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NOVA POLÍTICA DIGITAL
As dificuldades que o governo Lula enfrenta para fazer opções estratégicas foram superadas
numa área crítica para o desenvolvimento do país: o governo eletrônico.
O "e-gov", como é conhecida a digitalização de serviços públicos, tornou-se ainda mais decisivo frente ao
colapso da economia da internet e
das telecomunicações.
O frenesi financeiro em torno das
empresas "pontocom" perdeu espaço para as decisões dos governos.
O Brasil ocupa lugar de destaque
nesse campo. No entanto, essa notoriedade deve-se em boa medida a
avanços, como a urna eletrônica, as
compras governamentais online e o
pagamento de impostos pela internet, que, se facilitam a vida do cidadão, atendem de modo ainda mais
evidente aos interesses do Estado.
Como também ocorre frequentemente nas empresas privadas, servem aos objetivos de redução de custos e aumento da eficiência.
No entanto, se essa abordagem é
necessária e deve ser permanente, ela
não é suficiente. Em todo o mundo e
com força crescente no Brasil ganharam espaço as demandas de inclusão
social por meio de tecnologias digitais, como a internet.
É nessa direção que a Casa Civil da
Presidência reorientará a partir de
agora as ações do Executivo em temas que vão da TV digital à certificação eletrônica de documentos, passando pela ampliação do acesso público à internet e pelo desenvolvimento de softwares nacionais, preferencialmente abertos e não-proprietários, que reduzam a dependência
tecnológica e financeira do país.
O governo federal, assim como Estados e municípios, podem tornar-se
nos próximos anos grandes atores
no fomento à sociedade da informação e à economia do conhecimento.
Ampliando a agenda, indo além da
racionalização da máquina administrativa para estabelecer uma pauta interministerial que dá prioridade à inclusão social e à autonomia tecnológica, o governo Lula finalmente faz
uma opção política clara numa das
mais estratégicas fronteiras do desenvolvimento nacional.
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