São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Supremo e PF
"Em dezembro de 2007 este jornal publicou um artigo onde informava que no Brasil existem 120 mil presos provisórios -presos que ainda não foram julgados. No Rio de Janeiro, a polícia metralha inocentes e arrasta seus corpos pelo chão em suas abordagens policiais. Ao que parece, esses fatos não ferem o Estado de Direito. Que estranho Estado de Direito é esse que o uso de algemas em banqueiros atinge tão fortemente, mas o de metralhadoras contra cidadãos comuns, não. Concluo que não é a gravidade do ato em si, mas o perfil da vítima. Fico tentando imaginar o que aconteceria no país se um banqueiro tivesse o carro metralhado pela polícia."
FLAVIO SUELIO A. SANTOS (João Pessoa, PB)

 

"Votei seis vezes no Lula, sou defensor ardoroso de seu governo e voltaria a votar nele em 2014. Todavia, se de alguma forma restar comprovado que o presidente da República está capitaneando uma operação-abafa do caso Daniel Dantas, jamais voltarei a votar nele, nem mesmo para síndico de condomínio."
LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Brasília, DF)

 

"O Lula destes últimos dias apresenta-se descontrolado, rugindo, jogando o peso do seu cargo contra um delegado acuado. Faz lembrar o leão, que pensa que manda na savana, e vai à loucura com o zumbido de uma abelha..."
GABRIEL VILLELA , diretor de teatro (São Paulo, SP)

 

"É fato que ocorreu uma tentativa de corromper um membro da PF por parte de pessoas intimamente ligadas a Daniel Dantas. Isso, sr. Alberto Zacharias Toron ("Painel do Leitor", 18/7), não é mera especulação. Qualquer pessoa não imbuída de má-fé e com o mínimo de bom senso é capaz de ver quem agiu ilegalmente. Por favor, não trate os leitores deste jornal como parvos."
JOSÉ WAGNER DE M. COSTA SOUSA (São Paulo, SP)

Lei seca
"Não sei por que tanta celeuma sobre a lei seca. É só fazer o Daniel Dantas ser pego dirigindo bêbado que a lei será declarada inconstitucional em menos de 24 horas."
MAURICIO CASANOVA (São Paulo, SP)

 

"A lei seca está aí e os números comprovam a sua eficácia, independentemente da chiadeira dos donos de bar e oficinas de lanternagem."
LUCAS BELEZA ROCHA (Belo Horizonte, MG)

Telefonia
"Gostaria que alguém me explicasse qual é a prioridade social que justifica os empréstimos faraônicos do BNDES e do Banco do Brasil à Oi. Em um país carente de saneamento básico e de assistência à saúde, a quem interessa essa transação? Em benefício do povo é que não é. Mais uma vez posso concluir que o problema do Brasil não é a falta de dinheiro para sanar nossas mazelas, mas o desvio dele para projetos não prioritários, do interesse de poucos. Uma lástima."
PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)

Banco do Brasil
"A propósito da reportagem "Empréstimo à Oi foge de padrão do BB" (18/7, pág. B1), o Banco do Brasil gostaria de registrar os seguintes esclarecimentos, já que existem diversas distorções em seu conteúdo:
a) Ao contrário do que foi divulgado, a operação com a Oi não a torna a maior tomadora de recursos do BB. Por questão de sigilo legal e comercial, o BB não publica o montante de operações de clientes específicos, mas está claro, pelas informações nas quais a repórter se baseou, que a afirmação é incorreta;
b) A operação também não foge ao padrão do BB. Na contratação do empréstimo, o banco cumpriu todos os trâmites, políticas e normativos internos, além da legislação em vigor, inclusive o limite legal de exposição com um só cliente;
c) A operação seguiu as condições de mercado, com o BB participando de uma concorrência extremamente competitiva com diversas instituições financeiras. Sob o ponto de vista de preço, risco de crédito e rentabilidade, a operação é vantajosa para o BB, sem deixar de apresentar "boas condições" para a cliente, circunstância óbvia para que qualquer negócio se realize;
d) A operação com Cédulas de Crédito Bancário é rotineira para um banco comercial e para o BB, que possui uma carteira total de mais de R$ 200 bilhões em crédito. Como banco comercial, lideramos, nos últimos três anos, o volume total de financiamento a investimentos, com recursos oriundos de diversas fontes (BNDES, FAT e FCO);
e) Com a pretensa intenção de dar consistência e credibilidade à reportagem, a Folha, a par de dar voz a fontes qualificadas, também ouviu pessoas que aparentemente não detêm domínio do assunto e, naturalmente, desconhecem os detalhes do negócio realizado;
f) Quanto ao comentário de que o "BB não é um banco de investimento", temos a registrar que, ao contrário do que se afirma, o BB é controlador de um Banco de Investimento (BB-BI), sua subsidiária integral, com expressiva atuação no mercado de capitais brasileiro. No relatório anual de 2007, por exemplo, informa-se que o Banco do Brasil, por intermédio do BB-BI, participou 57 ofertas públicas de debêntures e ações;
g) O BB repele com veemência a insinuação de que tenha havido caráter de excepcionalidade na aprovação do empréstimo, realizado segundo parâmetros de mercado. Pelo contrário, a decisão é técnica e a motivação exclusivamente negocial, presentes em outros movimentos de aquisições, no Brasil e no exterior, apoiados pelo BB."
CARLOS ALBERTO BARRETTO DE CARVALHO , assessor de Imprensa do Banco do Brasil (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Sheila D'Amorim - A reportagem usou dados dos devedores da "carteira de crédito por macrossetor" do balanço do Banco do Brasil do primeiro trimestre de 2008. A menos que os dados sejam retificados -e eles não o foram quando a Folha voltou a procurar o BB após o questionamento do missivista-, a argumentação do banco não faz sentido.

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