na sexta". O ministro Euclides Scalco afirma que a informação não procede e nega que tenha mantido contato telefônico com o candidato Roberto Requião. O ministro Scalco garante que não pretende manifestar apoio à candidatura de Roberto Requião e que jamais poderia fazê-lo em solidariedade ao presidente da República, Fernando Henrique, que sofreu tantas e injustas agressões vindas do senador peemedebista. O ministro Euclides Scalco lembra que, no primeiro turno, apoiou Beto Richa -para o governo do Paraná- e José Serra -para a Presidência da República. No segundo turno, repetirá seu apoio a José Serra, mas, no Estado do Paraná, prefere manter absoluta neutralidade."
Jorge Rosa, assessor de imprensa da Secretaria Geral da Presidência da República (Brasília, DF)

Jantar
"A jornalista Laura Mattos, que me entrevistou por telefone ("Com atrizes, Serra e Lula travam "duelo do medo", Eleições 2002, pág. Especial 8, 17/10), talvez não tenha entendido o que disse quando me referi ao jantar oferecido por mim, em minha residência, ao amigo e candidato à Presidência da República José Serra no dia 25 de agosto, com grande êxito, ao qual compareceram cerca de 400 pessoas entre artistas e formadores de opinião. O que disse à jornalista -e que gostaria de ver publicado- é que se cogitou fazer no Rio de Janeiro um outro jantar para o candidato, o que não aconteceu, possivelmente devido ao "medo" desse patrulhamento que agora fazem contra a atriz Regina Duarte."
Raul Cortez, ator (Rio de Janeiro, RJ)

Juros, recessão e inflação
"Um cuidadoso exame da história do Brasil nos últimos 30 anos pode mostrar bem que os golpes monetaristas, como esse que o Copom aplicou no último dia 14, nunca conseguiram impedir a escalada da inflação, mas sempre foram muito eficientes em provocar recessão. Se não mudarmos urgentemente o modelo econômico, exorcizando definitivamente o monetarismo, continuaremos seguindo a trágica sina da Argentina, que, mergulhada na recessão, ganhou de volta a inflação."
José Maria Alves da Silva (Viçosa, MG)

Debates
"É incrível ver o PT e Lula praticarem a covardia de não participar dos mesmos debates ocorridos no primeiro turno. A alegação dada até agora busca mais uma vez enganar as pessoas mais simples, pois não existe falta de tempo nem é verdade que ele tenha ganhado os outros debates, já que ele saiu ileso dos debates devido aos ataques de Ciro e de Garotinho a Serra. Não é aceitável fugir aos debates na TV. Isso demonstra falta de respeito com os eleitores e com as redes de TV que já haviam planejado os debates."
Edi Lopes Alves (São Paulo, SP)

"Os eleitores neste país são realmente uma parcela "estranha" da sociedade. Segundo pesquisa do Datafolha, 74% dos eleitores consideram "muito importante" um debate entre Lula e Serra no segundo turno. Até aí, tudo bem. O curioso é que, de acordo com a mesma pesquisa, 70% desses eleitores não mudariam o seu voto por causa do debate. Não seria melhor então assistir à novela?"
Paulo Rogério B. Rocco (Tambaú, SP)

Futuro do país
"Intriga-me saber qual o motivo de, a 11 dias do segundo turno das eleições presidenciais, a Folha publicar artigo de Olavo de Carvalho em que o autor destila o seu ódio e preconceito e faz um discurso terrorista contra um candidato detentor de quase 40 milhões de votos em todo o Brasil ("Poses e trejeitos", "Tendências/Debates", 16/10). Esse representante-mor da direita raivosa, ao chamar Lula de "caipira arrogante e presunçoso (...)", comete crime de ofensa a um cidadão que nada fez para receber tal tratamento. Sugerir que Lula, o PT e as forças democráticas brasileiras apóiem o narcotráfico e as guerrilhas e tentar desqualificar o Fórum Social Mundial não seria uma atitude subversiva? Ou esse termo só pode ser empregado a quem enfrentou a ditadura? O artigo não engrandece em nada o debate democrático."
Mauricio Masson (São Paulo, SP)

"Compartilho das mesmas opiniões do jornalista Olavo de Carvalho em relação ao candidato Lula e lamento profundamente que a grande maioria da população, tolhida de informações sérias, seja iludida por marqueteiros, que, em troca de dinheiro, colocam em risco o futuro do nosso país."
Gizelle Coutinho (São Paulo, SP)

Medo
"Assim como Regina Duarte, eu também tenho medo. Medo de um tipo de raciocínio que visa espalhar o pânico e a intimidação através de declarações alarmistas, covardes e maldosas, idênticas às dos ditadores dos anos de chumbo, que fizeram deste um país triste, desumano e injusto. Eu também tenho medo de pessoas de origem humilde, que, inseridas na classe dominante, pensam de forma egoísta."
Luiz Carlos Dias (Rio de Janeiro, RJ)

"A reação do PT, de seus partidos aliados, de sua militância e de seus simpatizantes às declarações feitas pela atriz Regina Duarte no horário eleitoral gratuito talvez seja o prenúncio de uma nova era: a partir de agora, é proibido o cidadão manifestar medo de Lula e de suas políticas. Como dizia Millôr Fernandes durante o regime militar: "Livre pensar é só pensar". Você pode ter medo, mas não pode expressá-lo."
Joel Samways (Curitiba, PR)

Escolas
"Em respeito à opinião do sr. Reinaldo Lima, publicada ontem nesta seção, quero esclarecer que a referência à possibilidade de que o governo venha a ajudar as escolas privadas a enfrentar a crise em que vivem referia-se à posição dos proprietários desses estabelecimentos. Não há, por parte da diretoria deste sindicato, nenhum apoio a qualquer tipo de subsídio ou de isenção fiscal para que as escolas particulares possam compensar a perda de alunos que vêm sofrendo. O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), em sucessivas oportunidades, sempre defendeu o ensino público e gratuito, postura que se constitui em item programático de ação de sua diretoria."
Luiz Antonio Barbagli, presidente do Sinpro-SP (São Paulo, SP)



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